domingo, 30 de novembro de 2014

Comentário do dia:


As três vindas de Cristo

Há três vindas do Senhor, a primeira na carne, a segunda à alma, a terceira pelo juízo. A primeira ocorreu a meio da noite, de acordo com as palavras do Evangelho: «A meio da noite, ouviu-se um grito: “Aqui está o Noivo!”» (Mt 25,6) E esta primeira vinda já aconteceu, porque Cristo foi visto na terra e conversou com os homens (Br 3,38).

Estamos agora na segunda vinda, desde que sejamos tais, que Ele possa vir até nós, porque Ele disse que, se O amarmos, virá a nós e fará em nós sua morada (Jo 14,23). No entanto, esta segunda vinda é para nós uma coisa envolvida em incerteza, porque só o Espírito de Deus conhece aqueles que pertencem a Deus (1Cor 2,11). Aqueles em quem o desejo das coisas celestiais transporta para fora de si mesmos sabem bem quando Ele vem; no entanto, «não sabem de onde Ele vem, nem para onde vai» (Jo 3,8).

Quanto à terceira vinda, é certo que acontecerá, muito incerto quando acontecerá, pois nada é mais certo do que a morte e nada mais incerto do que o dia da morte. «Quando falarmos de paz e segurança, então a morte aparecerá de repente, como as dores de parto à mulher grávida, e ninguém poderá escapar-lhe» (1Tess 5,3). O primeiro advento foi portanto humilde e escondido, o segundo é misterioso e cheio de amor, o terceiro será luminoso e terrível. Na sua primeira vinda, Cristo foi julgado pelos homens com injustiça; na segunda, faz-nos justiça pela sua graça; na última, vai julgar todas as coisas com equidade – Cordeiro no primeiro advento, Leão no último, Amigo cheio de ternura no segundo.

Pedro de Blois (c. 1130-1211), arcediago em Inglaterra
Sermão para o Advento 3



Evangelho segundo S. Marcos 13,33-37.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tomai cuidado, vigiai, pois não sabeis quando chegará esse momento.
Será como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos, atribuindo a cada um a sua tarefa, e mandou ao porteiro que vigiasse.
Vigiai, portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha;
não se dê o caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir.
O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai!



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

1ª Carta aos Coríntios 1,3-9.


A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
Dou graças a Deus, em todo o tempo, a vosso respeito, pela graça divina que vos foi dada em Cristo Jesus.
Porque fostes enriquecidos em tudo: em toda a palavra e em todo o conhecimento;
e deste modo, tornou-se firme em vós o testemunho de Cristo.
De facto, já não vos falta nenhum dom da graça, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele vos tornará firmes até ao fim, para que sejais irrepreensíveis no dia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor.


Livro de Salmos 80(79),2ac.3b.15-16.18-19.



Pastor de Israel, escutai,
Vós que estais sentado sobre os Querubins, aparecei.
Despertai o vosso poder e vinde em nosso auxílio.
Deus dos Exércitos, vinde de novo,

olhai dos céus e vede, visitai esta vinha.
Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós.
Estendei a mão sobre o homem que escolhestes,

sobre o filho do homem que para Vós criastes;
e não mais nos apartaremos de Vós:
fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome.


Livro de Isaías 63,16b-17.19b.64,2b-7.

Vós, Senhor, sois nosso Pai e nosso Redentor, desde sempre, é o vosso nome.
Porque nos deixais, Senhor, desviar dos vossos caminhos e endurecer o nosso coração, para que não Vos tema? Voltai, por amor dos vossos servos e das tribos da vossa herança.
Oh se rasgásseis os céus e descêsseis! Ante a vossa face estremeceriam os montes!
vendo os prodígios impressionantes que operavas.
Nunca os ouvidos escutaram, nem os olhos viram que um Deus, além de Vós, fizesse tanto em favor dos que n’Ele esperam.
Vós saís ao encontro dos que praticam a justiça e recordam os vossos caminhos. Estais indignado contra nós, porque pecámos e há muito que somos rebeldes, mas seremos salvos.
Éramos todos como um ser impuro, as nossas ações justas eram todas como veste imunda. Todos nós caímos como folhas secas, as nossas faltas nos levavam como o vento.
Ninguém invocava o vosso nome, ninguém se levantava para se apoiar em Vós, porque nos tínheis escondido o vosso rosto e nos deixáveis à mercê das nossas faltas.
Vós, porém, Senhor, sois nosso Pai, e nós o barro de que sois o Oleiro; somos todos obra das vossas mãos.

Santo do Dia

                    

Domingo, dia 30 de Novembro de 2014

Santo André, apóstolo



Os gregos chamam a este ousado apóstolo "Protókletos", que significa: o primeiro chamado. Ele foi um dos afortunados que viram Jesus na verde planície de Jericó. Ele passava. O Baptista indicou-o com o dedo de Precursor e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André e João foram atrás d'Ele. Não se atreveram a falar-Lhe até que Jesus se virou para trás e perguntou: "Que procurais?" - Mestre, onde habitas? - "Vinde e vede". A Igreja deve muito a Santo André. Terá sido martirizado numa cruz em forma de aspa ou X, que é conhecida pelo nome de cruz de Santo André.









“o Senhor vem”.

Domingo, dia 30 de Novembro de 2014

1º Domingo do Advento - Ano B (semana I do saltério)



1º Domingo do Advento
A liturgia do primeiro Domingo do Advento convida-nos a equacionar a nossa caminhada pela história à luz da certeza de que “o Senhor vem”. Apresenta também aos crentes indicações concretas acerca da forma devem viver esse tempo de espera.
A primeira leitura é um apelo dramático a Jahwéh, o Deus que é “pai” e “redentor”, no sentido de vir mais uma vez ao encontro de Israel para o libertar do pecado e para recriar um Povo de coração novo. O profeta não tem dúvidas: a essência de Deus é amor e misericórdia; essas “qualidades” de Deus são a garantia da sua intervenção salvadora em cada passo da caminhada histórica do Povo de Deus.
O Evangelho convida os discípulos a enfrentar a história com coragem, determinação e esperança, animados pela certeza de que “o Senhor vem”. Ensina, ainda, que esse tempo de espera deve ser um tempo de “vigilância” – isto é, um tempo de compromisso activo e efectivo com a construção do Reino.
A segunda leitura mostra como Deus se faz presente na história e na vida de uma comunidade crente, através dos dons e carismas que gratuitamente derrama sobre o seu Povo. Sugere também aos crentes que se mantenham atentos e vigilantes, a fim de acolherem os dons de Deus.


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sábado, 29 de novembro de 2014

João 14:6



Comentário do dia:


«Velai, pois, orando continuamente»

Meu amigo, quando queremos agradar a Deus, oramos, e isso parece-me muito belo. […] Acima de tudo, sê assíduo na oração sem te cansares, como está escrito, pois Nosso Senhor disse: «orai continuamente.» Sê assíduo nas vigílias, afasta de ti a sonolência, vigia dia e noite sem te desencorajares.
Vou-te mostrar os modos de oração; com efeito, existe a oração de súplica, de acção de graças e de louvor (cf Fil 4,6): de súplica, quando pedimos misericórdia pelos nossos pecados; de acção de graças, quando agradeces a teu Pai que está no céu; e de louvor, quando O louvas pelas suas obras. Quando estiveres em perigo, apresenta a tua súplica; quando estiveres provido de bens, dá graças Àquele que tos dá; e quando te sentires de humor alegre, apresenta o teu louvor.
Deves levar todas as tuas preces diante de Deus segundo as circunstâncias. Vê o que o próprio David dizia constantemente: «A meio da noite levanto-me para Te louvar, por causa das tuas justas sentenças» (Sl 119,62). Noutro salmo diz também: «Louvai ao Senhor do alto dos céus; louvai-O nas alturas!» (148,1). E diz ainda: «Em todo o tempo bendirei o Senhor; o seu louvor estará sempre nos meus lábios» (34,2). Pois não deves rezar só de uma maneira, mas de acordo com as circunstâncias.
E eu, meu amigo, tenho a firme convicção de que tudo o que os homens pedem com assiduidade, Deus lho dá. Mas aquele que oferece com hipocrisia não é aprovado, segundo o que está escrito: aquele que faz uma oração, que olhe bem para ela, para ver se não lhe encontra defeito, e só depois a ofereça, pois de outro modo a sua oferenda ficará por terra (cf Mt 5,23-24; Mc 11,25). E o que são as oferendas, senão orações? […] De todas as oferendas, com efeito, a oração pura é a melhor.
Afraates (?-c. 345), monge e bispo perto de Mossul
Exposições, n°4; SC 349



