quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Seguir a Cristo pelo caminho certo

Comentário do dia:

Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria, doutor da Igreja
Vida de Santo Antão, 19-20


Um dia, os monges vieram ter com Antão e pediram-lhe que lhes dirigisse a palavra. Ele respondeu-lhes: «Eis que começámos a avançar pela estrada da virtude; continuemos agora em frente, a fim de atingirmos a meta (Fil 3,14). Que ninguém olhe para trás como a mulher de Lot (Gn 19,26), porque o Senhor disse: “Quem mete a mão ao arado e olha para trás não é apto para o Reino dos Céus.” Olhar para trás mais não é do que alterar o próprio objectivo e retomar o gosto pelas coisas deste mundo. Nada receeis quando ouvirdes falar da virtude, nem vos espanteis com esta palavra. Porque a virtude não está longe de nós, nem nasce fora de nós; é coisa que nos diz respeito, e é simples, desde que o queiramos.


Os pagãos deixam o seu país e atravessam os mares para irem estudar letras. Nós não temos necessidade de abandonar o nosso país para ir para o Reino dos Céus, nem de atravessar o mar para adquirir a virtude. Porque o Senhor disse: “O Reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17,21). A virtude apenas precisa, pois, do nosso querer, dado que está em nós e nasce de nós. Se a alma conserva a parte inteligente que é conforme à sua natureza, a virtude pode nascer. A alma encontra-se no seu estado natural quando permanece tal como foi feita; e foi feita muito bela e muito recta. Era por isso que Josué, filho de Nun, dizia: “Inclinai os vossos corações para o Senhor, Deus de Israel” (Jos 24,23). E João Baptista: “Endireitai as suas veredas” (Mt 3,3). Para a alma, ser recta consiste em manter a sua inteligência tal como foi criada. Quando, pelo contrário, se desvia do seu estado natural, nessa altura fala-se do vício da alma. Não se trata, pois, de uma coisa difícil. […] Se tivéssemos de procurá-la fora de nós, seria realmente difícil; mas, visto que está em nós, evitemos os pensamentos impuros e guardemos a alma para o Senhor, como se tivéssemos recebido um depósito, a fim de que Ele reconheça a sua obra, encontrando a nossa alma tal como a fez.»

Segue-me

Evangelho segundo S. Lucas 9,57-62.
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, quando alguém Lhe disse: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores».
Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas, e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça».
Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».
Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus».
Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família».
Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus».

«Cantai-nos um cântico de Sião».

Livro de Salmos 137(136),1-2.3.4-5.6.
Sobre os rios de Babilónia nos sentámos a chorar,
com saudades de Sião.
Nos salgueiros das suas margens,
dependurámos nossas harpas.

Aqueles que nos levaram cativos
queriam ouvir os nossos cânticos
e os nossos opressores uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião».

Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor
em terra estrangeira?
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
esquecida fique a minha mão direita.

Apegue-se-me a língua ao paladar,
se não me lembrar de ti,
se não fizer de Jerusalém
a maior das minhas alegrias.


Deus estava comigo

Livro de Neemias 2,1-8.
No mês de Nisã do ano vinte do reinado de Artaxerxes, em que eu era o copeiro-mor, tomei o vinho e servi-o ao rei. Como eu nunca me apresentara triste na sua presença,
o rei perguntou-me: «Porque tens o rosto abatido? Não estás doente; mas certamente tens o coração angustiado». Eu assustei-me,
mas respondi ao rei: «Viva o rei para sempre! Como não havia de andar tão triste, se a cidade onde estão os túmulos dos meus pais está em ruínas e as suas portas devoradas pelo fogo?».
O rei disse-me: «Então que desejas fazer?». Eu invoquei o Deus dos Céus
e respondi ao rei: «Se te agrada, ó rei, e estás contente com o teu servo, manda-me ir a Judá para reconstruir a cidade onde estão os túmulos dos meus pais».
O rei, que tinha a rainha a seu lado, perguntou-me: «Quanto tempo durará a tua viagem? Quando voltarás?». Marquei uma data. O rei concordou e deixou-me partir.
Eu disse ainda ao rei: «Se parecer bem ao rei, dêem-me cartas para o governador da província ocidental do Eufrates, a fim de me deixarem passar, até eu chegar a Judá,
e também uma carta para Asaf, intendente do parque florestal, a fim de me dar madeira para reconstruir as portas da cidadela do templo, as muralhas da cidade e a casa onde vou morar». O rei concedeu-mo, porque a mão bondosa do meu Deus estava comigo.

São Jerônimo

Quarta-feira, dia 30 de Setembro de 2015

S. Jerónimo, presbítero, cardeal, Doutor da Igreja, séc. IV




Nasceu em Estridon (Dalmácia) cerca do ano 340. Estudou em Roma e aí foi baptizado. Tendo abraçado a vida ascética, partiu para o Oriente e foi ordenado sacerdote. Regressou a Roma e foi secretário do papa Dâmaso. Nesta época começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura e promoveu a vida monástica. Mais tarde estabeleceu-se em Belém, onde continuou a tomar parte muito activa nos problemas e necessidades da Igreja. Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura. Morreu em Belém no ano 420.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A santidade dos anjos

