quinta-feira, 24 de março de 2016

Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.

Comentário do dia:

Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense
1º Sermão para os Ramos



Tende entre vós os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus: Ele, que é de condição divina», igual a Deus por natureza uma vez que partilha do seu poder, da sua eternidade e do seu próprio ser [...], cumpriu o ofício de servo, rebaixando-Se e «tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz» (Fil 2,5-8). Poder-se-ia considerar de somenos que, sendo seu Filho e seu igual, Ele tivesse servido o Pai como um servo; mas Ele foi ainda mais longe e serviu o seu próprio servo [...]. Porque o homem tinha sido criado para servir o seu criador e é de toda a justiça que sirva Aquele que o criou, sem o qual não existiria. E não pode conhecer maior felicidade que servi-Lo, uma vez que servi-Lo é reinar. Mas o homem disse ao seu Criador: «Não servirei!» (Jr 2,20).

«Pois bem, servir-te-ei Eu!», respondeu o Criador ao homem. «Senta-te à mesa; farei eu o serviço: lavar-te-ei os pés. Descansa; tomarei os teus males sobre os meus ombros; carregarei com todas as tuas fraquezas. [...] Se estiveres fatigado ou sobrecarregado, levar-te-ei, a ti e à tua carga, a fim de ser o primeiro a cumprir a minha lei: "Levai os fardos uns dos outros" (Gal 6,2). [...] Se tiveres fome ou sede [...], eis-Me pronto a ser imolado, para que possas comer a minha carne e beber o meu sangue. [...] Se te levarem para o cativeiro ou te venderem, eis-Me aqui [...]; resgato-te pelo preço que derem por Mim. [...] Se estiveres doente, se receares a morte, morrerei em vez de ti para que do meu sangue faças remédio para a vida.» [...]

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