segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Santo do dia - terça-feira, 9 de agosto


Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), religiosa, mártir, padroeira da Europa, +1942




Santa Teresa Benedita da Cruz


Edith Stein nasceu em Breslau, atualmente Wroclaw, capital da Silésia, na Alemanha (cidade que, depois da Segunda Guerra Mundial, passou a pertencer à Polónia), no dia 12 de Outubro de 1891, quando se celebrava a grande festa judaica do Yom Kippur, o Dia da Reconciliação.



Seus pais, Sigefredo e Augusta, eram comerciantes judeus. Edith foi a última de onze filhos. O pai faleceu em 1893. A mãe encarregou-se dos negócios da família e da educação dos filhos.



A pequena Edith, segundo o seu próprio testemunho, foi muito dinâmica, sensível, nervosa e irascível. Aos sete anos, começou a possuir um temperamento mais reflexivo.



Em 1913, ingressou na Universidade de Gottingen e dedicou-se ao estudo da Fenomenologia. Aí encontrou a sua verdadeira vida: livros, companheiros e, sobretudo, o célebre professor E. Husserl. Durante este tempo chega a um ateísmo quase total.



Em 1914, explode a Primeira Guerra Mundial. Edith vai trabalhar num hospital com quatro mil camas. Entrega-se a este trabalho de corpo e alma.



Estuda com seriedade a Fenomenologia, até se encontrar com a doutrina católica. Encontra definitivamente a sua nova fé em 1921, quando lê a autobiografia de Santa Teresa de Jesus. O amor a Deus, o Absoluto, toma conta de sua alma: “Cristo elevou-se radiante ante meus olhos: Cristo no mistério da Cruz”. Sob a direção do Padre jesuíta Erich Przywara, começa a estudar a teologia de São Tomás de Aquino.



Baptiza-se no dia 1 de Janeiro de 1922, recebendo o nome de Teresa Edwig. Desde então sente-se evangelizadora: "Sou apenas um instrumento do Senhor. Quem vem a mim, quero levá-lo até Ele”. "Deus não chama ninguém a não ser unicamente para Si mesmo”.



Aos 42 anos, no dia 15 de Abril de 1934, festa do Bom Pastor, veste o hábito carmelita no Convento de Colónia.



Sua conversão, que não a impede de continuar a sentir-se filha de Israel, enamorada de sua santa progenitura, separa-a, contudo, de sua família e de sua amada mãe: “Minha mãe opõe-se com todas as suas forças à minha decisão. É difícil ter que assistir à dor e ao conflito de consciência de uma mãe, sem poder ajudá-la com meios humanos”. (26-01-1934).



No dia 21 de Abril de 1935, domingo de Páscoa, faz seus votos religiosos e três anos depois, no mesmo dia, seus votos perpétuos. Sua vida será uma “Cruz” transformada em “Páscoa”.



Na Alemanha, os nazis começam a semear o ódio ao povo judeu. Ela pressagia o destino que a aguarda. Tentam salvá-la, fazendo-a fugir para a Holanda, para o Carmelo de Echt. Membros das SS não tardam a invadir o convento e prendem Irmã Benedita e sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo.



Três dias antes de sua morte, Edith dirá: “Aconteça o que acontecer, estou preparada. Jesus está aqui conosco”. (06-08-1942).



Após vários tormentos, no dia 9 de Agosto de 1942, na câmara de gás do “inferno de Auschwitz", morria a mártir da Cruz, Irmã Teresa Benedita. Foi beatificada no dia 1º. de Maio de 1987, em Colônia, e canonizada em 1999 pelo papa João Paulo II.

O mesmo Papa a declarou, com Santa Catarina de Sena e Santa Brígida da Suécia, padroeira da Europa.

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