Comentário do dia:
«Os Céus foram consolidados pela palavra do Senhor e todo o seu exército pelo sopro da sua boca» (Sl 32,6). [...] É difícil deixarmos de pensar na Trindade: o Senhor que ordena, a Palavra que cria, o Sopro que consolida. O que quer dizer «consolidar», senão perfazer em santidade, designando seguramente esta palavra o facto de estar solidamente fixado no bem? Mas, sem o Espírito Santo, não há santidade: as potestades do céu não são santas pela sua própria natureza, senão não se distinguiriam do Espírito Santo; cada uma delas detém do Espírito a medida da sua santidade.
A substância dos anjos é talvez um sopro aéreo ou um fogo imaterial. Diz o salmo: «Tens os ventos por mensageiros, por servidor uma chama de fogo» (Sl 103,4). É por isso que podem estar num sítio e de seguida tornar-se visíveis sob um aspecto corporal para aqueles que são dignos disso. Mas a santidade [...] é-lhes comunicada pelo Espírito. E os anjos mantêm-se na sua dignidade perseverando no bem, mantendo a sua escolha; eles escolhem nunca se afastar do verdadeiro bem. [...]
Como diriam os anjos: «Glória a Deus no mais alto dos céus» (Lc 2,14) senão pelo Espírito? Na verdade, «ninguém pode dizer: “Jesus é o Senhor”, senão no Espírito Santo, e ninguém, se falar no Espírito de Deus, diz: “maldito seja Jesus”» (1Cor 12,3). É precisamente o que terão dito os espíritos maus, adversários de Deus, [...] no seu livre arbítrio. [...] Poderiam as potestades invisíveis (Col 1,16) ter uma vida feliz se não vissem incessantemente a face do Pai que está nos céus? (Mt 18,10) Ora, não se pode ter essa visão sem o Espírito. [...] Diriam os serafins: «Santo, Santo, Santo» (Is 6,3) se o Espírito lhes não tivesse ensinado esse louvor? Se todos os seus anjos e todas as potestades celestes louvam a Deus (Sl 148,2), se milhares de milhares de anjos e inumeráveis miríades de ministros se conservam perto dele, é pela força do Espírito Santo que rege toda esta harmonia celeste e indizível, ao serviço de Deus e em acordo mútuo.
São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Tratado do Espírito Santo, cap. 16

São Miguel

Terça-feira, dia 29 de Setembro de 2015

S. Miguel, arcanjo




São Miguel Arcanjo


Neste dia a Igreja universal celebra a festa dos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael.

"Miguel" que significa: "Quem como Deus?" é o defensor do Povo de Deus no tempo de angústia. É o padroeiro da Igreja universal e aquele que acompanha as almas dos mortos até o céu.

São Gabriel

Terça-feira, dia 29 de Setembro de 2015

S. Gabriel, arcanjo




São Gabriel


"Gabriel" - que significa "Deus é forte" ou "aquele que está na presença de Deus" - aparece no assim chamado evangelho da infância como mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus, que já está presente na pessoa de Jesus de Nazaré, nascido de Maria.
É ele quem anuncia o nascimento de João Baptista e de Jesus. Anuncia, portanto, o surgimento de uma nova era, um tempo de esperança e de salvação para todos os homens. É ele quem, pela primeira vez, profere aquelas palavras que todas as gerações hão-de repetir para saudar e louvar a Virgem de Nazaré: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco"

São Rafael

Terça-feira, dia 29 de Setembro de 2015

S. Rafael, arcanjo





Arcanjo São Rafael


"Rafael"- que quer dizer "medicina dos deuses" ou "Deus cura" - foi o companheiro de viagem de Tobias. É o anjo benfazejo que acompanha o jovem Tobias desde Nínive até à Média; quem o defende dos perigos e patrocina o seu casamento com Sara. É ele quem tira da cegueira o velho Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demónios. São Rafael é o companheiro de viagem do homem, seu guia e seu protector nas adversidades.

De ondes me conheces?

Evangelho segundo S. João 1,47-51.
Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira».
Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!».
Jesus respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem».

Celebrarão os caminhos do Senhor

Livro de Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.4-5.
De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos Vos hei-de cantar
e Vos adorarei, voltado para o vosso templo santo.

Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,

aumentastes a fortaleza da minha alma.
Todos os reis da terra Vos hão-de louvar, Senhor, quando ouvirem as palavras da vossa boca.
Celebrarão os caminhos do Senhor,
porque é grande a glória do Senhor.

O seu poder é eterno

Livro de Daniel 7,9-10.13-14.
Eu estava a olhar, quando foram colocados tronos e um Ancião sentou-se. Tinha vestes brancas como a neve e os cabelos eram como a lã pura. O seu trono eram chamas de fogo, com rodas de lume vivo.
Um rio de fogo corria, irrompendo diante dele. Milhares de milhares o serviam e miríades de miríades o assistiam. O tribunal abriu a sessão e os livros foram abertos.
Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um Filho do homem. Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença.
Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza, e todos os povos, nações e línguas O serviram. O seu poder é eterno, não passará jamais, e o seu reino jamais será destruído. 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A graça da conversão





Comentário do dia:
Fixemos o nosso olhar no sangue de Cristo e compreenderemos como é precioso aos olhos de Deus seu Pai, esse sangue que, derramado para nossa salvação, ofereceu ao mundo inteiro a graça da conversão. Percorramos todas as gerações, e veremos que em todas elas o Senhor concedeu «o tempo favorável da penitência» (Si 17,24) a todos os que a Ele quiseram converter-se. Noé proclamou a penitência, e os que o escutaram foram salvos. Jonas anunciou aos ninivitas a destruição iminente da cidade, mas eles, fazendo penitência pelos seus pecados, aplacaram a ira de Deus com as suas orações e obtiveram a salvação, apesar de não pertencerem ao povo de Deus.
Nunca faltaram ministros da graça divina que, inspirados pelo Espírito Santo, pregaram a penitência. O próprio Senhor do Universo falou da penitência, empenhando as suas palavras com juramento: «Por minha vida, diz o Senhor, não quero a morte do pecador, mas antes que se converta e viva» (Ez 18,23). E acrescentou esta admirável sentença: «Deixa de praticar o mal, ó Casa de Israel. Diz aos filhos do meu povo: Ainda que os vossos pecados cheguem da terra ao céu, ainda que sejam mais vermelhos que o escarlate e mais negros que o cilício, se vos converterdes a Mim de todo o coração e disserdes "Pai", Eu vos tratarei como um povo santo» (cf Is 1,16-20; Ne 9,1). [...]
Querendo levar à conversão todos aqueles a quem amava, confirmou esta sentença com a sua vontade omnipotente. Por isso, devemos obedecer à sua magnífica e gloriosa vontade. Imploremos humildemente a sua misericórdia e benignidade, prostremo-nos, refugiemo-nos na sua clemência e convertamo-nos sinceramente, abandonando as obras más, as contendas e as invejas que conduzem à morte.
São Clemente de Roma (c. 35-c. 100), papa
Da carta aos Coríntios 7-9

Espírito de Deus




Vigésimo Sexto Domingo do Tempo Comum


A liturgia do 26º Domingo Comum apresenta várias sugestões para que os crentes possam purificar a sua opção e integrar, de forma plena e total, a comunidade do Reino. Uma das sugestões mais importantes (que a primeira leitura apresenta e que o Evangelho recupera) é a de que os crentes não pretendam ter o exclusivo do bem e da verdade, mas sejam capazes de reconhecer e aceitar a presença e a acção do Espírito de Deus através de tantas pessoas boas que não pertencem à instituição Igreja, mas que são sinais vivos do amor de Deus no meio do mundo.