Evangelho segundo S. Lucas 21,34-36.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado convosco: que os vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, a embriaguez e as preocupações da vida, e que esse dia não caia sobre vós subitamente,
como um laço; pois atingirá todos os que habitam a terra inteira.
Velai, pois, orando continuamente, a fim de terdes força para escapar a tudo o que vai acontecer e aparecerdes firmes diante do Filho do Homem.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Livro de Salmos 95(94),1-2.3-5.6-7.


Vinde, exultemos de alegria no Senhor,
aclamemos o rochedo da nossa salvação.
Vamos à sua presença com hinos de louvor,

saudemo-lo com cânticos jubilosos.
Pois grande Deus é o Senhor,
é um rei poderoso, mais que todos os deuses.

Na sua mão estão as profundezas da terra
e pertencem-lhe os cimos das montanhas.
Dele é o mar, pois foi Ele quem o formou;

a terra firme é obra das suas mãos.
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.

Pois Ele é o nosso Deus
e nós o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.
Quem dera ouvísseis hoje a sua voz:




Livro do Apocalipse 22,1-7.

O anjo do Senhor mostrou-me a mim, João, um rio de água viva, resplandecente como cristal, que saía do trono de Deus e do Cordeiro.
No meio da praça da cidade e nas margens do rio está a árvore da Vida que produz doze colheitas de frutos; em cada mês o seu fruto, e as folhas da árvore servem de medicamento para as nações.
E ali nunca mais haverá nada maldito. O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade e os seus servos hão-de adorá-lo
e vê-lo face a face, e hão-de trazer gravado nas suas frontes o nome do Cordeiro.
Não mais haverá noite, nem terão necessidade da luz da lâmpada, nem da luz do Sol, porque o Senhor Deus irradiará sobre eles a sua luz e serão reis pelos séculos dos séculos.
E disse-me: «Estas palavras são dignas de fé e verdadeiras: o Senhor Deus, que inspira os profetas, enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos o que brevemente vai acontecer.
Eis que Eu venho em breve. Feliz o que puser em prática as palavras da profecia deste livro.»

Santo do Dia

Beato Dionísio da Natividade, religioso, mártir, +1638



Chamava-se Pierre Berthelot e nasceu na Flandres, onde hoje é a Bélgica, em 1600. Era navegador e, por vicissitudes várias, serviu a armada holandesa quando tinha vinte anos. Mas, em breve, trocou o reino da Holanda pelo de Portugal, onde foi nomeado cosmógrafo e piloto-mor.

Em Goa, tentou em vão ser jesuíta. Mas, em 1635, acabou por ser aceite na ordem carmelita, onde recebeu o nome de Dionísio da Natividade. Já carmelita, participou na defesa de Goa mas, em 1638, quando se dirigia a Samatra acompanhando uma embaixada real, foi apanhado pelos mouros que o quiseram forçar a aderir à religião islâmica. Seguia com ele o irmão Redento da Cruz. Os dois, com mais sessenta companheiros, resistiram até ao martírio que ocorreu nos finais desse mesmo ano.





 

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Santo do Dia II

Sabado, dia 29 de Novembro de 2014

Beato Redento da Cruz, religioso, mártir, +1638



Chamava-se Tomás Rodrigues da Cunha e nasceu em Paredes de Coura, em 1598, no seio de uma família nobre. Com 19 anos embarcou para a Índia e notabilizou-se como capitão da praça de Meliapor. Mas optou por outro caminho: o da ordem carmelita onde recebeu o nome de Redento da Cruz. Nos finais de Outubro de 1638, foi enviado com o Padre Dionísio da Natividade a Achem, na Samatra, onde foi denunciado como espião e posto a ferros. Os mouros decidiram negociar a libertação dos cativos, mediante a sua conversão ao Islão. Perante a recusa de abjurarem da sua fé, foram condenados a atrozes suplícios e à morte a golpes de azagaia.





 

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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Ação divina


Evangelho segundo S. Lucas 21,29-33.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Reparai na figueira e nas restantes árvores.
Quando começam a deitar rebentos, ao vê-los, ficais a saber que o Verão está próximo.
Assim também, quando virdes essas coisas, conhecereis que o Reino de Deus está próximo.
Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo se cumpra.
O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org


Quero andar de valor em valor


" De valor em valor "


Pela fé que uma vez me foi dada,
Pra seguir o Cordeiro de Deus,
Pela Graça de Deus enviada,
Andarei, com valor, para os céus.

Quero andar de valor em valor
E seguir a Jesus, meu Senhor;
Té que um dia receba no céu
A coroa que me dará Deus.

Em Jesus eu farei mil proezas
No combate da fé e do amor;
NEle tenho vigor e destreza,
Pra lutar e pra ser vencedor!

Eu direi, ao findar esta liça;
Combati o combate de amor
E coroa terei de Justiça.
Que no céu me dará o Senhor...

Livro de Salmos 84(83),3.4.5-6a.8a.

A minha alma suspira
pelos átrios do Senhor;
o meu coração e a minha carne
cantam de alegria ao Deus vivo!

Até as aves do céu encontram abrigo
e as andorinhas um ninho para os seus filhos,
junto dos vossos altares, Senhor dos Exércitos,
meu rei e meu Deus.

Felizes os que moram em tua casa:
podem louvar-te continuamente.
Felizes os que em ti encontram a sua força,
e os que desejam peregrinar até ao monte Sião.

Prosseguem de bens em bens,
e Deus lhes aparecerá em Sião.



Livro do Apocalipse 20,1-4.11-15.21,1-2.

Eu, João, vi, depois, um anjo que descia do céu. Trazia na mão a chave do Abismo e uma grande corrente.
Agarrou o Dragão, a Serpente antiga, que também se chama Diabo ou Satanás: prendeu-o por mil anos
e lançou-o no Abismo que depois fechou e selou, para que ele não mais enganasse as nações, até que se completassem mil anos. Depois deste período, o Diabo deve ser solto por algum tempo.
Vi também alguns tronos; e aos que neles estavam sentados foi dado o poder de julgar. Vi ainda as almas dos que foram decapitados pelo testemunho de Jesus e pela Palavra de Deus, os quais não adoraram a Besta, nem a sua estátua, nem trouxeram na fronte ou na mão o sinal da Besta. Eles reviveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
Depois, vi um trono magnífico e branco e alguém sentado nele. Os céus e a terra fugiram da sua presença e desapareceram definitivamente.
Vi também todos os mortos, grandes e pequenos. Estavam diante do trono; e foram abertos uns livros. Foi aberto também um outro livro, que é o livro da Vida. Os mortos foram julgados segundo aquilo que estava escrito nos livros, segundo as suas obras.
O mar devolveu os mortos que nele havia, a Morte e o Abismo entregaram também os seus mortos, e cada um foi julgado segundo as suas obras.
Então, a Morte e o Abismo foram lançados no lago de fogo. Este lago de fogo é a segunda morte.
E todos os que não foram encontrados escritos no livro da Vida foram lançados no lago de fogo.
Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham desaparecido e o mar já não existia.
E vi descer do céu, de junto de Deus, a cidade santa, a nova Jerusalém, já preparada, qual noiva adornada para o seu esposo.

