Quinta-feira, dia 16 de Abril de 2015
Festa da Igreja : Nossa Senhora, Mãe do Divino Pastor
Santo do dia : S. Bento José Labre, peregrino, +1783, Santa Engrácia de Saragoça, virgem, mártir, +305, Santa Bernadette, vidente de Lourdes, +1879
S. Bento José Labre
Filho de um camponês do Artois (França), Bento nasceu em 1748, sendo o mais velho de 15 filhos, e, aparentemente, fracassou em tudo o que desejava. Apesar disso, conseguiu manter sempre a paz no seu coração.
As portas fechavam-se diante dele, uma após outras, mas ele nunca desesperou. Recomeçava o seu caminho, dormindo onde calhava, vivendo do que lhe davam, continuando a procurar novos caminhos para atingir o seu Objectivo.
Submisso a todos, primeiro a seus pais, depois, no seu apelo interior, aos responsáveis dos mosteiros a cujas portas batia, aos seus confessores, aos acontecimentos, à vontade de Deus que, continuamente, lhe ia mudando os caminhos, Bento continuou a avançar humildemente, silenciosamente.
Sem dar nas vistas, atravessou a Europa com o seu saco e o seu crucifixo ao peito, percorrendo 30.000 quilómetros, pasando de mosteiro em mosteiro, de santuário em santuário, até se estabelecer em Roma, donde sairia várias vezes para ir até Loreto, antes de morrer no despojamento total.
Deste modo, S. Bento José Labre, em pleno "século das luzes", pobre e desprendido de tudo e principalmente de si mesmo, considerado um peregrino ou mesmo como um mendigo entre tantos outros, sujo e cheio de parasitas, foi aclamado como santo quando morreu em Roma, com 35 anos.
Bento Labre foi declarado "beato" em 1860 e "santo" em 1881. É o patrono dos deslocados e das pessoas desadaptadas.
Santa Engrácia de Saragoça, virgem e mártir
Escreve assim Prudêncio, um poeta cristão dos séculos IV e V, sobre Santa Engrácia:
"E tu, virgem Engrácia, não é acaso no meio de nós que se conservam os troféus das tuas vitórias, tu cuja máscula coragem fez desvairar os ímpios furores para vergonha do espírito de malícia. Todos os nossos mártires disseram adeus à vida; mas tu, sobrevivendo à tua própria morte, vives ainda na terra, a nossa pátria conserva-te ainda. Os teus membros, pelas suas cicatrizes, testemunham a série de suplícios que suportaste; mostram a que profundidade foram cravados os sulcos das unhas de ferro. (...) Foste como o troféu duma espécie nova de que fez Cristo dádiva à nossa Saragoça; pela tua pessoa quis Ele fazer da nossa cidade a estância dum martírio contínuo".
A sua partida para o Paraíso deu-se pelo ano de 305.
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