sábado, 3 de outubro de 2015

Santo do dia


Beatos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros, e Mateus Moreira, mártires, +1645




Mártires do Rio Grande do Norte
No dia 16 de julho de 1645, os holandeses que ocupavam o nordeste do Brasil, chegaram a Cunhaú, no Rio Grande do Norte, onde residiam vários colonos ao redor do Engenho, ocupados no plantio da cana-de-açúcar. Era um domingo. Na hora da missa, 69 pessoas se reuniram na capela de Nossa
Senhora das Candeias. A capela foi cercada e invadida por soldados e índios que trucidaram a todos que aí estavam, inclusive o Pároco Pe. André de Soveral que celebrava a missa. Não opuseram resistência aos agressores e entregaram piedosamente suas almas ao Criador.
Aterrorizados com o acontecimento de Cunhaú, muitos moradores de Natal pediram asilo no Forte dos Reis Magos ou se refugiaram em abrigos improvisados. No dia 3 de outubro, foram levados para as margens do Rio Uruaçu, onde os aguardavam índios e soldados holandeses armados. Eram cerca de 80 pessoas. Os holandeses, de religião calvinista, trouxeram um pastor protestante para demovê-los de sua fé católica. Todos resistiram a esta tentativa e foram barbaramente sacrificados. Entre eles estava Mateus Moreira que, ao lhe ser arrancado o coração pelas costas, morreu exclamando: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento".

S. Francisco de Borja, presbítero, +1572




Pertencia a uma das famílias mais nobres da Espanha. Era duque de Gandia e exerceu as elevadas funções de vice-rei da Catalunha. Em certa ocasião foi incumbido de acompanhar o transporte do cadáver da imperatriz Isabel, que falecera em Toledo, até Granada, onde seria sepultada. O transporte foi lento e durou 15 dias. No momento de sepultar a imperatriz, o protocolo exigia que fosse aberto o caixão para ser reconhecido o cadáver. Aquela que fora admirada em toda a Cristandade por sua beleza deslumbrante tinha o seu corpo num estado avançado de decomposição. Tocado pela graça a propósito daquela cena chocante, Francisco compreendeu a vaidade de toda a glória mundana, e decidiu que se algum dia enviuvasse, se consagraria inteiramente a Deus. De facto, assim aconteceu: enviuvou aos 40 anos de idade, renunciou a todos os seus títulos e bens e ingressou na Companhia de Jesus como filho espiritual de Santo Inácio de Loyola, chegando a ser superior geral daquela família religiosa.

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