terça-feira, 8 de outubro de 2013

Governantes afastados do Evangelho


O teólogo e poeta português José Tolentino Mendonça considera que os governantes estão distantes das palavras do evangelho e que classe política não se revê nos ensinamentos da Igreja nas práticas de governar. Em sua opinião, o cristianismo continua sendo uma fonte de vida e inspiração para os que governam.

Ele denuncia o abuso com que os governantes agem em relação aos mais pobres, alegando que os sacrifícios não podem ser pedidos a quem já não tem: "A leitura da Igreja é de que a situação é de uma tal exigência que há sacrifícios que são pedidos e que são compreensíveis para o todo nacional, mas tem de haver uma equidade no suportar esses sacrifícios. Os sacrifícios não podem ser apenas pedidos a quem já não tem, a quem já vivia e vive com sacrifício. E o apelo da Igreja é bem claro: quando se pergunta qual é o objetivo da sua ação, isso é bem claro: no centro está a pessoa humana e a pessoa humana que sofre. Se a Igreja tem alguma preferência, há-de ser sempre pelos últimos."


De acordo com o teólogo, em advertência aos mais cultos, referindo-se à realidade portuguesa, em especial, é preciso se voltar para os valores bíblicos e menciona, como exemplo, a admiração de muitos pelo escritor José Saramago, assinalando se tratar de "um criador que torna a língua portuguesa um lugar com uma inspiração humana absoluta", mas que não deve ser "uma vaca sagrada, em que tudo o que diz é uma espécie de oráculo".

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