segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Papa Francisco

A chave nas mãos dos pobres

· O Papa Francisco abriu a porta da caridade do albergue da estação Termini e às Ferrovias italianas recordou a necessidade de prestar atenção e assistência aos necessitados ·

«Os mais pobres, os doentes, os encarcerados, os mais pecadores, se se arrependerem, nos precederão no Céu. Eles têm a chave»: recordou o Papa Francisco durante a missa celebrada no refeitório do albergue da Cáritas diocesana de Roma, onde foi na tarde de sexta-feira, 18 de Dezembro, para abrir a porta da caridade. E para dar concretitude às suas palavras, o Pontífice pediu para ser acompanhado por quatro hóspedes da estrutura escolhidos entre muitos que vivem nas proximidades da estação Termini.
Durante a cerimónia, intencionalmente austera, na qual os protagonistas foram precisamente os últimos, o Pontífice atravessou a entrada do refeitório do albergue e, em seguida, celebrou a missa. Na homilia o bispo de Roma convidou a rezar pela sua diocese: «Hoje nós rezamos – disse – por todos os habitantes de Roma, por todos, a partir de mim, para que o Senhor nos dê a graça de nos sentirmos descartados; porque não temos mérito algum: só ele nos dá a misericórdia e a graça. E para nos aproximarmos daquela graça devemos aproximar-nos dos descartados, dos pobres, daqueles que têm necessidade, porque todos nós seremos julgados sobre esta aproximação». Daqui o auspício «a fim de que o Senhor, abrindo esta porta, dê esta graça a Roma inteira, a todos os seus habitantes, para poder ir em frente naquele abraço da misericórdia, onde o pai pega no filho ferido, mas o ferido é o próprio pai: Deus é ferido de amor».
A celebração teve uma repercussão significativa na manhã seguinte, sábado 19, quando o Papa recebeu em audiência dirigentes e funcionários das Ferrovias do Estado italiano, que financiaram a renovação e a ampliação do albergue da rua Marsala. Elogiando as suas iniciativas de solidariedade, Francisco falou também dos Help Centers, «presentes em dezenas de cidades italianas. São «balcões-antena» de atendimento – recordou – que permitem a quem está em dificuldade encontrar escuta, socorro e assistência». Eis a razão do convite a «manter unido o país inclusive a nível social, contribuindo para evitar também que se acentue a distância entre os ricos e aqueles aos quais falta tudo».
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