segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Papa Francisco

Não há justificações

· ​Novo feroz ataque de matriz jihadista provoca numerosos mortos em Paris O Papa Francisco diz-se amargurado e próximo do povo francês muito amado ·

«Isto não é humano». Assim o Papa Francisco, interpelado telefonicamente pela emissora italiana Tv2000, falou a 14 de Novembro, sobre os ataques jihadistas que na noite de sexta-feira ensanguentaram Paris. «Estou comovido e amargurado — disse ao director Lucio Brunelli — e não entendo, mas são difíceis de entender estas coisas feitas por seres humanos; e por isso estou comovido e amargurado, e rezo. Estou muito próximo do povo francês, muito amado; estou perto dos familiares das vítimas e oro por todos eles».
O Pontífice definiu os massacres na capital francesa «uma parte» da «terceira guerra mundial por etapas», da qual já falou várias vezes, acrescentando que «não há justificações para estas coisas». E retomando uma observação do entrevistador, repetiu que não pode haver justificação, «nem religiosa, nem humana». Por isso — concluiu — «estou próximo de todos aqueles que sofrem, e da França inteira, que estimo muito».
Precedentemente, a dor do Papa por quanto aconteceu tinha sido expressa num telegrama, assinado pelo cardeal Pietro Parolin, enviado ao cardeal André Vingt-Trois, arcebispo de Paris. O Papa Francisco, lê-se nele, «une-se em oração ao sofrimento das famílias atingidas» e expressa «a quantos participaram nos socorros a sua proximidade espiritual». O Papa «condena mais uma vez com firmeza a violência, que nada pode resolver, e pede a Deus que inspire pensamentos de paz e de solidariedade em todos».
Nos seus ataques terroristas simultâneos que atingiram Paris foram mortas numerosas pessoas — segundo um balanço oficial que contudo continua a ser actualizado de hora em hora — e foram feridas centenas de cidadãos. Números terríveis, que fazem deste atentado múltiplo o ataque mais grave perpetrado na França. O presidente François Hollande, que proclamou três dias de luto nacional, falou de um «acto de barbárie absoluta», um «acto de guerra cometido por um exército jihadista contra os valores que nós defendemos e contra o que somos: um país livre». Solidariedade com o povo francês, atingido tão duramente, foi expressa pelos líderes políticos do mundo inteiro e pelos representantes de todas as confissões religiosas. 
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