Santo do Dia

Sexta-feira, dia 28 de Novembro de 2014

Santa Catarina Labouré, religiosa, +1876



Numa família profundamente cristã de remediados lavradores da Borgonha, em França, nasceu a 2 de Maio de 1806 Catarina Labouré. Órfã de mãe aos nove anos, veio, mais tarde, a ser convidada por uma cunhada, directora de um colegiozinho em Chatillon a ir viver para junto de si. Convivendo com as Irmãs da Caridade que viviam perto, acendeu nela o desejo de as imitar. Tendo feito o postulantado, seguiu para Paris onde iniciou o noviciado na Rua du Bac. Entrou naquela casa durante a solene novena que precedeu a trasladação das relíquias de S. Vicente de Paulo. Na noite de 17 para 18 de Julho de 1830, estando a dormir é acordada por uma criança aparentando quatro anos de idade que lhe diz: "Vem à capela; Nossa Senhora espera-te". Entrando na capela profusamente iluminada viu Nossa Senhora sentada numa cadeira. Seguiu-se um diálogo de duas horas. A Senhora descerrou-lhe o véu do futuro, prognosticando-lhe as desgraças que, daí a 40 anos, cairiam sobre a França. A esta aparição seguir-se-iam mais duas. Já referimos esta visão no dia de ontem (27 de Novembro) ao tratar de Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa.

Depois das aparições continuou a servir os pobres durante 46 anos. Catarina Labouré é realmente a santa do silêncio, da humildade. Enquanto viveu foi desconhecida. Faleceu a 3 de Dezembro de 1876. Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947.

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Comentário do Dia




A. W. Tozer: "Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que possa ser declarado certo; desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento". 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Comentário do dia:

Hão-de ver o Filho do Homem vir
«O Reino de Deus está dentro de vós», diz o Senhor (Lc 17,21). Volta-te com todo o teu coração para o Senhor e deixa este mundo miserável; e a tua alma achará repouso. Aprende a desprezar as coisas exteriores e a entregar-te às interiores, e verás chegar para ti o Reino de Deus. Na verdade, «o Reino de Deus é a paz e a alegria no Espírito Santo» (Rom 14,17), que não é dado aos ímpios.

Cristo virá junto de ti, mostrando-te a sua consolação, se Lhe tiveres preparado interiormente uma morada digna. Toda a sua glória e beleza são de dentro, e é aí que Ele Se compraz. Ele visita frequentemente o homem recolhido, a sua conversa é doce, a sua consolação agradável, a sua paz imensa, o seu convívio admirável.

Vai, alma fiel, prepara o teu coração para este Esposo, para que Se digne vir a ti e em ti habitar. Na verdade, Ele diz assim: «Se alguém Me ama, ouvirá a minha palavra, e viremos a ele, e nele faremos morada» (Jo 14,23). […] O homem interior depressa se recolhe, pois nunca se dispersa totalmente nas coisas exteriores. O trabalho exterior não o prejudica, nem as ocupações, por vezes necessárias; mas, tal como sucedem as coisas, assim a elas se acomoda. Aquele que é bem formado e ordenado interiormente não se importa com as acções admiráveis ou perversas dos homens. […] Se renunciares às consolações exteriores, poderás contemplar as coisas do céu e alegrar-te frequentemente em teu coração.
Imitação de Cristo, tratado espiritual do século XV, Livraria Moraes, 1959
Livro 2, § 1



O Evangelho

Archibald Brown: “O evangelho é um fato, portanto, vamos expô-lo com simplicidade. O evangelho é alegre; portanto, vamos falar dele com alegria. Ele nos foi confiado; portanto, vamos expô-lo com fidelidade. É a manifestação de um momento infinito; portanto, vamos expô-lo fervorosamente. Fala de um infinito amor; portanto, vamos expô-lo com sentimento. É de difícil compreensão para muitos; portanto, vamos expô-lo com ilustrações. O evangelho é a revelação de uma Pessoa; portanto, vamos pregar a Cristo”.

Isaias 40:31


Evangelho segundo S. Lucas 21,20-28.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Mas, quando virdes Jerusalém sitiada por exércitos, ficai sabendo que a sua ruína está próxima.
Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; e os que estiverem no campo não voltem para a cidade,
pois esses dias serão de punição, a fim de se cumprir tudo quanto está escrito.
Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem a amamentar naqueles dias, porque haverá uma terrível angústia no país e um castigo contra este povo.
Serão passados a fio de espada, serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completar o tempo dos pagãos.»
«Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar;
os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Livro de Salmos 100(99),2.3.4.5.


Aclamai o Senhor, toda a terra;
Servi ao Senhor com alegria, 
vinde à sua presença com cânticos de júbilo!
Sabei que o Senhor é Deus; 

foi Ele quem nos criou e nós pertencemos-lhe, 
somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho.
Entrai pelas suas portas em acção de graças; 
entrai nos seus átrios com hinos de louvor; 

glorificai-o e bendizei o seu nome.
O Senhor é bom!
O seu amor é eterno! 
A sua fidelidade estende-se de geração em geração.


Livro do Apocalipse 18,1-2.21-23.19,1-3.9a.


Eu, João, vi outro anjo que descia do céu com grande autoridade. A terra foi iluminada pelo seu esplendor;
e gritou com voz forte: «Caiu, caiu Babilónia, a grande. Tornou-se antro de demónios, guarida de todos os espíritos imundos, guarida de todas as aves imundas guarida de todos os animais imundos e repelentes;
Depois, um anjo poderoso levantou uma pedra do tamanho de uma mó de moinho e lançou-a ao mar, dizendo: «Assim, com o mesmo ímpeto, será lançada Babilónia, a grande cidade! E nunca mais será encontrada.
A melodia das cítaras e dos músicos, das flautas e das trombetas nunca mais se ouvirá dentro de ti. Não mais se encontrará em ti nenhum artista de qualquer arte que seja; não mais se ouvirá em ti o ruído da mó.
A luz da lâmpada nunca mais brilhará dentro de ti. E as vozes do noivo e da noiva nunca mais se ouvirão dentro de ti. Porque os teus comerciantes eram os magnates da terra e com os teus feitiços ludibriaste todas as nações.»
Depois disto, ouvi no céu algo que parecia o alarido de uma multidão imensa que dizia: «Aleluia! A vitória, a glória e o poder pertencem ao nosso Deus;
porque Ele julga com verdade e com justiça, porque Ele condenou a grande prostituta – a que corrompia a terra com a sua devassidão – e lhe pediu contas do sangue dos seus servos.»
E diziam ainda: «Aleluia! O fumo do incêndio da cidade subirá pelos séculos dos séculos!»
Depois disse-me: «Escreve: Felizes os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro!» E acrescentou: «Estas são palavras verdadeiras, do próprio Deus.»

SANTO DO DIA



Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa


A aparição de Nossa Senhora das Graças ocorreu no dia 27 de Novembro de 1830 a Santa Catarina Labouré, irmã de caridade (religiosa de S. Vicente Paulo). A santa encontrava-se em oração na capela do convento, em Paris (rua du Bac), quando a Virgem Santíssima lhe apareceu. Tratava-se de uma "Senhora de mediana estatura, o seu rosto tão belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas ..."
A Santíssima Virgem disse: "Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...".
Formou-se então em volta de Nossa Senhora um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Nisto voltou-se o quadro e eu vi no reverso a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria - o de Jesus cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo ouvi distintamente a voz da Senhora a dizer-me: "Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram por devoção hão de receber grandes graças".
O Arcebispo de Paris Dom Jacinto Luís de Quélen (1778-1839) aprovou, dois anos depois, em 1832, a medalha pedida por Nossa Senhora; em 1836 exortou todos os fiéis a usarem a medalha e a repetir a oração gravada em torno da Santíssima Virgem: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".
Esta piedosa medalha - segundo as palavras do Papa Pio XII - "foi, desde o primeiro momento, instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, protecções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo lhe chamou desde logo Medalha Milagrosa".


Comentário do dia:


«Não se perderá um só cabelo da vossa cabeça»
Exorto-vos a que persevereis fortes e constantes na confissão da glória celeste e […] sigais com energia espiritual até receber a coroa, tendo como protector e guia o Senhor que disse: «Estou convosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28,20). […] Feliz cárcere, que leva ao céu os homens de Deus! […]
Nada mais ocupe agora os vossos corações e os vossos espíritos senão os preceitos divinos e os mandamentos celestes, por meio dos quais sempre o Espírito Santo vos animou a suportar os tormentos. Ninguém pense na morte, mas na imortalidade; nem no suplício transitório, mas na glória eterna, pois está escrito: «É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos seus fiéis» (Sl 115,15). […] E, noutro passo, a Sagrada Escritura fala dos tormentos que consagram os mártires de Deus e os santificam pela prova do sofrimento: «Embora tenham suportado tormentos perante os homens, a sua esperança está cheia de imortalidade. Julgarão as nações e dominarão os povos e o Senhor reinará sobre eles para sempre» (Sab 3,4.8). E assim, quando pensais que haveis de julgar e reinar com Cristo Senhor, deveis exultar com a alegria dos bens futuros, calcando aos pés os suplícios presentes. […]
O mesmo Senhor Se propôs como exemplo, ao ensinar que não podiam entrar no Reino senão os que O tivessem seguido pelo seu caminho, dizendo: «Aquele que ama a sua vida neste mundo perdê-la-á; e aquele que odeia a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna» (Jo, 12,25). […] Também o apóstolo Paulo nos exorta a que, se desejamos alcançar as promessas do Senhor, devemos imitá-Lo em tudo: «Nós somos filhos de Deus; e, se somos filhos, também somos herdeiros de Deus com Cristo; se tivermos sofrido com Ele, também com Ele seremos glorificados» (Rom 8,16ss.).

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago, mártir
Carta aos confessores da fé, 6, 1-2 (trad. breviário, comum de vários mártires)


Pedirão o que quiserem



Evangelho segundo S. Lucas 21,12-19.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: « Deitar-vos-ão as mãos e hão-de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome.
Assim, tereis ocasião de dar testemunho.
Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa defesa,
porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão resistir ou contradizer os vossos adversários.
Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a morte a alguns de vós
e sereis odiados por todos, por causa do meu nome.
Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
Pela vossa constância é que sereis salvos.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.7-8.9.


Cantai ao Senhor um cântico novo,
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Ressoe o mar e tudo o que ele encerra,
a terra inteira e tudo o que nele habita,
aplaudam os rios
e as montanhas exultem de alegria.

Diante do Senhor que vem,
que vem julgar a terra. 
Ele governará o mundo com justiça 
e os povos com rectidão.



Livro do Apocalipse 15,1-4.

Eu, João, vi no céu outro sinal maravilhoso e surpreendente: sete anjos eram portadores dos sete últimos flagelos porque neles se cumpria a ira de Deus.
Vi ainda uma espécie de mar de vidro misturado com fogo. Os que tinham vencido a Besta, a estátua da Besta e o número correspondente ao nome da Besta estavam junto do mar de vidro com as harpas que Deus lhes tinha dado.
E cantavam o Cântico de Moisés, servo do Senhor, e o cântico do Cordeiro, aclamando: «Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!
Senhor, quem não reverenciará o teu nome? Quem não lhe dará glória? Porque só Tu és santo! Todas as nações virão prostrar-se diante de Ti, pois as tuas justas sentenças foram promulgadas!»

Santo do Dia

Quarta-feira, dia 26 de Novembro de 2014

Beato Tiago Alberione, presbítero, fundador, +1971




Quando era Sumo Pontífice o papa Leão XIII,
e sopravam ventos de mudança
com o advento do modernismo
e a ciência questionava a fé;
quando multidões de trabalhadores
se afastavam da Igreja;
quando a mulher começava
a tomar parte na vida social;
quando a imprensa e o cinema
anunciavam a Era da Comunicação;
na noite em que tinha início o século XX,
na catedral de Alba (Itália), durante horas
de adoração, a Palavra de Deus foi dirigida
a Tiago,
um jovem estudante de Teologia,
inteligente, inquieto e generoso.

Vinde a mim todos –
dizia o Senhor
as pessoas não vão à Igreja, ide às pessoas.

Um chamamento que teve a força de uma vocação profética.

E Tiago sentiu a sua pequenez,
a sua total incapacidade:
mas naquela noite ele viu mais longe,
compreendeu a missão da Igreja no novo século;
sentiu compaixão pelas multidões que via
como ovelhas sem pastor;
viu pessoas generosas que sentiam como ele,
e se juntavam e organizavam,
uniam forças e consagravam a sua vida
à causa do Evangelho;
compreendeu que a Boa-Nova podia multiplicar-se
e percorrer os caminhos da comunicação humana, rápida e eficaz.
E acreditou.

A luz daquela noite orientou a sua vida,
e, na fidelidade do dia-a-dia,
tornou realidade aquela visão.

O Concílio Vaticano II, no Decreto Inter Mirifica (4/12/1963), reconhece os meios de comunicação social como veículo para anunciar a Palavra de Deus.
O Padre Alberione antecipou em 50 anos esta nova visão da Igreja.

Ele foi proclamado bem-aventurado em 27 de Abril
de 2003, pelo papa João Paulo II.

Hoje, em todo o mundo, existem cerca de 10 000 pessoas, em 10 instituições religiosas por ele fundadas; pessoas que consagram a sua inteligência, as suas forças, a sua vida à causa do Evangelho.

Santo do Dia II

Quarta-feira, dia 26 de Novembro de 2014

S. João Berchmans, jovem seminarista, +1621




João Berchmans nasceu em Diest (Bélgica), em 1599. De família muito humilde, teve que trabalhar como criado para pagar os seus estudos. Não pôde realizar outra coisa em sua vida mais do que ser estudante. Contudo, viveu toda a vida sob o império da santidade. Cada um dos seus actos era realizado como numa competição consigo mesmo. Foi chamado o mestre do detalhe na santidade, “Maximus in minimus” era seu lema. Assim, em Berchmans o heróico ganhou um novo sentido, ou como ele mesmo escrevia: “Minha penitência, a vida diária”. Entrou para a Companhia em 1616 e fazia a filosofia quando adoeceu e morreu em 1621. Amorosamente fiel às regras, humilde, colega sempre alegre e gentil, estudante esforçado, tornou-se padroeiro da juventude e modelo de obediência e amor à Companhia. Canonizado por Leão XIII em 1888.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Comentário do dia:



«Grandes sinais no céu»


O Senhor virá dos céus sobre as nuvens, Ele que para lá subiu sobre as nuvens (cf Act 1,9). Com efeito foi Ele que disse: «Verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu, com grande poder e glória» (Mt 24,30). Mas qual será o verdadeiro sinal da sua vinda, para que as potências inimigas não ousem enganar-nos, simulando-a? «Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem» (Mt 24,30). O sinal verídico e próprio de Cristo é a cruz. O sinal de uma cruz luminosa precede o rei, designando Aquele que anteriormente foi crucificado a fim de que, ao vê-Lo, aqueles que antes O tinham trespassado com cravos e cercado de armadilhas batam no peito: «contemplarão aquele a quem trespassaram; chorarão por Ele como se chora um filho único e lamentá-lo-ão como se lamenta um primogénito» (cf Zac 12,10). […] E dirão: «Escondei-nos da face daquele que está sentado no trono e da cólera do Cordeiro» (cf Ap 6,16). E, cercados de exércitos de anjos, em nenhum lado encontrarão refúgio.

Para os inimigos da cruz, o temor será o sinal. Mas será a alegria para os seus amigos que creram na cruz ou a pregaram ou sofreram por ela. Quem, portanto, terá a felicidade de ser considerado dos amigos de Cristo? Ele não desdenhará dos seus servos, esse rei glorioso, rodeado e guardado por anjos e que Se senta no mesmo trono do Pai (cf Ap 3,21). Pois, para que os eleitos não sejam confundidos com os inimigos, «Ele enviará os seus anjos, com uma trombeta altissonante, para reunir os seus eleitos dos quatro ventos» (Mt 24,31). Ele, que não esqueceu Lot no seu isolamento (cf Gn 19,15; Lc 17,28), como poderia esquecer-Se da multidão dos justos? «Vinde, benditos de meu Pai» (Mt 25,34), dirá Ele àqueles que serão transportados em carros sobre as nuvens e que os anjos terão reunido.

São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequeses baptismais, nº 15


Amar uns aos outros


Isaías 41:13


Evangelho segundo S. Lucas 21,5-11.

Naquele tempo, como alguns falassem do templo, comentando que estava adornado de belas pedras e de piedosas ofertas Jesus disse-lhes:
«Virá o dia em que, de tudo isto que estais a contemplar, não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.»
Perguntaram-lhe, então: «Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer?»
Ele respondeu: «Tende cuidado em não vos deixardes enganar, pois muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu'; e ainda: 'O tempo está próximo.' Não os sigais.
Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis; é necessário que estas coisas sucedam primeiro, mas não será logo o fim.»
Disse-lhes depois: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino.
Haverá grandes terramotos e, em vários lugares, fomes e epidemias; haverá fenómenos apavorantes e grandes sinais no céu.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Livro de Salmos 96(95),10.11-12.13.

Proclamai entre os povos:
«O Senhor é rei!»
Por isso, a terra está firme, não vacila;
Deus governa os povos com equidade.

Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém.
Exultem os campos e quanto nele existe,
alegrem-se as árvores dos bosques.

Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade.




Livro do Apocalipse 14,14-19.

Eu, João, vi uma nuvem branca. Sobre a nuvem estava sentado alguém que se parecia com um homem. Tinha na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada.
Depois saiu do santuário um outro anjo que gritava ao que estava sentado na nuvem: «Lança a tua foice e ceifa, porque chegou o tempo de ceifar. Está madura a seara da terra.»
Então, o que estava sentado na nuvem lançou a foice à terra e a terra foi ceifada.
Depois saiu outro anjo do santuário celeste que também trazia uma foice afiada.
E, do altar, saiu ainda outro anjo, o que tem poder sobre o fogo. E gritou ao anjo que tinha a foice afiada: «Manda a tua foice afiada e vindima os cachos da vinha da terra; porque as uvas já estão maduras.»
O anjo lançou a foice à terra, vindimou a vinha da terra e lançou as uvas no grande lagar da ira de Deus.

SANTO DO DIA

Terça-feira, dia 25 de Novembro de 2014

Santa Catarina de Alexandria, virgem, mártir, +305



É sem dúvida uma das santas mais populares da História da Igreja, universalmente venerada.

De acordo com um relato muito antigo de sua vida, era uma jovem de grande beleza e tinha recebido de Deus o dom da sabedoria.

Conduzida diante do imperador por ser cristã, censurou-o corajosamente por perseguir a Religião verdadeira, fez a apologia do Cristianismo e demonstrou a falsidade dos cultos idolátricos.

Não conseguindo discutir com ela, o imperador convocou os cinquenta filósofos mais cultos do Egipto para que refutassem os argumentos da jovem, mas eles também não o conseguiram e, ao final do debate, declararam-se cristãos.

O imperador, encolerizado, condenou à morte os cinquenta sábios e sua mestra, a qual teve o corpo dilacerado por rodas com lâminas cortantes.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Combate à pobreza

Papa convoca movimentos sociais de todo o mundo a combater causas estruturais da pobreza 

O Papa falou sobre o termo solidariedade, ''uma palavra que não cai bem sempre – afirmou – eu diria que, algumas vezes, transformamos em uma má palavra; mas é uma palavra muito mais além do que alguns atos de generosidade esporádicos.
É pensar e atuar em termos de comunidade, de prioridade de vida de todos sobre a apropriação dos bens por parte de alguns.
Também é lutar contra as causas estruturais da pobreza, da
Alba Movimientos
desigualdade, da falta de trabalho, da terra e da moradia, a negação dos direitos sociais e trabalhistas.
É enfrentar os destruidores efeitos do império do dinheiro: os deslocamentos forçados, as emigrações dolorosas, o tráfico de pessoas, a droga, a guerra, a violência e todas essas realidades que muitos de vocês sofrem e que todos estamos chamados a transformar. A solidariedade, entendida, em seu sentido mais amplo, é um modo de fazer história e isso é o que fazem os movimentos populares''.
Também lembrou que o Encontro não responde a uma ideologia, já que os movimentos não trabalham com ideias, mas com realidades. ''Não se pode abordar o escândalo da pobreza promovendo estratégias de contenção que, unicamente, tranquilizem e convertam os pobres em seres domesticados e inofensivos” – continuou.
“Esse encontro nosso responde a um anseio muito concreto, algo que qualquer pai, qualquer mãe quer para seus filhos; um anseio que deve estar ao alcance de todos, mas, hoje, vemos, com tristeza, cada vez mais longe da maioria: terra, teto e trabalho. É estranho, mas se falo disso para alguns significa que o Papa é comunista''.
''Hoje, ao fenômeno da exploração e da opressão se soma uma nova dimensão, um matiz gráfico e duro da injustiça social; os que não podem ser integrados, os excluídos são dejetos, restos? Esta é a cultura do descarte... Isso acontece quando no centro de um sistema econômico está o deus dinheiro e não o homem, a pessoa humana. No centro de todo sistema social ou econômico tem que estar a pessoa, imagem de Deus, criada para que fosse o dominador do universo. Quando a pessoa é deslocada e vem o deus dinheiro ocorre essa inversão de valores''.
1134 Fatores Que Influenciam o Desemprego – PARTE 5
Francisco mencionou o problema do desemprego e acrescentou que ''todo trabalhador, esteja ou não esteja no sistema formal de trabalho assalariado, tem direito a uma remuneração digna, a seguridade social e a uma cobertura previdenciária. Há catadores, recicladores, vendedores ambulantes, costureiros, artesãos, pescadores, camponeses, pedreiros, mineiros, operários de empresas recuperadas, todo tipo de cooperativistas e trabalhadores de ofícios populares que estão excluídos dos direitos
trabalhistas, que lhes tem negada a possibilidade de se sindicalizarem, que não têm uma renda adequada e estável. Hoje, quero unir minha voz à suas e acompanhá-los em sua luta''.
O Pontífice também mencionou o tema da paz e da ecologia. ''Não pode haver terra, não pode haver teto, não pode haver trabalho se não temos paz e se destruímos o planeta... a criação não é uma propriedade, da qual podemos dispor a nosso bel prazer; nem muito menos é uma propriedade só de alguns, de poucos: a criação é um dom, é um presente, um dom maravilhoso que Deus nos deu para que cuidemos dele e o utilizemos em benefício de todos, sempre com respeito e gratidão''.
''Mas por que em vez disso nos acostumamos a ver como se destrói o trabalho digno, se despejam tantas famílias, se expulsam os camponeses, se faz a guerra e se abusa da natureza? Porque nesse sistema se tirou o homem, a pessoa humana, do centro, e o substituíram por outra coisa! Porque se rende um culto idolátrico ao dinheiro! Porque se globalizou a indiferença! – ‘para mim, só importa o que acontece com os outros desde que eu defenda o meu’. Porque o mundo se esqueceu de Deus, que é Pai; se tornou órfão porque deixou a Deus de lado''.
 Tanscrito do Correio MFC - Movimento Família Cristã

