Sexta-feira, dia 24 de Outubro de 2014
Santo António Maria Claret, bispo, fundador, +1870
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Antônio
Maria Claret nasceu em 1807, em Allent, província de Barcelona e
diocese de Vich. Filho de um modesto tecelão, aos 22 anos ingressou no
seminário de Vich, confundido nas aulas de latim com os pequenos de 10 a
12 anos. Trazia no coração a luz do ideal eterno que tinha haurido
naquela frase do Evangelho que abriu também horizontes infinitos de luz e
entusiasmo a S. Francisco Xavier: “que aproveita ao homem ganhar o
mundo inteiro se vier a perder a sua alma?”. Aos 28, foi ordenado
sacerdote, dedicando-se de corpo e alma ao serviço ministerial na cidade
natal. O seu ideal, entretanto, ultrapassava os limites de sua
paróquia. Desejava um apostolado mais amplo. Pensou, então, em se
colocar à disposição da Propaganda Fidei. Não era o que sonhava para si.
Procurou, pois, ingressar na Companhia de Jesus, o que também não deu
certo. Retornou à terra natal como vigário. Logo depois abandonou tudo
para se tornar missionário apostólico. Percorreu todas as povoações da
Catalunha e das Ilhas Canárias.
Procurou concretizar o seu grande
sonho apostólico: fundar uma congregação que se dedicasse ao apostolado
das missões, e à evangelização dos povos. Com alguns companheiros
sacerdotes, fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Coração
Imaculado de Maria, popularmente conhecidos como Padres Claretianos.
Mais tarde fundou também o Instituto das Irmãs de Ensino de Maria
Imaculada. Em 1850 foi nomeado bispo de Santiago de Cuba, onde
desenvolveu um apostolado frutuoso. Em 1857 retornou à Espanha, onde
exerceu várias responsabilidades eclesiásticas, zelando pela instrução,
pelas artes, pelas ciências, fundando bibliotecas. Foi também fecundo
escritor, deixando cerca de oitenta obras. Pio XI considerava-o o
"precursor da Acção Católica" dos tempos modernos. Com Isabel II esteve
também em Lisboa, em Dezembro de 1866. Depois de pregar em várias
igrejas da capital, foi agraciado por D. Luís com a Cruz da Real Ordem
Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Morreu em
Fontfroide, França, em 1870. Foi beatificado em 1934 por Pio XI e
canonizado por Pio XII em 1950.
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