A primeira leitura, recorrendo a um episódio da marcha do Povo de Deus pelo deserto, ensina que o Espírito de Deus sopra onde quer e sobre quem quer, sem estar limitado por regras, por interesses pessoais ou por privilégios de grupo. O verdadeiro crente é aquele que, como Moisés, reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê acontecer à sua volta.

No Evangelho temos uma instrução, através da qual Jesus procura ajudar os discípulos a situarem-se na órbita do Reino. Nesse sentido, convida-os a constituírem uma comunidade que, sem arrogância, sem ciúmes, sem presunção de posse exclusiva do bem e da verdade, procura acolher, apoiar e estimular todos aqueles que actuam em favor da libertação dos irmãos; convida-os, também, a não excluírem da dinâmica comunitária os pequenos e os pobres; convida-os, ainda, a arrancarem da própria vida todos os sentimentos e atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino.

A segunda leitura convida os crentes a não colocarem a sua confiança e a sua esperança nos bens materiais, pois eles são valores perecíveis e que não asseguram a vida plena para o homem. Mais: as injustiças cometidas por quem faz da acumulação dos bens materiais a finalidade da sua existência afastá-lo-ão da comunidade dos eleitos de Deus.

O maior

Evangelho segundo S. Lucas 9,46-50.
Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior.
Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si
e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior».
João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco».
Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».

Para libertar os condenados à morte

Livro de Salmos 102(101),16-18.19-21.29.22-23.
Os povos temerão, Senhor, o vosso nome, todos os reis da terra a vossa glória.
Quando o Senhor reconstruir Sião e manifestar a sua glória,
atenderá a súplica do infeliz e não desprezará a sua oração.

Escreva-se tudo isto para as gerações vindouras e o povo que se há-de formar louvará o Senhor.
Debruçou-Se do alto da sua morada, lá do Céu o Senhor olhou para a terra,
para ouvir os gemidos dos cativos, para libertar os condenados à morte.

Os filhos dos vossos servos hão-de permanecer e a sua descendência se perpetuará na vossa presença,
para ser proclamado em Sião o nome do Senhor e em Jerusalém o seu louvor,
quando se reunirem todos os reinos para servirem o Senhor.


Assim fala o Senhor do Universo

Livro de Zacarias 8,1-8.
A palavra do Senhor do Universo foi-me dirigida nestes termos:
«Assim fala o Senhor do Universo: Sinto por Sião um amor ardente, tenho por ela um grande ciúme.
Assim fala o Senhor: Eu voltarei para Sião, habitarei em Jerusalém. Jerusalém será chamada ‘Cidade fiel’ e o monte do Senhor do Universo ‘Monte Santo’.
Assim fala o Senhor do Universo: Velhos e velhas voltarão a sentar-se nas praças de Jerusalém, cada um apoiado no seu bastão por causa da muita idade.
As praças da cidade encher-se-ão de meninos e meninas, que brincarão nas suas praças.
Assim fala o Senhor do Universo: Se isto parece impossível, naqueles dias, aos olhos do resto deste povo, porventura será também impossível a meus olhos? – oráculo do Senhor do Universo.
Assim fala o Senhor do Universo: Eu libertarei o meu povo, das terras do Oriente e das terras do Ocidente.
Hei-de trazê-los de novo para habitarem em Jerusalém. Eles serão o meu povo e Eu serei o seu Deus na fidelidade e na justiça».

Santo do dia

Segunda-feira, dia 28 de Setembro de 2015


Santo do dia : S. Venceslau, rei da Boémia, mártir, +935S. Lourenço Ruiz e companheiros, mártires, ++1633-37 



S. Venceslau, rei da Boémia, mártir, +935




Nasceu na Boémia, cerca do ano 907; de uma sua tia paterna recebeu uma sólida formação cristã e assumiu o governo do seu ducado por volta de 925. Suportou muitas dificuldades no governo e formação cristã de seus súbditos. Traído por seu irmão Boleslau, foi morto por uns sicários no ano 935. Em breve foi venerado como mártir e escolhido pela Boémia como seu patrono principal.


Segunda-feira, dia 28 de Setembro de 2015

S. Lourenço Ruiz e companheiros, mártires, ++1633-37

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No século XVII (1633-1637), na cidade de Nagasaki, do Japão, derramaram o seu sangue por amor de Cristo dezasseis mártires: Lourenço Ruiz e seus Companheiros. Este grupo de mártires, da Ordem de São Domingos ou a ela associados, é constituído por nove presbíteros, dois religiosos, duas virgens e três leigos, entre os quais se conta Lourenço Ruiz, chefe de família, natural das Filipinas.

Todos eles, em tempos e circunstâncias diversas, dilataram a fé cristã nas Filipinas, na Formosa e no Japão, manifestando de modo admirável a universalidade da religião cristã e, como invencíveis missionários, espalharam a semente da futura cristandade com o exemplo da sua vida e da sua morte. Foram canonizados por João Paulo II a 18 de Outubro de 1987.

sábado, 26 de setembro de 2015

Comentário do dia


São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 108; PL 52, 499 

«Eles, porém, não entendiam aquela linguagem»

Escutai o que o Senhor vos pede: «Se ignorais a minha divindade, reconhecei ao menos a minha humanidade. Vede em Mim o vosso corpo, os vossos membros, as vossas entranhas, os vossos ossos, o vosso sangue. E se o que pertence a Deus vos inspira temor, não vos agradará o que vos pertence a vós? [...] Mas talvez a enormidade da minha Paixão, da qual sois a causa, vos cubra de vergonha. Não temais. Esta cruz não foi mortal para Mim, mas para a morte. Estes pregos não Me penetram de dores, mas de um amor ainda mais profundo por vós. Estas feridas não provocam gemidos, mas fazem-vos entrar ainda mais no meu coração. O esquartejar do meu corpo abre-vos os meus braços como um refúgio, não aumenta o meu suplício. O meu sangue não está perdido por mim, mas guardado para vosso resgate (Mc 10,45).


