terça-feira, 14 de abril de 2015

O fanatismo religioso e a armadura de Deus





"Quando cair o teu inimigo,
não te alegres, e quando tropeçar,
não se regozije o teu coração”. (Provérbios 24.17).


A nossa vida social é feita de estímulos permanentes para que muitos tenham e sintam mais prazer na derrota do outro do que em sua própria vitória. Infelizmente, esse procedimento também é levado para o campo espiritual. A mensagem cristã de que devemos amar inclusive nossos inimigos é feita letra morta. Pelo contrário, uma simples partida esportiva pode ser objeto de verdadeira batalha campal com grupos atacando violentamente uns aos outros, ocasionando muitas vezes ferimentos graves ou até mesmo resultando em mortes. Há algum tempo um menino foi morto na Bolívia, quando torcedores brasileiros atiraram um sinalizador em direção à torcida adversária. O que poderia ser um basta a tal tipo de comportamento dentro e fora dos estádios, no entanto, teve prosseguimento com novos registros de violências.
Mata-se por futebol, quando se leva ao extremo o fanatismo de torcer por um clube. Mata-se por política, quando se leva ao extremo de transformar as divergências de pensamento em algo a ser resolvido na base do tacape, revólver ou qualquer outro armamento possível.
Muitos pais, tanto pai como mãe, estimulam seus filhos a beligerância. O aprendizado de algum tipo de luta que poderia servir da criação da consciência de que na vida ora vencemos e ora perdermos é substituída pela lição dada à criança de que o importante é se vencer a qualquer preço.
A vida em sociedade passa a ser uma eterna guerra. Até os estudos passam a ser objeto de competições. Colar do vizinho de carteira para melhorar o desempenho na prova e até mesmo casos extremos de famílias descobertas em casos de compra de vagas em algum curso superior são acontecimentos comuns. Não há escrúpulo em relação à nada e os casos de corrupção, roubalheira e todas as irregularidades passam a ser assuntos corriqueiros na mídia.
Prevalece o ditado de o máximo de rigor da lei aos inimigos e o máximo de complacência para com os amigos.
O detalhe é que mesmo no ambiente cristão, por vezes, essa também tem sido à tônica, com pessoas divulgando mensagens de que os inimigos assistirão a sua vitória e eles pagarão pelos supostos males que causaram. A apologia do ódio toma lugar da mensagem cristão do amor ao próximo, incluindo até mesmo os inimigos.
Em alguns casos, essa guerra se espalha mesmo entre líderes religiosos, preocupados em possuírem um imenso rebanho, possibilitando a disputa com seu inimigo-concorrente por maior número de templos, adeptos, espaço televisivo ou poderio comunicativo.
Espaços ditos Gospel são transformados em balcão rasteiro de divulgação de fofocas ocorridas no que deveria ser um mundo cristão de divulgação da Palavra de Deus e de engradecimento do ser humano; cantores gospel são transformados em pastores e astros no estilo pop com venda de todo tipo de mercadorias e idolatrias.
A nossa proposta de Unidade por isso soa estranha em um mundo de imensa competitividade em todos os campos, inclusive o religioso. Mas, dela não abrimos mão atraídos pelo caminho fácil do sensacionalismo, este também uma outra forma de violência.

A armadura de Deus

10 Quanto mais, sede fortalecido no Senhor e na força de seu poder. 11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo: 12 porque nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e postedades: contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. 13 Portanto tomai da armadura de Deus para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. 14 Estai, pois, firmes, cingido-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. 15 Calçai os pés com a preparação do evangelo da paz; 16 embraçando sempre o escuda da fé com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Efésios 6: 10-16

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