Comentário do dia:

Dar tudo para tudo receber

Deus não associou a salvação à ciência, à inteligência, à riqueza, a uma longa experiência, a dons raros que nem todos receberam. Ligou-a àquilo que está ao alcance de todos, de absolutamente todos, dos jovens e dos velhos, dos seres humanos de todas as idades e classes, com todo o tipo de inteligência e fortuna. Associou-a àquilo que todos, absolutamente todos, Lhe podem dar, àquilo que todo o ser humano, seja quem for, Lhe pode dar, bastando que tenha um pouco de boa vontade: um pouco de boa vontade é tudo o que é preciso para ganhar esse céu que Jesus liga à humildade, ao facto de nos fazermos pequenos, de tomarmos o último lugar, de obedecermos; que liga ainda à pobreza de espírito, à pureza de coração, ao amor da justiça, ao espírito da paz, etc (Mt 5,3ss). Tenhamos esperança, uma vez que através da misericórdia de Deus a salvação está tão próxima de nós, que nos basta0 apenas um pouco de boa vontade para a obter.

Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Sará
Meditações sobre as passagens dos santos evangelhos relativos a quinze virtudes, nº 69






Evangelho segundo S. Lucas 21,1-4.

Naquele tempo, Jesus levantou os olhos e viu os ricos deitarem no cofre do tesouro as suas ofertas.
Viu também uma viúva pobre deitar lá duas moedinhas
e disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros;
pois eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava, enquanto ela, da sua indigência, deitou tudo o que tinha para viver.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org


Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.


Ao Senhor pertence a terra e o que nela existe,
o mundo inteiro e os que nele habitam.
Pois Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre os abismos.

Quem poderá subir à montanha do Senhor
e apresentar-se no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração limpo,
o que não ergue o espírito para as coisas vãs.

Este há-de receber a bênção do Senhor 
e a recompensa de Deus, seu salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
dos que buscam a face do Deus de Jacob.




Livro do Apocalipse 14,1-3.4b-5.

Eu, João, vi o cordeiro de pé no Monte Sião e, com Ele, estavam cento e quarenta e quatro mil pessoas que tinham o seu nome e o nome de seu Pai escrito nas frontes.
Ouvi também uma voz que vinha do céu que era como o fragor do mar ou como estrondo de forte trovão. A voz que eu ouvira era ainda semelhante à música de harpas tocadas por harpistas.
E cantavam um cântico novo diante do trono, diante dos quatro seres viventes e diante dos anciãos. Ninguém podia aprender aquele cântico a não ser os cento e quarenta e quatro mil que tinham sido resgatados da terra.
Estes são os que não se perverteram com mulheres, porque são virgens; estes são os que seguem o Cordeiro para toda a parte. Foram resgatados, como primícias da humanidade, para Deus e para o Cordeiro.
Na sua boca não se achou mentira: são irrepreensíveis.

Santo do Dia

Segunda-feira, dia 24 de Novembro de 2014

Santo André Dung Lac e companheiros, presbíteros, mártires vietnamitas, séc. XVIII e XIX



No dia 9 de junho de 1988, João Paulo II canonizou 116 mártires pertencentes à Igreja do Vietnam. Desses, 96 eram de origem vietnamita e os demais missionários provenientes da Espanha e da França. Desde 1624, quando os primeiros jesuítas fundaram ali as bases do cristianismo, os cristãos sofreram contínuas e sangrentas perseguições. Eram acusados de destruir, com sua pregação, os valores culturais e religiosos do país. Durante a perseguição de 1843, um deles, Paulo Le Bao-Tinh escrevia da prisão:
"O meu cárcere é verdadeiramente uma imagem do fogo eterno. Aos cruéis suplícios de todo género, como grilhões, algemas e ferros, juntam-se ódio, vingança, calúnias, palavrões, acusações, maldades, falsos testemunhos, maldições e, finalmente, angústia e tristeza. Mas Deus, tal como outrora libertou-me dessas tribulações, que se tornaram suaves, porque a sua misericórdia é eterna!"
Santo André Dung-Lac, era de família pobre, reconheceu a riqueza do Dom Sacerdotal e foi ordenado Padre em 1823; no meio das perseguições desejava ardentemente testemunhar Jesus Cristo com o martírio, pois dizia que "aqueles que morrem pela fé sobem ao céu".

Salvação


domingo, 23 de novembro de 2014

Comentário do dia:

«Depois virá o fim, quando [Cristo] entregar o reino a Deus Pai» (1Cor 15,24)
Jesus, Rei dos homens e dos séculos, acolhe as homenagens de adoração e de louvor que nós, teus irmãos de adopção, Te dirigimos humildemente. Tu és «o pão de Deus que dá a vida ao mundo» (Jo 6,33), simultaneamente sumo-sacerdote e vítima. Imolaste-Te na cruz pela redenção do género humano e hoje, pela mão dos teus sacerdotes, ofereces-Te todos os dias nos altares a fim de instaurares em todos os corações o teu «Reino de santidade e de vida, de justiça e de graça, de amor e de paz» (Prefácio da festa).
Que o teu reino venha a nós, ó Rei da glória! (Sl 23) Do alto do teu «trono da graça» (Heb 4,16), reina no coração das crianças, para que elas conservem sem pecado o lírio imaculado da inocência; reina no coração dos jovens, para que cresçam sãos e puros, dóceis para com aqueles que Te representam no seio da família, da escola e da Igreja. Reina nos lares, para que pais e filhos vivam em harmonia no cumprimento da tua santíssima Lei. Reina na nossa pátria, para que todos os cidadãos, na ordem e na compreensão entre as classes sociais, se sintam filhos do mesmo Pai celeste, chamados a colaborar para o bem temporal de todos, felizes por pertenceram ao único corpo místico de que o teu sacramento é simultaneamente símbolo e fonte inesgotável!
Reina por fim, ó «Rei dos reis e Senhor dos senhores» (Ap 19,16; Dt 10,17), em todas as nações da terra e ilumina os responsáveis de todas elas para que, inspirando-se no teu exemplo, alimentem «desígnios de prosperidade e não de calamidade» (Jer 29,11). Faz com que todos os povos, Jesus eucarístico, Te sirvam em plena liberdade, conscientes de que «servir a Deus é reinar».

São João XXIII (1881-1963), papa
Oração em honra do Rei eucarístico (Boletim quotidiano do Ufficio Stampa Vaticana, 24/01/1959)




Evangelho segundo S. Mateus 25,31-46.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-Se no seu trono de glória.
Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos.
O Rei dirá, então, aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo.
Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me,
estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.’
Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?
Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos?
E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?’
E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.’
Em seguida dirá aos da esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos!
Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber,
era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-me.’
Por sua vez, eles perguntarão: 'Quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?’
Ele responderá, então: 'Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.’
Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

1ª Carta aos Coríntios 15,20-26.28.


Irmãos: Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram.
Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos.
E, como todos morrem em Adão, assim em Cristo todos voltarão a receber a vida.
Mas cada um na sua própria ordem: primeiro, Cristo; depois, aqueles que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda.
Depois, será o fim: quando Ele entregar o reino a Deus e Pai, depois de ter destruído todo o principado, toda a dominação e poder.
Pois é necessário que Ele reine até que tenha colocado todos os inimigos debaixo dos seus pés.
O último inimigo a ser destruído será a morte,
E quando todas as coisas lhe tiverem sido submetidas, então o próprio Filho se submeterá àquele que tudo lhe submeteu, a fim de que Deus seja tudo em todos.

Livro de Ezequiel 34,11-12.15-17.