Vinde pois, voltai para Mim e reconhecei o vosso Pai, vendo que Ele vos paga o mal com o bem, os insultos com o amor, e tão grandes feridas com uma tão grande caridade.»


Santo do dia

Sábado e domingo, dias 26 e 27 de Setembro de 2015

S. Cosme e S. Damião, médicos, mártires, +303




São Cosme e São Damião sofreram martírio em Ciro (na Síria), provavelmente durante a perseguição de Diocleciano, nos inícios do século IV. A data de 27 de Setembro corresponde provavelmente à dedicação da basílica que o papa Félix IV mandou construir em honra deles no Foro Romano; e é ainda meta mais de turistas que de devotos, pelo esplêndido mosaico que lhe decora a ábside. Sabemos que os dois irmãos curavam "todas as enfermidades, não só das pessoas, mas também dos animais", fazendo tudo gratuitamente. Em grego são chamados de "anargiros", isto é, sem dinheiro.

Os dois irmãos foram colocados no paredão para que quatro soldados os atravessassem com setas, mas "os dardos voltavam para trás e feriam a muitos, porém os santos nada sofriam ". Foram obrigados a recorrer à espada para a decapitação, honra reservada só aos cidadãos romanos e somente assim os dois mártires, juntamente com outros três irmãos, puderam prestar seu testemunho a Cristo.

Seus restos mortais, segundo consta, encontram-se em Ciro na Síria, repousando numa basílica a eles consagrada. Da Síria o seu culto alcançou Roma e dali se espalhou por toda a Igreja do Ocidente.

Jesus

Evangelho segundo S. Lucas 9,43b-45.
Naquele tempo, estavam todos admirados com tudo o que Jesus fazia. Então Ele disse aos discípulos:
«Escutai bem o que vou dizer-vos. O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens».
Eles, porém, não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas para eles e não as entendiam. Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto.

O Senhor resgatou Jacob

Livro de Jeremias 31,10.11-12ab.13.
Escutai, ó povos, a palavra do Senhor,
e anunciai-a às ilhas distantes:
Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo
e guardá-lo como um pastor ao seu rebanho.

O Senhor resgatou Jacob
e libertou-o das mãos do seu dominador.
Regressarão com brados de alegria ao monte Sião,
acorrendo às bênçãos do Senhor.

A virgem dançará alegremente,
exultarão os jovens e os velhos.
Converterei o seu luto em alegria
e a sua dor será mudada em consolação e júbilo.

Aonde vais?

Livro de Zacarias 2,5-9.14-15a.
Levantei os olhos e vi um homem que tinha na mão um cordel de medir.
Eu perguntei-lhe: «Aonde vais?». Ele respondeu-me: «Vou medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e o seu comprimento».
Quando o Anjo que me falava se adiantou, outro Anjo veio ao seu encontro
e disse-lhe: «Corre e vai dizer a esse jovem: Jerusalém deverá ficar sem muros, por causa da multidão de homens e animais que haverá nela.
E Eu serei para ela __ diz o Senhor __ uma muralha de fogo à sua volta e no meio dela serei a sua glória.
Exulta e alegra-te, filha de Sião, porque Eu venho habitar no meio de ti – oráculo do Senhor.
Nesse dia, muitas nações hão-de aderir ao Senhor. Serão o meu povo e Eu habitarei no meio de ti».

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A Ressurreição



Comentário do dia:

Cardeal Joseph Ratzinger (Bento XVI, Papa de 2005 a 2013)
«Der Gott Jesu Christi»


«O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado [...] morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.»

Ser homem significa ser para a morte; ser homem significa ter de morrer. […] Viver neste mundo quer dizer morrer. «Fez-Se homem» (Credo) significa que também Cristo foi para a morte. A contradição que é própria da morte do homem atinge em Cristo a sua acuidade extrema porque, nele, que está em comunhão total com o Pai, o isolamento absoluto da morte é um puro absurdo. Por outro lado, nele, a morte tem também a sua necessidade; na verdade, o facto de estar com o Pai está na raiz da incompreensão que os homens Lhe testemunham, na raiz da sua solidão no meio das multidões. A sua condenação é o acto último da não-compreensão, da expulsão deste Incompreendido para uma zona de silêncio.

De igual forma, pode-se entrever alguma coisa da dimensão interior da sua morte. No homem, morrer é sempre um acontecimento simultaneamente biológico e espiritual. Em Jesus, a destruição dos suportes corporais da comunicação quebra o seu diálogo com o Pai. Portanto, o que se rompe na morte de Jesus Cristo é mais importante do que em qualquer morte humana; nela é destruído o diálogo que é o verdadeiro eixo do mundo inteiro.

Mas, tal como este diálogo O tinha tornado solitário e estava na raiz da monstruosidade desta morte, assim em Cristo a ressurreição está já fundamentalmente presente. Por ela, a nossa condição humana insere-se na partilha trinitária do amor eterno. Ela jamais pode desaparecer; para lá do limiar da morte, ergue-se de novo e recria a sua plenitude. Só a Ressurreição revela, pois, o carácter único e decisivo deste artigo da nossa fé: «Fez-Se homem.» […] Cristo é plenamente humano e sê-lo-á para sempre. Por Ele, a condição humana entrou no próprio ser de Deus; é esse o fruto da sua morte.      

És o Messias de Deus

Evangelho segundo S. Lucas 9,18-22.
Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?».
Eles responderam: «Uns, João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou».
Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus».
Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse
e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».

Vós, ó Deus, sois o meu refúgio

Livro de Salmos 43(42),1.2.3.4.
Fazei-me justiça, meu Deus,
defendei a minha causa contra a gente sem piedade,
livrai-me do homem desleal e perverso.
Vós, ó Deus, sois o meu refúgio:

Porque me abandonastes?
Porque hei-de andar triste, sob a opressão do inimigo?
Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam

à vossa montanha santa e ao vosso santuário.
E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei, Senhor, meu Deus.


Coragem, povo todo da terra!

