Nasceu em Lagos, no Algarve, um pouco depois de 1370. Tomou
o hábito de Santo Agostinho no convento da Graça, em Lisboa, onde vinha
pôr mais a salvo os seus vinte anos de virtude e pureza, quase de anjo,
e já vitoriosa de repetidos assaltos. Dedicou-se à pregação em
correrias apostólicas e, com o mesmo zelo, a manter a observância
regular, quando superior dalguns mosteiros da sua Ordem. Foi o último o
de Torres Vedras onde morreu a 15 de Outubro de 1422. Ali ficou o seu
jazigo, tomando-o a vila de Torres Vedras por seu padroeiro, depois de
beatificado por Pio VI, em 1798. Mas, em Portugal, é-lhe atribuído o
culto de santo. Ao que parece, a escolha que fez Torres Vedras do seu
padroeiro deve-se à carta que D. João II, encontrando-se no Algarve em
1495, escreveu à Câmara da referida vila, exaltando a memória de Frei
Gonçalo e celebrando a felicidade que essa terra possuía conservando o
seu milagroso corpo. O mesmo fez a cidade de Lagos, sua terra natal,
onde os pescadores mais o invocam e experimentam a sua especial
protecção. A sua festa, actualmente, é a 27 de Outubro, mas os Padres
Agostinhos celebram-no, em Portugal, a 21 do mesmo mês.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário