Em 1926 um artista de Munich pediu ao escritor Thomas Mann que lhe escrevesse uma introdução para um folheto e ilustrações sobre a história de José, filho de Jacó, da qual Goethe havia dito: "Esta é uma narrativa natural das mais encantadoras, e o seu único defeito é ser demasiado breve, de sorte que nos sentimos inclinados a escrevê-la pormenorizadamente".
E foi este o desafio que Thomas Mann resolveu enfrentar. Meditando sobre o assunto sugerido por aquelas ilustrações, e tendo presente as palavras de Goethe, ele sentiu "uma indescritível fascinação diante da ideia de relegar para um plano muito distante a moderna vida burguesa e fazer que minha narrativa penetrasse profundamente no humano".
E o que fez o grande escritor, em sua empreitada? Thomas Mann, que acabara de receber o Prêmio Nobel de Literatura, passou a ler detalhadamente a Bíblia e mais do que isso, realizou em 1929 excursões arqueológicas ao Egito e à Palestina, onde consultou todas as fontes de informação necessária para escrever, em porte monumental, a história de José.
O resultado de suas pesquisas foi uma magnifica tetralogia que, mais do que quatro romances independente, é um erudito repositório de lendas, de fatos reais e de indicações originais, umas de caráter histórico e outras de índole puramente mítica.
Os romances _ José e seus Irmãos, O Jovem José, José no Egito e José o Provedor _ foram publicados a partir de 1933 com intervalos de dois, três e seis anos, e, embora formem um todo orgânico são obras completas em si mesmas.
Amados, o exemplo do escritor prêmio Nobel deve ser seguido por nós, quando procuramos realizar algum tipo de trabalho. Thomas Mann poderia simplesmente ter aproveitado a sua enorme fama e escrito uma obra desprentenciosa, apenas fruto de sua imaginação e elaborada no conforto de um escritório ou lar. Mas, ao contrário disso, ele procurou estudar profundamente sobre o assunto e não satisfeito empreendeu pesquisas nos locais onde ocorreram as ações de José.
E nós, quantas vezes realizamos nossos trabalhos de forma pouco concentrada, sem procurarmos dar o máximo, achando que o importante é cumprir uma determinada tarefa de qualquer jeito? E também, em relação as coisas de DEUS, quantas vezes procuramos desencumbí-las de forma robotizada sem procurarmos entender e estudar melhor os assuntos e acabamos sendo levados por opiniões de falsos guias?
Como Thomas Mann, em José e seus Irmãos, também devemos realizar nossos trabalhos utilizando o máximo de nossa capacidade. Certamente isso é do agrado de DEUS, como a obra elaborada pelo grande escritor alemão.
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