Livro de Ageu 1,15b.2,1-9.
No segundo ano do rei Dario,
no dia vinte e um do sétimo mês, a palavra do Senhor foi manifestada por meio do profeta Ageu:
«Vai dizer a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, a Josué, filho de Josadac, sumo sacerdote, e a todo o povo:
Haverá entre vós algum sobrevivente que tenha visto este templo na sua primeira glória? E em que estado o vedes agora? Não se apresenta ele a vossos olhos reduzido a nada?
Agora, coragem, Zorobabel! Coragem, Josué, filho de Josadac, sumo sacerdote! Coragem, povo todo da terra! – oráculo do Senhor. Mãos à obra, porque Eu estou convosco! – oráculo Senhor.
Segundo a aliança que firmei convosco, quando saistes do Egipto, o meu espírito está no meio de vós. Não temais.
Assim fala o Senhor do Universo: Dentro de pouco tempo, abalarei os céus e a terra, o mar e o continente.
Abalarei todas as nações; afluirão riquezas de todos os povos e encherei de glória este templo – diz o Senhor do Universo.
A Mim pertence a prata, a Mim pertence o ouro – oráculo do Senhor do Universo.
A glória deste novo templo será maior que a do antigo – oráculo do Senhor do Universo. E neste lugar farei reinar a paz – oráculo do Senhor do Universo».

Santo do dia

Sexta-feira, dia 25 de Setembro de 2015

S. Firmino, bispo, mártir, séc. III




Bispo itinerante, apóstolo na Aquitânia e noutras regiões de França. Mártir em Irunia / Pamplona (Navarra Espanhola) em companhia de Santa Eugénia.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O sol e a lua iluminam os nossos corpos



Comentário do dia:
E procurava vê-lo.
O sol e a lua iluminam os nossos corpos; Cristo e a Igreja iluminam os nossos espíritos. Isto é, iluminam-nos se não formos cegos espirituais. Porque, do mesmo modo que o sol e a lua não deixam de derramar a sua claridade sobre os cegos que, contudo, não podem acolher a luz, também Cristo envia a sua luz aos nossos espíritos, mas esta iluminação só tem lugar se a nossa cegueira não lhe puser obstáculos. Por isso, que os cegos comecem porseguir a Cristo gritando: «Tem piedade de nós, Filho de David!» (Mt 9,27); e, quando tiverem recuperado a vista graças a Ele, poderão ser iluminados com o esplendor da luz.
Mas nem todos os que vêem são iluminados de igual forma por Cristo; cada um o é na medida em que pode receber a luz (cf Lc 23,8 ss). [...] Não é da mesma maneira que todos vamos a Ele, mas «cada um segundo as suas próprias possibilidades» (Mt 25,15).
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilias sobre o Génesis

Jesus

Evangelho segundo S. Lucas 9,7-9.
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que Jesus fazia e andava perplexo, porque alguns diziam: «É João Baptista que ressuscitou dos mortos».
Outros diziam: «É Elias que reapareceu». E outros diziam ainda: «É um dos antigos profetas que ressuscitou».
Mas Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar. Mas quem é este homem, de quem oiço dizer tais coisas?». E procurava ver Jesus.

Exultem de alegria os fiéis

Livro de Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6a.9b.
Cantai ao Senhor um cântico novo,

cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,

rejubilem os filhos de Sião em seu Rei.
Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara,

porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória.
Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;

em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis.

Pensai bem na vossa sorte

Livro de Ageu 1,1-8.
No segundo ano do rei Dario, no primeiro dia do sexto mês, foi dirigida a palavra do Senhor, por meio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Josadac, sumo sacerdote:
«Assim fala o Senhor do Universo: Este povo diz: ‘Não chegou ainda o tempo de se reconstruir o templo do Senhor’».
E a palavra do Senhor foi manifestada, por meio do profeta Ageu:
«Para vós chegou o tempo de habitardes em casas confortáveis, enquanto este templo continua em ruínas».
Por isso, assim fala o Senhor do Universo: «Pensai bem na vossa situação.
Semeais muito e colheis pouco; comeis e não vos saciais; bebeis e não matais a sede; vestis-vos e não vos aqueceis; e o operário mete o seu salário num saco roto».
Assim fala o Senhor do Universo: «Pensai bem na vossa sorte:
Subi ao monte, trazei madeira e reconstruí o meu templo; nele porei a minha complacência e manifestarei a minha glória» – diz o Senhor.

Santo do dia

Nossa Senhora das Mercês



Nossa Senhora das Mercês


Em 621, os visigodos tornaram-se senhores de toda a Espanha.
Em 711, vieram os árabes que os repeliram para as montanhas das Astúrias e conquistaram quase toda a Península. Foram precisos seis séculos para os expulsar.
Durante este período foram levados para África grande número de cristãos. Os que abraçavam o islamismo eram tratados como homens livres; os outros eram vendidos como escravos. Para os libertar era necessário pagar o resgate. Como nem todas as famílias tinham posses para libertar seus familiares, S. Pedro Nolasco fundou, em 1218, a Ordem das Mercês ou da Redenção dos Cativos. A própria Virgem, numa aparição, incitou a isso. Pedro contou a sua visão a S. Raimundo de Penhaforte e ao rei Jaime I, de Aragão. Os três conseguiram pôr em prática o projecto. Graças ao seu heroísmo e à generosidade dos cristãos, a obra foi fecunda em resultados e só terminou com o desaparecimento da pirataria.
Dizia o Breviário Romano que "foi com o fim de agradecer a Deus e à Santíssima Virgem os benefício de tal Instituição que se estabeleceu a festa de Nossa Senhora das Mercês".
O nome feminino, Mercedes, vem deste título especial da Virgem Maria.

Santo do dia

Quinta-feira, dia 24 de Setembro de 2015
Festa da Igreja : Nossa Senhora das Mercês
Santo do dia : S. Vicente Maria Strambi, bispo, +1824, Beata Rita Amada de Jesus, religiosa, fundadora, +1913

Beata Rita Amada de Jesus, religiosa, fundadora, +1913





Beata Rita Amada de Jesus
Rita Amada de Jesus, viu a luz do dia a 5 de Março de 1848 num pequeno povoado da paróquia de Ribafeita, Diocese de Viseu – Portugal. Com muito poucos dias de idade recebe o baptismo e foi-lhe dado o nome de Rita Lopes de Almeida. Cresceu num ambiente familiar muito piedoso onde à noite se fazia leitura espiritual e, desde criança, manifestou ela mesma uma especial devoção por Jesus Sacramentado, por Nossa Senhora, por S. José e carinho pelo Papa que, por essas alturas, vivia vida atribulada, a ponto de se ver exilado e, poucos anos depois, espoliado dos Estados Pontifícios.
A maçonaria, que, em Portugal, na década de trinta se apoderou dos bens eclesiásticos, mandara encerrar todas as casas religiosas masculinas e nas femininas proibia a admissão de qualquer Noviça, concorreu para o cristianismo perder alguma vitalidade. Além disso, muitos bispos e até sacerdotes descuravam os seus deveres, pelas constantes lutas políticas em que se viam envolvidos.
No lar desta jovem, todos, a começar pelos pais, sentiam a ânsia de uma autêntica vivência cristã e desejo de a comunicar a outros. Deus fez nascer em Rita a vocação missionária para arrancar os jovens do indiferentismo, dos perigos morais e exercer apostolado entre em prol da família. Chegou a andar de aldeia em aldeia a rezar; e ensinava a rezar o terço e espalhar a vontade sincera de imitar Nossa Senhora. Encontrava pessoas de vida menos exemplar e fazia tudo quanto estava ao seu alcance para que Nosso Senhor as arrancasse do mal e as trouxesse ao bom caminho. Não tardaram ameaças de morte e até houve um homicídio frustrado.
À oração juntou a penitência. Nas vindas a Viseu, começou a contactar as Irmãs Beneditinas do Convento de Jesus e conseguiu delas alguns “instrumentos de mortificação”. Cedo deu conta, juntamente com seu confessor, de que Jesus a chamava à vida de consagrada, numa época impossível pelas leis ainda vigentes que proibiam admissões de Noviças. Rita continuava no mundo, entregue ao apostolado, às mortificações, esperançada de que haveria de alcançar a consagração total a Deus e rejeitando peremptoriamente pretendentes, alguns deles ricos, porque no seu íntimo já era “consagrada”. Fazia a Comunhão Reparadora; crescia no fervor eucarístico, na devoção ao Sagrado Coração de Jesus e no forte desejo de salvar almas, tornando-se missionária e apóstola. Comungando no apostolado de Rita, os pais chegaram a albergar em sua casa mulheres desejosas de conversão e de mudar de atitudes e comportamentos morais com que tinham contribuído para a destruição de famílias.
Com cerca de 20 anos viu que era imperioso consagrar-se a Deus na Vida Religiosa. Confidenciava muito com sua mãe e o pai, embora muito piedoso, por sentir por aquela filha uma oculta predilecção, opunha-se a este desiderato. Porque importa obedecer mais a Deus que aos homens, Rita não esmoreceu e finalmente aos 29 anos conseguiu entrar num convento de Religiosas, a única Congregação permitida em Portugal por ser estrangeira e se dedicar apenas à assistência. Ao confrontar o carisma daquelas Irmãs com o que lhe ia na alma, deu conta que não se coadunava com o género de apostolado para que se sentia inclinada. O Director Espiritual da Comunidade a quem se abria inteiramente verificou qual era a vontade de Deus a respeito daquela Aspirante: recolher e educar meninas pobres e abandonadas. Rita deixou aquelas Religiosas de origem francesa e, ainda de acordo com o Revº P. Francisco Pereira S.J., procurou meios de melhor se preparar para o futuro e urgente desempenho da sua especial missão. Deu entrada num colégio onde pôde aprender ao vivo como lidar com as exigências estatais e religiosas.
Rita, humanamente rica de predicados e virtudes, profundamente piedosa, levada pelo desejo de cumprir a vontade de Deus a seu respeito, deixando-se guiar pelo Director Espiritual, ao sair do Colégio, aos 32 anos, conseguiu vencer as dificuldades de natureza política e até religiosa para fundar a 24 de Setembro de 1880, na paróquia de Ribafeita, um colégio e simultaneamente o Instituto das Irmãs de Jesus Maria José, seguindo o lema da Sagrada Família de Nazaré. Em breve espaço de tempo, estendeu a Obra de apostolado a outras Dioceses de Portugal; mas nas Dioceses de Viseu, Lamego e Guarda as autoridades políticas concelhias procuraram por todos os meios obrigá-la a encerrar a Obra. Não lhe faltaram também dificuldades económicas e ainda internas com uma das suas religiosas. Porém, no ano de 1910, a implantação da República desencadeou perseguição feroz contra a Igreja, apoderou-se dos bens que o Instituto possuía, aboliu novamente as Ordens Religiosas e Madre Rita teve que se refugiar na terra natal. Daqui conseguiu localizar algumas Irmãs dispersas, aos poucos reagrupá-las numa humilde casa e pôde salvar o Instituto, enviando-as depois em grupos para o Brasil. Lá continuaram o carisma da Fundadora que faleceu em Casalmendinho (paróquia de Ribafeita) a 6 de Janeiro de 1913, em odor de santidade, confortada pelos últimos Sacramentos. O funeral para o cemitério paroquial, presidido pelo Vigário Geral da Diocese, foi antes uma acção de graças pelo dom desta Religiosa à Igreja e ao Mundo.





quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A palavra de louvor




Comentário do dia:
«Foram de aldeia em aldeia, anunciando a Boa Nova»
Qual é «a palavra de louvor» (Sl 65,8) que é preciso proclamar? Seguramente esta: «Ele deu vida à alma» dos crentes (v.9); porque Deus atribuiu a constância e a perseverança na profissão da fé à pregação dos apóstolos e à confissão dos mártires, e o anúncio do Reino dos céus percorreu a terra em todos os sentidos como que passo a passo. Com efeito, «a sua mensagem espalhou-se por toda a terra» (Sl 18,5). E o Espírito Santo proclama a glória desta corrida espiritual: «Como são belos os pés dos que anunciam a boa nova, dos que anunciam a paz» (Is 52,7). É pois esta palavra de louvor a Deus que é necessário proclamar, segundo o testemunho do salmista: «Deu a vida à minha alma e não deixou que os meus passos vacilassem.» Com efeito, os apóstolos não se deixaram desviar do curso espiritual da sua pregação pelo terror das ameaças humanas, e a firmeza dos seus passos solidamente assentes impediu-os de se afastarem do caminho da fé. [...]
Contudo, depois de ter dito: «Ele não deixou que os meus passos vacilassem», o salmista acrescenta: «Ó Deus, tu provaste-nos, purificaste-nos pelo fogo como se purifica a prata» (v.10). Esta palavra, começada no singular, refere-se contudo a muitos. Pois único é o Espírito e uma a fé dos crentes, segundo o que está dito nos Actos dos Apóstolos: «Os crentes tinham uma só alma e um só coração» (Act 4,32). [...]
Mas o que significa esta comparação: foram purificados «pelo fogo como se purifica a prata»? Para mim, purifica-se a prata para dela separar a escória que adere à matéria ainda em bruto. [...] É por isso que, quando Deus põe à prova os que crêem nele, não é porque ignore a sua fé, mas porque «a perseverança produz a virtude» como diz o apóstolo Paulo (Rom 5,4). Deus submete-os à prova, não para os conhecer, mas para os levar à consumação da virtude. Assim, purificados pelo fogo e separados de qualquer ligação aos vícios da carne, poderão resplandecer no brilho da inocência que estas provas lhes proporcionaram.
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Comentário ao salmo 65, §§ 19-29

A boa nova

Evangelho segundo S. Lucas 9,1-6.
Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demónios e para curarem todas as doenças.
Depois enviou-os a proclamar o reino de Deus e a curar os enfermos.
E disse-lhes: «Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro, e não leveis duas túnicas.
Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali.
Se alguns não vos receberem, ao sair dessa cidade, sacudi o pó dos vossos pés, como testemunho contra eles».
Os Apóstolos partiram e foram de terra em terra a anunciar a boa nova e a realizar curas por toda a parte.

Ele é o nosso Senhor e o nosso Deus

Livro de Tobias 13,2.3-4a.4bcd.5.8.
Bendito seja Deus, que vive eternamente:
o seu reino permanece por todos os séculos.
Nas suas mãos está o castigo e o perdão, a vida e a morte,
nada e ninguém escapa ao seu poder.
Dai-Lhe graças, filhos de Israel, diante das nações,
porque Ele vos dispersou no meio dos gentios,

mas entre eles manifestou a sua grandeza:
Exaltai-O diante de todos os seres vivos.
porque Ele é o nosso Senhor e o nosso Deus,
é o nosso Pai e é Deus por todos os séculos dos séculos.
Por nossos pecados Ele nos castiga,
mas de novo usará de misericórdia

Senhor, meu Deus

Livro de Esdras 9,5-9.
Na hora da oblação da tarde, eu, Esdras, levantei-me da minha prostração e, com as vestes e o manto rasgados, pus-me de joelhos, estendi as mãos para o Senhor, meu Deus,
e disse: «Meu Deus, tenho tanta vergonha e confusão que não posso levantar o rosto para Vós, meu Deus. Porque as nossas iniquidades multiplicaram-se acima das nossas cabeças e os nossos pecados acumularam-se até ao céu.
Desde o tempo dos nossos pais até ao dia de hoje, são grandes as nossas culpas. Por causa dos nossos pecados, nós, os nossos reis e os nossos sacerdotes, fomos entregues às mãos dos reis das nações, à espada, ao cativeiro, à rapina e à vergonha, como acontece neste dia.
Mas agora, em pouco tempo, o Senhor, nosso Deus, concedeu-nos a graça de conservar entre nós um resto de sobreviventes e de nos dar asilo no seu lugar santo. Assim o nosso Deus iluminou os nossos olhos e deu-nos um pouco de vida na nossa escravidão.
Porque nós éramos escravos, mas, na nossa escravidão, o nosso Deus não nos abandonou: atraiu sobre nós a benevolência dos reis da Pérsia, dando-nos a vida necessária para erguer a casa do nosso Deus e restaurar as suas ruínas e concedendo-nos um abrigo seguro em Judá e Jerusalém».

Santo do dia

Quarta-feira, dia 23 de Setembro de 2015

S. Pio de Petrelcina (Padre Pio), presbítero, +1968




Nasceu no dia 25 de Maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi baptizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos.
Aos 16 anos, no dia 6 de Janeiro de 1903, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês, e ficou a chamar-se Frei Pio. Depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de Agosto de 1910 em Benevento, precisou de ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde. Em Setembro desse ano de 1916, foi mandado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até à morte.
Desde a juventude, a sua saúde não foi muito brilhante e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. A irmã morte levou-o, preparado e sereno, no dia 23 de Setembro de 1968; tinha ele 81 anos de idade. O seu funeral caracterizou-se por uma afluência absolutamente extraordinária de gente.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Nossa Senhora




Comentário do dia:
Maria, Mãe de Cristo, mãe da Igreja
Aquele que é o fruto de uma única Virgem santa é a glória e a honra de todas as outras santas virgens; porque elas próprias serão, como Maria, mães de Cristo, se fizerem a vontade de seu Pai. A glória e a felicidade da Maria como Mãe de Jesus Cristo exprimem-se sobretudo naquelas palavras do Senhor: «Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe» (Mt 12,50).
Ele indica assim o parentesco espiritual que O liga ao povo que resgatou. Os seus irmãos e as suas irmãs são os homens santos e as mulheres santas que tomam parte com Ele na herança celeste. A sua mãe é toda a Igreja porque é ela quem, pela graça de Deus, gera os membros de Jesus Cristo, isto é, aqueles que Lhe são fiéis. A sua mãe é também toda a alma santa que faz a vontade do Pai e cuja caridade fecunda se manifesta naqueles que gera para Ele, até que Ele mesmo neles seja formado (Ga 4,19).
Maria é certamente a mãe dos membros do Corpo de Cristo, isto é, nós próprios, porque, pela sua caridade, Ela cooperou para gerar na Igreja os fiéis que são os membros desse divino chefe de quem Ela é verdadeiramente mãe segundo a carne.
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sobre a santa virgindade

Os que ouvem a palavra de Deus

Evangelho segundo S. Lucas 8,19-21.
Naquele tempo, vieram ter com Jesus sua Mãe e seus irmãos, mas não podiam chegar junto d’Ele por causa da multidão.
Então disseram-Lhe: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-Te».
Mas Jesus respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

«Vamos para a casa do Senhor».

Livro de Salmos 122(121),1-2.3-4a.4b-5.
Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém.

Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor.

Segundo o costume de Israel,
para celebrar o nome do Senhor;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David.


O templo de Deus

Livro de Esdras 6,7-8.12b.14-20.
Naqueles dias, Dario, rei da Pérsia, escreveu às autoridades da província ocidental do Eufrates, dizendo: «Deixai o governador de Judá e os anciãos dos judeus prosseguir os trabalhos do templo de Deus.
Sobre o trabalho que os anciãos dos judeus estão a realizar para a reconstrução do templo de Deus no seu local primitivo, ordeno que se pague tudo o que esses homens gastarem, pontualmente e sem interrupção, usando para isso as rendas reais dos impostos recolhidos na província ocidental do Eufrates.
Fui eu, Dario, que dei esta ordem: deve ser fielmente cumprida».
Então os anciãos dos judeus retomaram com êxito a construção, encorajados pelas palavras dos profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido. Levaram a construção a bom termo, segundo a vontade do Deus de Israel e a ordem de Ciro e de Dario, reis da Pérsia.
O templo de Deus foi concluído no terceiro dia do mês de Adar, no sexto ano do reinado de Dario.
Os filhos de Israel __ os sacerdotes, os levitas e os outros exilados __. celebraram alegremente a dedicação do templo de Deus.
Para esta dedicação do templo de Deus, ofereceram cem touros, duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros, e, como sacrifício pelo pecado de todo o Israel, doze cabritos, segundo o número das tribos de Israel.
Estabeleceram também os sacerdotes segundo as suas classes e os levitas segundo os seus turnos, para o serviço divino em Jerusalém, conforme está escrito no livro de Moisés.
Os repatriados celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês.
Como todos os sacerdotes e os levitas, sem exceção, se tinham purificado, todos estavam puros e puderam imolar a Páscoa para todos os exilados, para os seus irmãos sacerdotes e para si próprios.

Santo do dia

Terça-feira, dia 22 de Setembro de 2015

S. Maurício e companheiros (soldados romanos), mártires, séc. III




Maurício comandava a célebre Legião Tebana, constituída por cristãos do Egipto. Por volta do ano 286, enquanto reinava Diocleciano, essa divisão estava servindo em território da actual Suíça, quando o comandante supremo, Maximiano, ordenou que todos os soldados oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos. Os membros da Legião Tebana recusaram-se e foram todos mortos por amor a Jesus Cristo.

domingo, 20 de setembro de 2015

Quem se exaltar será humilhado





Comentário do dia:
«Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos.»
Lembra-te deste provérbio: «Deus resiste aos soberbos e dá a graça aos humildes» (Jo 4,6). Tem presente a palavra do Senhor: «Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado» (Mt 23,12). Se achas que tens alguma coisa boa, reconhece-a, mas sem esquecer as tuas faltas; não te engrandeças com o bem que hoje fizeste, nem esqueças o mal recente ou passado; se o presente é para ti motivo de glória, lembra-te do passado e assim destruirás esse estúpido abcesso!
Se vês o teu próximo pecar, não consideres mais do que a falta cometida e pensa também no bem que ele faz ou fez; muitas vezes descobrirás que é melhor do que tu, se examinares o conjunto da tua vida e não te prenderes a coisas fragmentárias, porque Deus não examina assim o homem. Lembremo-nos disso muitas vezes, para nos preservarmos do orgulho, abaixando-nos, para sermos elevados.
Imitemos o Senhor, que desceu do céu até ao aniquilamento total. [...] Mas, depois de tal aniquilamento, fez resplandecer a sua glória, glorificando com Ele aqueles que com Ele tinham sido desprezados. Tais eram, com efeito, os primeiros discípulos que, pobres e nus, percorreram o universo sem palavras de sabedoria nem séquitos faustosos, mas sós, errantes e sofredores, vagabundos por terra e por mar, vergastados, apedrejados, perseguidos e, finalmente, levados à morte. Tais são os divinos ensinamentos do nosso Pai. Imitemo-los para chegarmos também à glória eterna, ao perfeito e verdadeiro dom de Cristo.
São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Homilia sobre a humildade, 5-6

Sabedoria de Deus

Vigésimo Quinto do Tempo Comum (semana I do saltério)



Vigésimo Quinto Domingo do Tempo Comum


A liturgia do 25º Domingo Comum convida os crentes a prescindir da "sabedoria do mundo" e a escolher a "sabedoria de Deus". Só a "sabedoria de Deus" - dizem os textos bíblicos deste Domingo - possibilitará ao homem o acesso à vida plena, à felicidade sem fim.

O Evangelho apresenta-nos uma história de confronto entre a "sabedoria de Deus" e a "sabedoria do mundo". Jesus, imbuído da lógica de Deus, está disposto a aceitar o projecto do Pai e a fazer da sua vida um dom de amor aos homens; os discípulos, imbuídos da lógica do mundo, têm dificuldade em entender essa opção e em comprometer-se com esse projecto. Jesus avisa-os, contudo, de que só há lugar na comunidade cristã para quem escuta os desafios de Deus e aceita fazer da vida um serviço aos irmãos, particularmente aos humildes, aos pequenos, aos pobres.

A segunda leitura exorta os crentes viverem de acordo com a "sabedoria de Deus", pois só ela pode conduzir o homem ao encontro da vida plena. Ao contrário, uma vida conduzida segundo os critérios da "sabedoria do mundo", irá gerar violência, divisões, conflitos, infelicidade, morte.

A primeira leitura avisa os crentes de que escolher a "sabedoria de Deus", provocará o ódio do mundo. Contudo, o sofrimento não pode desanimar os que escolhem a "sabedoria de Deus": a perseguição é a consequência natural da sua coerência de vida.

Quem quiser ser o primeiro será o último

Evangelho segundo S. Marcos 9,30-37.
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia. Jesus não queria que ninguém o soubesse,
porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-l’O; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará».
Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de O interrogar.
Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?».
Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior.
Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos».
E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes:
«Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».