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terça-feira, 8 de abril de 2014
Apaga-me do rosto o meu pecado
«Vós sois deste mundo; Eu não sou deste mundo»
Por causa do pecado, Tu, inocente,
Foste levado ao tribunal dos condenados!
Quando vieres na glória do Pai
Não me julgues com eles! (Mt 25,31ss)
Pela vergonha do primeiro homem, esse impudente,
Foste achincalhado com os escarros do sacrilégio!
Apaga-me do rosto o meu pecado
Com que ele se cobriu de vergonha! […]
Puseram aos teus ombros o manto escarlate
E foste revestido de púrpura,
Qual desonra e afronta!
Assim pensaram os soldados de Pilatos (Mt 27,28).
Afasta de mim o cilício do pecado,
A púrpura escarlate cor de sangue,
E reveste-me das vestes da alegria
Como no princípio fizeste ao primeiro homem!
Dobrando o joelho, eles escarneciam
Na galhofa e na risota!
E ao ver tudo isso, as hostes celestiais
Adoravam a tua Majestade, temerosas.
Tudo isso suportaste para da nossa natureza de Adão,
Esse amigo do pecado, retirares a vergonha
E da minha alma e consciência
Extraíres essa vergonha cheia de tristeza. […]
Depois do veredito do juiz,
Recebeste os terríveis golpes da flagelação
Sobre o teu corpo todo
E todos os bocados do teu corpo!
A mim que dos pés à cabeça
Sofro dores intoleráveis
Vem de novo curar-me,
Como quando da graça do batismo!
Em vez dos espinhos do pecado
Que por nossa causa a maldição fez surgir (Gn 3,18),
Os vinhateiros de Jerusalém (Mt 21,33ss)
Na tua cabeça enterraram a coroa de espinhos!
Arranca de mim os espinhos do pecado
Que o Inimigo plantou em mim,
E cura-me dessa chaga purulenta
Que me deixaram os estigmas do pecado!
São Narsés Snorhali (1102-1173), patriarca armênio
Jesus, Filho Unigénito do Pai, §§ 708-724; SC 203
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