quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A fé está unida à esperança

Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados.»
O sofrimento recorda-nos que o serviço da fé ao bem comum é sempre serviço de esperança que nos faz olhar em frente, sabendo que só a partir de Deus, do futuro que vem de Jesus ressuscitado, pode a nossa sociedade encontrar alicerces sólidos e duradouros. Neste sentido, a fé está unida à esperança, porque, embora a nossa morada aqui na terra se vá destruindo, há uma habitação eterna que Deus já inaugurou em Cristo, no seu corpo (cf 2 Cor 4,16ss). Assim, o dinamismo de fé, da esperança e da caridade (cf. 1Tes 1,3; 1 Cor 13,13) faz-nos abraçar as preocupações de todos os homens, no nosso caminho rumo àquela cidade, «cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus» (Heb 11,10), porque «a esperança não engana» (Rm 5,5).
Unida à fé e à caridade, a esperança projeta-nos para um futuro certo, que se coloca numa perspectiva diferente relativamente às propostas ilusórias dos ídolos do mundo, mas que dá novo impulso e nova força à vida de todos os dias. Não deixemos que nos roubem a esperança, nem permitamos que esta seja anulada por soluções e propostas imediatas que nos bloqueiam no caminho, que «fragmentam» o tempo transformando-o em momentos. O tempo é sempre superior aos momentos, iluminando-os e transformando-os em elos de uma cadeia, de um processo; o espaço cristaliza os processos, ao passo que o tempo projeta para o futuro e impele a caminhar na esperança.
Papa Francisco
Encíclica «Lumen fidei / A luz da fé», § 57 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)
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Evangelho segundo S. Marcos 2,1-12.
Quando Jesus entrou de novo em Cafarnaúm e se soube que  estava em casa,
Juntou-se tanta gente que nem mesmo à volta da porta havia lugar, e anunciava-lhes a Palavra.
Vieram, então, trazer-lhe um paralítico, transportado por quatro homens.
Como não podiam aproximar-se por causa da multidão, descobriram o teto no sítio onde Ele estava, fizeram uma abertura e desceram o catre em que jazia o paralítico.
Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados.»
Ora estavam lá sentados alguns doutores da Lei que discorriam em seus corações:
«Porque fala este assim? Blasfema! Quem pode perdoar pecados senão Deus?»
Jesus percebeu logo, em seu íntimo, que eles assim discorriam; e disse-lhes: «Porque discorreis assim em vossos corações?
Que é mais fácil? Dizer ao paralítico: 'Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: 'Levanta-te, pega no teu catre e anda’?
Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar os pecados,
Eu te ordeno disse ao paralítico: levanta-te, pega no teu catre e vai para tua casa.»
Ele levantou-se e, pegando logo no catre, saiu à vista de todos, de modo que todos se maravilhavam e glorificavam a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa assim!»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

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EVANGELHO QUOTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

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