sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Comentário do dia:

Para o sábado em plenitude
Moisés disse: «No sétimo dia, haverá descanso consagrado ao Senhor» (Ex 31,15). O Senhor gosta do repouso; gosta de repousar em nós e que, assim, repousemos nele. Mas há um repouso dos tempos vindouros, sobre o qual está escrito: «Desde agora, diz o Espírito, que repousem dos seus trabalhos» (Ap 14,13). E existe um repouso do tempo presente, acerca do qual o profeta diz: «Cessai de fazer o mal» (Is 1,16).
Alcançamos o repouso do tempo futuro através das seis obras de misericórdia que estão enumeradas no Evangelho, onde está escrito: «Porque tive fome e deste-Me de comer» (Mt 25,35s), etc. […] Porque «seis dias há durante os quais se deve trabalhar» (Lc 13,14); em seguida vem a noite, isto é a morte, «na qual ninguém pode trabalhar» (Jo 9,4). Depois destes seis dias, é o sábado: quando todas as boas obras foram consumadas, é o repouso das almas.

Balduíno de Ford (?-c. 1190), abade cisterciense, depois bispo
O sacramento do altar, 3, 2; SC 94






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