
Terceiro Domingo do Advento
O tema deste terceiro Domingo pode girar à volta da pergunta: "E nós, que devemos fazer?". Preparar o "caminho" por onde o Senhor vem, significa questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus.
O Evangelho sugere três aspectos onde essa transformação é necessária: é preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é "baptizado no Espírito", recebe de Deus vida nova, e tem de viver de acordo com essa dinâmica.
A primeira leitura sugere que, no início, no meio e no fim desse "caminho de conversão", espera-nos o Deus que nos ama. O seu amor não só perdoa as nossas faltas, mas provoca a conversão, transforma-nos e renova-nos. Daí o convite à alegria: Deus está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho connosco.
A segunda leitura insiste nas atitudes correctas que devem marcar a vida de todos os que querem acolher o Senhor: alegria, bondade, oração.
1º dia da novena de Natal
Começamos hoje a novena de Natal. Durante nove dias, preparamos os nossos corações para o grande acontecimento,para a celebração do nascimento do Filho de Deus na carne. Preparamo-nos na oração, mas sobretudo no louvor. Durante estes dias, na oração de Vésperas, a Igreja entoa aquilo a que chamamos "Antífonas Maiores". São cânticos de deslumbramento perante o grande amor de Deus nosso Pai. Cada antífona começa pelo grito: "Oh!", com a boca arredondada pelo espanto, pela surpresa, pelo enconro com este Deus misericordioso que se faz criança. Começamos com uma invocaçãp que recorda os livros poéticos do Antigo Testamento: "Oh Sabedoria do Altíssimo, ...". A Sabedoria de Deus, diz a Bíblia (Pr 8, 22-31), estava presente no momento da criação - era o Verbo de Deus, o Filho Único, gerado mas não criado, de que nos fala o prólogo de S. João (1, 1-2). Pedimos-lhe que venho "ensinar-nos o caminho da Salvação". Aquele que era, que é e que vem é o mesmo que um dia disse: "Eu sou o caminho" (Jo 14,6).
Ó Sabedoria do Altíssimo, que tudo governais com firmeza e suavidade: vinde ensinar-nos o caminho da salvação.
SANTO DO DIA
Domingo, dia 13 de Dezembro de 2015
Santa Otília (ou Odília), religiosa, séc. VII
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Santa Odília (Otília ou Odila)
Nasceu em 660DC em Oberheim, nas Montanhas Vosges, Alsacia, filha do Lorde Alaric e Bereswinda de família nobre. Nasceu cega e, devido ao seu problema, a família, em vez de a sacrificar, deu a criança a uma família que desejava uma filha para criar. Foi levada para um convento com a idade de 12 anos. Convertida ao cristianismo, ela voltou a ver, milagrosamente, quando foi batizada por Santo Erhard de Regenburg. O seu irmão quis trazê-la de volta para lhe arranjar um bom casamento. Quando o pai de Odília ficou sabendo das maquinações do filho e da cura milagrosa de Odilia, ficou tão furioso que matou o filho. Odilia fugiu do Convento para escapar do casamento arranjado e sua família desistiu da ideia. Ela entrou para a Abadia e mais tarde fundou o Mosteiro de Odilienberg, em Niedermunst.
Faleceu em 13 de dezembro de 720. Seu túmulo logo se tornou objeto de peregrinação e vários milagres foram atribuidos à sua intercessão. Mais tarde, as suas relíquias foram trasladadas para um Santuário ao lado da igreja do Convento de Odileinberg.
Na arte litúrgica da Igreja ela é representada com um livro no qual estão dois olhos ou ainda segurando um ramo com dois olhos.
Domingo, dia 13 de Dezembro de 2015
Santa Luzia, virgem, mártir, +303
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Santa Luzia, como se lê nas Actas, pertencia a uma família rica de Siracusa. A mãe dela, Eutíquie, ficou viúva e havia prometido dar a filha como esposa a um jovem concidadão. Luzia, que tinha feito voto de se conservar virgem por amor a Cristo, obteve que as núpcias fossem adiadas, também porque a mãe foi atingida por uma grave doença. Devota de Santa Águeda, a mártir de Catânia, que vivera meio século antes, Luzia quis levar a mãe enferma em visita ao túmulo da Santa. Desta peregrinação a mulher voltou perfeitamente curada e por isso concordou com a filha, dando-lhe licença para seguir a vida que havia escolhido; consentiu também que ela distribuísse aos pobres da cidade os bens do seu rico dote. O noivo rejeitado vingou-se acusando Luzia de ser cristã ao procônsul Pascásio. Ameaçada de ser exposta ao prostíbulo para que se contaminasse, Luzia deu ao procônsul uma sábia resposta: "O corpo contamina-se se a alma consente."
O procônsul quis passar das ameaças aos factos, mas o corpo de Luzia ficou tão pesado que dezenas de homens não conseguiram carregá-lo sequer um palmo. Um golpe de espada pôs fim a uma longa série de sofrimentos, mas mesmo a morrer, a jovem continuou a exortar os fiéis a antepôr os deveres para com Deus àqueles para com as criaturas, até que os companheiros de fé, que faziam um círculo em volta dela, selaram o seu comovente testemunho com a palavra: Amén.
Testemunham-lhe a antiga devoção, que se difundiu muito rapidamente não só no Ocidente, mas também no Oriente. O episódio da cegueira, ao qual ordinariamente chamam a atenção as imagens de Santa Luzia, está provavelmente vinculado ao nome: Luzia (Lúcia) derivada de lux (= luz), elemento indissolúvel unido não só ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural. Por este motivo Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui a Santa Lúcia ou Luzia a função de graça iluminadora.
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Sabado, dia 12 de Dezembro de 2015
Santa Joana Francisca de Chantal, religiosa, +1641
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Nasceu em Dijon (França) no ano 1572. Casou com o barão de Chantal, e foi mãe de seis filhos, a quem educou esmeradamente. Tendo falecido o marido, levou, sob a direcção de S. Francisco de Sales, uma admirável vida de perfe
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Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira das Américas (festa no Brasil)
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Nossa Senhora de Guadalupe
Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).
Nossa Senhora disse então a Juan Diego para que fosse até o Bispo, pedindo que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.
O Bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Foi quando Juan Diego estava indo buscar um sacerdote para o tio doente: "Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua "tilma" (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita..."
O Bispo viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.
Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: "Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou comigo. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de 'Santa Maria de Guadalupe', embora não tenha explicado o porquê". Diante de tudo isso muitos se converteram e o Santuário foi construído.
O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já dura há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.
No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. Pois nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do Bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.
Disse o Papa Bento XIV, em 1754: "Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros... uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja... Deus não agiu assim com nenhuma outra nação".
Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada "Padroeira de toda a América" pelo Papa Pio XII a 12 de outubro de 1945.
No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou à Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira.
No Brasil, a Missa é a da festa: Gl 4, 4-7; Sl 95(96), 1-3.10; Lc 1,39-47.
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