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terça-feira, 6 de maio de 2014
«Se alguém comer dele, não morrerá»
«O pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo»
Cristo é o «pão da vida» para os que creem nele: crer em Cristo é comer o pão da vida, é possuir Cristo em si, é possuir a vida eterna. […]
«Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram» (Jo 6,48ss). Aqui deve entender-se que se trata da morte espiritual. Porque morreram eles? Porque acreditavam no que viam e não compreendiam o que não viam. […] Moisés comeu o maná, Aarão comeu-o, e muitos outros, que agradaram a Deus e que não morreram. Porque é que não morreram? Porque compreenderam espiritualmente, porque tiveram fome espiritualmente e provaram espiritualmente o maná para serem espiritualmente saciados. «Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá» (v. 50).
Esse pão, isto é, o próprio Cristo que assim falava […], foi prefigurado pelo maná, mas pode mais que o maná. Pois o maná por si próprio não podia impedir a morte espiritual. […] Mas os justos viram no maná a Cristo, acreditaram na sua vinda, e Cristo, que o maná simbolizava, dá a todos os que creem nele o poder de não morrerem espiritualmente. Por isso disse: «Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente». Aqui na terra, aqui, agora, diante dos vossos olhos, dos vossos olhos de carne, eis o «pão descido do céu». «Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá» (v. 51). O «pão da vida» de há pouco chama-se agora «pão vivo». Pão vivo porque possui em Si mesmo a vida que permanece e porque pode livrar da morte espiritual e dar a vida. Ele também disse:"Se alguém comer dele, não morrerá" ; agora fala claramente da vida que dá: «Se alguém comer deste pão, viverá eternamente» (v. 58).
Balduíno de Ford (?-c. 1190), abade cisterciense, depois bispo
O Sacramento do altar II, 3; SC 93
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