Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja
Vida, cap. 12
Quando Deus suspende e pára o entendimento, dá-lhe o que admirar e com que se ocupar; então, sem raciocinar, recebemos no espaço de um credo mais luz do que poderíamos adquirir em muitos anos com todo o esforço do mundo. Mas querer atar as potências da nossa alma e parar a sua actividade por nós próprios é loucura. [...]
Durante muitos anos, li muitas coisas sem as compreender. Em seguida, passei um tempo considerável sem conseguir encontrar termos para explicar as graças que Deus me concedia, o que foi para mim fonte de muitas penas. Mas, quando tal agrada a Sua Majestade, Ela ensina tudo num instante, e de uma forma que me deixa estupefacta. Isto é uma coisa que posso afirmar com toda a verdade. Muitos homens espirituais com quem dialogava procuraram explicar-me os dons que Deus fazia à sua alma, esperando ajudar-me assim a dar-me conta deles. A minha estupidez tornou os seus esforços inteiramente inúteis. Talvez Nosso Senhor o quisesse assim, para ter todos os direitos ao meu renascimento. Com efeito, foi sempre Ele o meu mestre. Bendito seja! Mas também, que confusão para mim que tal confissão seja a expressão da verdade! [...]
Foi pois sem que eu o tenha desejado ou pedido que Deus me iluminou num instante e me pôs em estado de o exprimir. Os meus confessores ficaram surpreendidos, e eu mais ainda, porque conhecia melhor a minha incapacidade. [...] Sim, volto a dizê-lo agora, é muito importante não elevarmos o nosso espírito antes que Deus o eleve. E quando Ele o faz, compreendemo-lo imediatamente.
Durante muitos anos, li muitas coisas sem as compreender. Em seguida, passei um tempo considerável sem conseguir encontrar termos para explicar as graças que Deus me concedia, o que foi para mim fonte de muitas penas. Mas, quando tal agrada a Sua Majestade, Ela ensina tudo num instante, e de uma forma que me deixa estupefacta. Isto é uma coisa que posso afirmar com toda a verdade. Muitos homens espirituais com quem dialogava procuraram explicar-me os dons que Deus fazia à sua alma, esperando ajudar-me assim a dar-me conta deles. A minha estupidez tornou os seus esforços inteiramente inúteis. Talvez Nosso Senhor o quisesse assim, para ter todos os direitos ao meu renascimento. Com efeito, foi sempre Ele o meu mestre. Bendito seja! Mas também, que confusão para mim que tal confissão seja a expressão da verdade! [...]
Foi pois sem que eu o tenha desejado ou pedido que Deus me iluminou num instante e me pôs em estado de o exprimir. Os meus confessores ficaram surpreendidos, e eu mais ainda, porque conhecia melhor a minha incapacidade. [...] Sim, volto a dizê-lo agora, é muito importante não elevarmos o nosso espírito antes que Deus o eleve. E quando Ele o faz, compreendemo-lo imediatamente.
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