segunda-feira, 30 de julho de 2012

Perseguição religiosa: triste agressão



A liberdade religiosa, um dos inalienáveis direito do Homem, nem sempre é respeitada em muitos países. A liberdade de culto é antes de tudo um sinal de respeito às pessoas e a sua dignidade. Por isso, é lamentável o que vem ocorrendo na Nigéria, um grande país africano, cujos cristãos têm vivido em constante tensão e medo por causa dos constantes ataques e atentados contra igrejas e instituições missionárias no país. As estatísticas apontam que nas últimas semanas mais de 100 cristãos foram mortos em ataques feitos por grupos extremistas islâmicos.

A presença cristã na Nigéria data do século XIV, quando dois monges portugueses, Agostinho e Capuchine, chegaram à África com a finalidade de pregar o cristianismo. A primeira missão cristã só chegou ao país no século XIX, com os ingleses. O número de cristãos é maior na parte sul do país; já o norte é dominado por maioria muçulmana.

A colonização dos países da África pelos europeus, especialmente nos séculos XIX e XX, contribuiu de forma muito significativa para o crescimento da igreja cristã na Nigéria.

A Igreja tem crescido em diversas denominações: anglicana, batista e grupos pentecostais. Os líderes cristãos no norte do país sofrem grande pressão econômica e política.

No caso do Brasil, no qual a liberdade religiosa é garantida pela Constituição e também com respaldo de vários acordos internacionais, além dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), é sempre importante que, as pessoas não transformem a opção religiosa em uma guerra santa, contrário ao previsto nas leis dos homens, mas sobretudo à vontade de Deus.

Constitucionalmente, a Nigéria é um Estado laico com liberdade religiosa. Durante quase 40 anos, o governo no norte deu tratamento preferencial a muçulmanos, discriminando os cristãos. Pouco foi feito para pôr um fim à perseguição e, como resultado, muitas igrejas foram queimadas e cristãos, mortos. Esse tipo de intolerância não deve prevalecer na mente dos religiosos e dos homens de boa vontade.

É registrado que a oposição islâmica já foi responsável pela morte de muitos mártires, especialmente na região norte do país. Apenas entre 1982 e 1996, ocorreram mais de 18 conflitos de grande escala entre cristãos e muçulmanos no norte da Nigéria. Tais conflitos deixaram um saldo de mais de 600 cristãos mortos e cerca de 200 igrejas incendiadas.

Os islamitas formam entre as chamadas religiões monoteístas, que acreditam em um Deus único, por isso, o ato perpetuado por alguns extremistas, não deve ser confundido com os que na paz seguem a religião.
Lutar contra a intolerância religiosa é dever de todo o cristão.


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