Eis o que diz o Senhor Deus: "Eu mesmo cuidarei das minhas ovelhas e me interessarei por elas.
Como o pastor se preocupa com o seu rebanho, quando se encontra entre as ovelhas dispersas, assim me preocuparei Eu com o meu. Reconduzi-lo-ei de todas as partes por onde tenha sido disperso, num dia de nuvens e de trevas.
Sou Eu que apascentarei as minhas ovelhas, sou Eu quem as fará descansar - oráculo do Senhor DEUS.
Procurarei aquela que se tinha perdido, reconduzirei a que se tinha tresmalhado; cuidarei a que está ferida e tratarei da que está doente. Vigiarei sobre a que está gorda e forte. A todas apascentarei com justiça."
"Quanto a vós, minhas ovelhas, assim fala o Senhor DEUS: Eis que vou julgar entre ovelhas e ovelhas - entre carneiros e bodes.

O Reino de Deus

Domingo, dia 23 de Novembro de 2014

XXXIV Domingo do Tempo Comum - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo - Ano A (semana II do saltério)



Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. As leituras deste domingo falam-nos do Reino de Deus (esse Reino de que Jesus é rei). Apresentam-no como uma realidade que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na história (através do amor) e que terá o seu tempo definitivo no mundo que há-de vir. A primeira leitura utiliza a imagem do Bom Pastor para apresentar Deus e para definir a sua relação com os homens. A imagem sublinha, por um lado, a autoridade de Deus e o seu papel na condução do seu Povo pelos caminhos da história; e sublinha, por outro lado, a preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo. O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, o «rei» Jesus a interpelar os seus discípulo acerca do amor que partilharam com os irmãos, sobretudo com os pobres, os débeis, os desprotegidos. A questão é esta: o egoísmo, o fechamento em si próprio, a indiferença para com o irmão que sofre, não têm lugar no Reino de Deus. Quem insistir em conduzir a sua vida por esses critérios, ficará à margem do Reino. Na segunda leitura, Paulo lembra aos cristãos que o fim último da caminhada do crente é a participação nesse «Reino de Deus» de vida plena, para o qual Cristo nos conduz. Nesse Reino definitivo, Deus manifestar-se-á em tudo e actuará como Senhor de todas as coisas (vers. 28).

Santo do Dia I


Domingo, dia 23 de Novembro de 2014

S.Clemente I, papa, mártir, +102




É Santo Irineu quem nos conta que, dos sucessores imediatos de Pedro na Cátedra de Roma, o terceiro se chamava de nome Clemente. Além dessa notícia, do Papa, ele também nos relata que o autor da importante carta escrita pela Igreja de Roma à de Corinto é o Papa Clemente. Foi dito que a sua carta aos coríntios é a "epifania do primado romano", enquanto este primeiro documento papal (protótipo de todas as cartas encíclicas que seriam escritas no decurso dos séculos) afirma a autoridade do sucessor de Pedro, bispo de Roma, sobre outras Igrejas de origem apostólica. A carta, escrita entre os anos de 93 e 97, enquanto estava ainda com vida o Apóstolo São João, é dirigida à Igreja de Corinto, dividida por cisma interno, porque o grupo de fiéis contestava a autoridade dos presbíteros.

O tempo em que S. Clemente esteve à frente da Igreja (92-102) foi marcado por uma relativa paz e tolerância por parte dos imperadores Vespasiano e Tito.

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Santo do Dia II

Domingo, dia 23 de Novembro de 2014

S. Columbano, abade, +615



S. Columbano
 São Columbano desde tenra idade  mostrou clara inclinação para a vida consagrada. Tendo abraçado a  vida monástica, partiu para a França, onde fundou muitos mosteiros que governou com austera disciplina. Ao sair da Irlanda em companhia do monge e Santo Gall, percorreu a Europa Ocidental. Algumas vezes era rechaçado, outras acolhido. Deixou rastro de fundação de mosteiros e abadias, dos quais resultaram em resplendor cultural e religioso dignos de toda loa. Esses mosteiros foram o foco da cultura cristã francesa na época. 
                                                     Seu estilo de vida foi austero e assim o exigia aos monges. Graças a isso, a Igreja enumera como seus contemporâneos grandes santos que formaram-se na escola doutrinária de São Columbano. O mosteiro mais célebre  foi o de Luxeuil, ao que confluíram francos e gauleses.  Foi durante séculos o centro da vida monástica mais importante em todo o Ocidente. 
                                                     Enfrentou, no ínício do século VII fortes perseguições na França e por isso, no ano de 610 teve de sair do país em decorrência das investidas da soberana, a então rainha Brunehaut, que teve o ego ferido porque o santo abade lancara-lhe em rosto todos os seus vícios e crimes.
                                                     Pensou em retornar à Irlanda, mas acabou permanecendo em Nantes. Lá também teve que fugir aos Alpes até que finalmente encontrou acolhida e refúgio seguro em Bobbio, situada ao norte da Itália, na região da Emilia Romana, província de Piacenza. Lá fundou seu último mosteiro e nele morreu no ano de 615. A regra monástica original que deu a seus monges serviu de referência e influenciou sobremaneira toda a Europa por mais de dois séculos. Muitos povos, regiões e lugares estão sob sua proteção e o invocam como padroreiro. 
                                                     Nos quatro últimos anos de sua vida, experimentou certa tranquilidade, já que o rei Aguilulfo lhe concedeu tratamento digno e respeitoso. 




sábado, 22 de novembro de 2014

Comentário do dia


«Ele não é Deus de mortos, mas de vivos»
A carne é preciosa aos olhos de Deus, Ele prefere-a entre todas as suas obras; é por isso normal que a salve. […] Não seria absurdo que o que foi criado com tantos cuidados, aquilo que o Criador considera mais precioso do que o resto, regressasse ao nada?
Quando um escultor ou um pintor querem que as imagens que criaram permaneçam para servir a sua glória, restauram-nas quando se degradam. E Deus veria o seu bem, a sua obra, regressar ao nada, deixar de existir? Chamaríamos «operário do inútil» àquele que construísse uma casa para a destruir em seguida ou que a deixasse deteriorar-se quando a pode restaurar. Do mesmo modo, não acusaríamos Deus de criar a carne inutilmente? Mas não, o Imortal não é assim; Aquele que é por natureza o Espírito do universo não é insensato! […] Na verdade, Deus chama a carne a renascer e promete-lhe a vida eterna.
Pois quando se anuncia a Boa Nova da salvação do homem, anuncia-se essa Boa Nova também para a carne. Com efeito, o que é o homem senão um ser vivo dotado de inteligência, composto por uma alma e um corpo? A alma, só por si, faz o homem? Não, ela é a alma de um homem. Chama-se «homem» ao corpo? Não, diz-se que é um corpo de homem. Por isso, se nenhum destes dois elementos por si só é o homem, é à união dos dois que se chama «o homem». Ora, foi o homem que Deus chamou à vida e à ressurreição; não uma parte dele, mas o homem inteiro, ou seja, a alma e o corpo. Não seria então absurdo, uma vez que os dois existem segundo a mesma realidade e na mesma realidade, que um deles fosse salvo e o outro não?

São Justino (c. 100-160), filósofo, mártir
Tratado sobre a Ressurreição, 8



Grande pregadores

 
Mary Warburton Booth: “Ah, quem me dera um coração sensível, Dominado pelo desejo de orar. Ah, quem me dera um espírito despertado, Diariamente cheio do poder divino. Quem me dera um coração como o do Salvador, Que mesmo agonizando intercedeu. Dá-me, Senhor, esse mesmo amor pelos outros. Ah, que haja peso de oração em meu coração. Pai, anseio ter esse fervor, De derramar a alma em oração pelos perdidos... De entregar minha vida para que outros sejam salvos... Orar, seja qual for o preço, Senhor, ensina-me, revela-me esse segredo. Estou ansioso para aprender essa lição. Para ter essa grande paixão pelas almas. Anseio por isso, bendito Jesus. Pai, tenho um forte desejo de aprender contigo essa lição. Que teu Espírito a revele a mim”. 

Evangelho segundo S. Lucas 20,27-40.

Naqueles tempo, aproximaram-se  de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-n'O:
«Mestre, Moisés prescreveu nos que, se morrer um homem deixando a mulher, mas não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva, para dar descendência ao irmão.
Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou-se e morreu sem filhos;
o segundo,
depois o terceiro, casaram com a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram sem deixar filhos.
Finalmente, morreu também a mulher.
Ora bem, na ressurreição, a qual deles pertencerá a mulher, uma vez que os sete a tiveram por esposa?»
Jesus respondeu-lhes: «Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se;
mas aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos não se casam, sejam homens ou mulheres,
porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.
Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão vivos.»
Tomando, então, a palavra, alguns doutores da Lei disseram: «Mestre, falaste bem.»
E já não se atreviam a interrogá lo sobre mais nada.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Livro de Salmos 144(143),1.2.9-10.



Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
que adestra as minhas mãos para a luta
e os meus dedos para o combate!
Ele é o meu auxílio e fortaleza,

o meu baluarte e o meu refúgio;
Ele é o meu escudo e o meu abrigo,
que subjuga os povos aos meus pés.
Quero cantar-te, ó Deus, um cântico novo;

cantar-te-ei salmos com a harpa de dez cordas.
Tu, que concedes aos reis a vitória,
e livras o teu servo David da espada mortal.




Livro do Apocalipse 11,4-12.


Foi-me dito a mim, João«Eu mandarei as minhas duas testemunhas para profetizarem. São as duas oliveiras e os dois candelabros que estão diante do Senhor de toda a terra.
Se alguém quiser fazer-lhes mal, sairá fogo da sua boca para devorar os seus inimigos; deste modo, se alguém tentar fazer-lhes mal, morrerá certamente.
Eles têm o poder de fechar o céu para que a chuva não caia no tempo da sua profecia. E têm, igualmente, o poder de mudar as águas em sangue, de modo a provocar na terra toda a espécie de flagelos, sempre que o desejem fazer.
E, quando terminarem de dar testemunho, a Besta que sobe do Abismo lutará contra eles, vencê-los-á e dar-lhes-á a morte.
Os seus cadáveres ficarão na praça da grande cidade, que se chama, simbolicamente, Sodoma e Egipto, precisamente onde o seu Senhor foi crucificado.
E, durante três dias e meio, homens de vários povos, tribos, línguas e nações contemplarão os seus cadáveres e não permitirão que sejam sepultados.
Os habitantes da terra se felicitarão pela sua morte, farão festa e se presentearão mutuamente; porque eles, os dois profetas, tinham sido um tormento para a humanidade.
Mas, depois desses três dias e meio, um sopro de vida, enviado por Deus entrou neles: puseram-se de pé e um grande terror caiu sobre os que os viram.
Então, as duas testemunhas ouviram uma voz forte que vinha do céu e lhes dizia: ‘Subi para aqui’. E eles subiram ao céu numa nuvem, à vista dos seus inimigos;

Santo do Dia

Sabado, dia 22 de Novembro de 2014

Santa Cecília, virgem, mártir, séc. III ou IV

Padroeira dos Músicos



Segundo a Passio Sanctae Caeciliae, Santa Cecília pertencia à mais antiga nobreza romana. A seu respeito diz a Liturgia das Horas: "O culto de Santa Cecília, em honra da qual no século quinto foi construída em Roma uma basílica, difundiu-se por causa de sua Paixão (descrição de seu martírio). Nela, Santa Cecília é exaltada como o modelo mais perfeito de mulher cristã, que por amor a Cristo professou a virgindade e sofreu o martírio. Segundo esta Paixão, ela havia-se consagrado a Deus. No dia das núpcias, participou essa decisão ao marido, dizendo-lhe que um anjo velava noite e dia por ela. Valeriano, seu marido, disse que somente acreditaria se visse o anjo. Santa Cecília aconselhou-o a visitar o papa Urbano, que se havia refugiado nas catacumbas. Deste encontro resultou a conversão do marido e de Tibúrcio, seu irmão, os quais sofreram o martírio logo depois, por sepultarem os corpos dos mártires."

Santa Cecília recolheu os corpos do esposo e do cunhado e sepultou-os na sua propriedade, na via Ápia. Isto lhe valeu o martírio. Morreu decapitada, por ter sobrevivido à morte por asfixia no caldário.

Santa Cecília foi uma das santas mais veneradas durante a Idade Média. O seu nome vem citado no cânon da missa. Dentre as santas é a que maior número de basílicas teve em Roma. A nenhuma outra santa a cristandade consagrou tantas igrejas quanto a ela. É também a padroeira dos músicos.





 

Entendimento


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O caminho da tolice



 "O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhes tragam satisfação. Na falta de pão, se alimentam com cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da tolice." C. H. Spurgeon

Comentário do dia:






Que o templo interior seja tão belo como o templo de pedra


Quando três se reúnem em teu nome (Mt 18,20), formam já uma igreja. Zela pelos milhares aqui reunidos: os seus corações já tinham preparado um santuário antes que as nossas mãos o construíssem em glória do teu nome. Que o templo interior seja tão belo como o templo de pedra. Digna-Te habitar num como no outro; tanto os nossos corações como estas pedras estão marcados com o teu nome.


Com o seu poder, Deus poderia ter erguido uma morada com a mesma facilidade com que, com um só gesto, deu existência ao universo. Mas Deus construiu o homem para que o homem construísse moradas para Ele. Bendita seja a sua clemência que tanto nos amou! Ele é infinito; nós somos limitados. Ele constrói o mundo para nós; nós construímos-Lhe uma casa. É admirável que o homem possa construir uma morada para o Todo-poderoso, que está presente em toda a parte e a quem nada pode escapar.


Ele habita no meio de nós com ternura; Ele atrai-nos com laços de amor (Os 11,4); Ele permanece no meio de nós e chama-nos, a fim de que tomemos o caminho do céu e aí moremos com Ele. Ele deixou a sua morada e escolheu a Igreja, para que nós deixemos a nossa morada e escolhamos o paraíso. Deus habitou no meio dos homens para que os homens encontrem Deus.



Liturgia siríaca
Oração de Balai (?-460), bispo, para a dedicação de uma igreja




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Nossa Senhora


Sexta-feira, dia 21 de Novembro de 2014

Apresentação de Nossa Senhora no Templo



A memória da apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria tem importância, não só porque nela é comemorado um dos mistérios da vida daquela que Deus escolheu como Mãe do seu Filho e como Mãe da Igreja, nem só porque nesta apresentação de Maria lembra-se a apresentação de Cristo (ou, melhor, de todos os cristãos) ao Pai celeste , mas também porque ela constitui um gesto concreto de ecumenismo, de diálogo com os nossos irmãos do Oriente. Isto salta à vista seja pela nota de comentário dos redactores do novo calendário, seja pela nota da Liturgia das Horas, que diz: "Neste dia da dedicação (543) da Igreja de Nossa Senhora, construída junto ao templo de Jerusalém, celebramos, juntamente com os cristãos do Oriente, aquela dedicação que Maria fez de si mesma a Deus, logo desde a infância, movida pelo Espírito Santo, de cuja graça tinha sido repleta na sua Imaculada Conceição."





 

©Evangelizo.org 2001-

Evangelho segundo S. Lucas 19,45-48.



Naquele tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os vendedores.
E dizia-lhes: «Está escrito: A minha casa será casa de oração; mas vós fizestes dela um covil de ladrões.»
Ensinava todos os dias no templo, e os sumos sacerdotes e os doutores da Lei, assim como os chefes do povo, procuravam matá-lo.
Não sabiam, porém, como proceder, pois todo o povo, ao ouvi-lo, ficava suspenso dos seus lábios.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org