Trigésimo Primeiro Domingo do Tempo Comum
A liturgia do 31º Domingo do Tempo Comum convida-nos a uma
reflexão séria sobre a seriedade, a verdade e a coerência do nosso
compromisso com Deus e com o Reino. De forma especial, as leituras deste
domingo interpelam os animadores das comunidades cristãs acerca da
verdade do seu testemunho, da pureza dos seus motivos, do seu real
empenho na construção de comunidades comprometidas com os valores do
Evangelho. O Evangelho apresenta-nos o grupo dos “fariseus”. Critica
violentamente a sua pretensão à posse exclusiva da verdade, a sua
incoerência, o seu exibicionismo, a sua insensibilidade ao amor e à
misericórdia. Mais do que informação histórica, é um convite aos crentes
no sentido de não deixarem que atitudes semelhantes se introduzam na
família cristã e destruam a fraternidade, fundamento da comunidade. Na
primeira leitura um “mensageiro de Jahwéh” interpela os sacerdotes de
Israel. Convocados por Deus para serem “mensageiros do Senhor do
universo”, para ensinar a Lei e para conduzir o Povo para Deus, eles
deixaram-se dominar por interesses egoístas, negligenciaram os seus
deveres, desvirtuaram a Lei. Eles são, por isso, os grandes responsáveis
pelo divórcio entre Israel e o seu Deus. Jahwéh anuncia que não pode
tolerar esse comportamento e que vai desautorizá-los e desmascará-los. A
segunda leitura apresenta-nos, em contraste com a primeira, o exemplo
de Paulo, Silvano e Timóteo – os evangelizadores da comunidade cristã de
Tessalónica. Do esforço missionário feito com amor, com humildade, com
simplicidade, com gratuidade, nasceu uma comunidade viva e fervorosa,
que acolheu o Evangelho como um dom de Deus, que se comprometeu com ele e
que o testemunha com verdade e coerência.
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