sábado, 26 de outubro de 2013

Dinheiro e felicidade

É comum muitas pessoas brincarem em torno do que fariam caso ganhassem uma fortuna na loteria. O argumento é de que se dinheiro não traz felicidade, ele contribui muito para que ela seja adquirida. Em nossa sociedade, desde criança, associamos as coisas felizes da vida com aquelas que são compradas. E, por isso, as pessoas dizem e sonham: se ficasse milionário faria uma viagem ao redor do mundo, conhecendo vários países. Outros comprariam uma mansão, com vários empregados prontos para servi-los. Há quem faria uma coleção de belos carros e por aí, os sonhos se multiplicam.

Nada mal em se sonhar com projetos que possam tornar a vida mais confortável e esse tem sido o ideal da humanidade desde o surgimento das primeiras civilizações. A ciência muito contribuiu e tem contribuído para isso. A vida de milhões e milhões de pessoas, realmente, é mais confortável que a de muitos de seus antepassados. Apesar disso, ainda contamos com milhões e milhões de pessoas no mundo e em nosso país vivendo no que é chamado linha da miséria. Há muito a ser feito, ainda, em prol dos mais necessitados.

Isso não impede, no entanto, que sonhamos em uma vida melhor para nós e nossos familiares. Mas, a pergunta que surge é será que a felicidade se constitui apenas no acúmulo de riquezas e de mercadorias?

Quando Jesus aconselhou ao jovem milionário para que deixasse tudo e o seguisse, ele não conseguiu se desfazer de suas "riquezas". Era, sem dúvida, um pedido impossível. Os demais seguidores do Mestre, no entanto, não tiveram essa dificuldade. Pedro, por exemplo, e outros deixaram de ser pescadores, acreditando na missão nobre de serem pescadores de homens. Ao seguir Jesus, eles abandonaram família, casa e tudo o mais. Por isso, que Jesus disse ser mais fácil um pobre entrar no Reino de Deus do que um rico. Não que o Reino esteja proibido aos ricos, mas, as dificuldades são muito maiores para aqueles que não conseguem se desapegar das coisas do mundo. Quando foi convocado Mateus, o coletor de impostos, não pensou duas vezes. Não disse, preciso de tempo para pensar. E assim foram muitos outros. Ao que queria enterrar os mortos, o Mestre disse para deixar que os mortos cuidam deles próprios.



Quando brincamos do sonho da noite para o dia virarmos milionários, esquecemos de bens preciosos, sendo um deles a nossa própria saúde. Quem tem o privilégio de poder andar, falar, enxergar muitas vezes não tem consciência dessas riquezas que nos é dada por Deus como nosso criador. Que riqueza valeria e nos faria feliz em lugar de nossa saúde ou de algum ente querido, como filhos, irmãos ou amigos?

Que procuremos o conforto por meio de nosso trabalho e realizações, mas não achemos que o acúmulo de dinheiro é o que nos trará a felicidade. Por vezes, ela está tão próxima de nós e nos surge de maneira tão simples que não a percebemos ou a deixamos escapar. É como Jesus, a riqueza suprema, diante do rapaz milionário.

j

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