Sábado, dia 01 de Novembro de 2014
TODOS OS SANTOS – Solenidade
A comunhão dos santos
Deste modo, enquanto o Senhor não vier na sua majestade e todos os seus anjos com Ele (cf Mt 25,31) e, vencida a morte, tudo Lhe for submetido (cf 1Cor 15,26-27), dos seus discípulos, uns peregrinam sobre a terra, outros, passada esta vida, são purificados, outros, finalmente, são glorificados e contemplam «claramente Deus trino e uno, como Ele é»; todos, porém, comungamos, embora em modo e grau diversos, no mesmo amor de Deus e do próximo, e todos entoamos ao nosso Deus o mesmo hino de louvor. Com efeito, todos os que são de Cristo e têm o seu Espírito estão unidos numa só Igreja e ligados uns aos outros nele (cf Ef 4,16).
E assim, de modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo, mas antes, segundo a constante fé da Igreja, é reforçada pela comunicação dos bens espirituais. Porque os bem-aventurados, estando mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a Igreja na santidade, enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra, e contribuem de muitas maneiras para a sua mais ampla edificação em Cristo (cf 1Cor 12,12-27). Recebidos na pátria celeste e vivendo junto do Senhor (cf 2Cor 5,8), não cessam de interceder, por Ele, com Ele e nele, a nosso favor diante do Pai, apresentando os méritos que na terra alcançaram, graças ao mediador único entre Deus e os homens, Jesus Cristo (cf 1Tim 2,5), servindo ao Senhor em todas as coisas e completando o que falta aos sofrimentos de Cristo, em favor do seu corpo que é a Igreja (cf Col 1,24). A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude de irmãos.
Concílio Vaticano II: A comunhão dos santos
Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Igreja «Lumen Gentium», § 49
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