quinta-feira, 10 de março de 2016

Lições do Budismo

Uma Perspectiva Budista para a Vida
Alguns dos conceitos fundamentais do budismo, como vazio [shunyata], impermanência [anitya] e altruísmo, podem provocar reações negativas se forem erroneamente interpretados como algum tipo de niilismo ou um convite para se afastar do mundo. O Budismo Humanista, porém, afirma que nada poderia estar mais longe da verdade. O Buda não passou 45 anos ensinando o Darma para que seus seguidores se afastassem do mundo e da vida. Quando ideias como vazio e impermanência são adequadamente compreendidas, elas servem como ferramentas para uma compreensão ainda maior e são auxiliares na compaixão.
O Budismo Humanista não é um novo tipo de budismo, mas apenas um nome utilizado para ressaltar as lições essenciais do Buda: a sabedoria e a compaixão. Esses ensinamentos remetem-nos, invariavelmente, à vida dos outros seres sencientes. Não compreender a unidade entre natureza humana e natureza búdica é não compreender os ensinamentos do Buda.
O Budismo Humanista incentiva-nos a participar do mundo e a ser uma fonte de energia benéfica aos outros. Nossa iluminação depende dos outros assim como a deles dependem de nós. Mestre Taixu disse que existe uma única forma de nos tornarmos Budas: realizar nossa natureza humana. O grande mestre chan Huineng disse: “O budismo deve ser praticado neste mundo, e não em algum outro. Procurar a iluminação em outro lugar é tão fútil quanto procurar um coelho com chifres”.
Quando o Buda alcançou a iluminação sob a Árvore Bodhi, ele disse: “Todos os seres sencientes têm natureza búdica”. A unidade e a unicidade de todas as formas de vida nos inspiram a nos envolver com a vida. Todos devem reconhecer que são necessários. Servindo ao próximo, servimos a nós mesmos. Reconhecendo o Buda nos outros, aprendemos a encontrá-lo em nós.

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