Domingo, dia 16 de Novembro de 2014
Santa Gertrudes, Magna, monja, +1303
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Santa Gertrudes, a Grande
Santa Gertrudes de Helfta foi monja cisterciense e escritora mística,
também conhecida como Gertrudes a Grande, ou Gertrudes a Magna. Das
origens de Gertrudes de Helfta só se conhece a data de nascimento: 6 de
janeiro de 1256. O lugar parece ter sido Eisleben, e a familia é um
enigma. O silêncio a respeito resultou suspeito, e se há elaborado
conjecturas como a procedência servil ou pobre; haver sido abandonada;
ou ser filha ilegítima de algum nobre. O que é seguro é que em sua
familia existiam circunstâncias que na época não era adequado mencionar.
Com
a idade de 5 anos ingressou no mosteiro de Helfta. Sobre isto tão pouco
hão ficado noticias, desconhecendo-se como chegou e se foi acolhida
exclusivamente como educanda, para ser formada na escola de meninas a
cargo de Matilde de Hackeborn; ou como oblata, oferecida a Deus para
converter-se em monja.
Gertrudes iniciou sua aprendizagem
monástica. Realizou o noviciado, professou e recebeu uma cuidada
formação teológica, filosófica, literaria e musical. Sua vida foi normal
até os 25 anos, como uma monja a mais do mosteiro, dedicada à cópia de
manuscritos, à costura e aos labores agrícolas da horta monastica. Não
desempenhou cargos importantes, ou ao menos só se conhece que foi
cantora segundo às ordens de Matilde de Hackeborn.
Em 27 de
janeiro de 1281 teve sua primeira experiência mística, que suporía uma
profunda mudança em sua vida. Tratou-se de uma visão de Cristo
adolescente, que lhe dizia: "Não temas, te salvarei, te livrarei...
Volve-te a mim e eu te embriagarei com a torrente de meu divino regalo".
A partir disto deixou os estudos profanos e de literatura pelos estudos
teológicos; e sua existência passou de ser rotineira a viver uma
profunda experiencia mística.
Gertrudes viverá uma intensa vida
mística em meio a vida comunitaria. Muitas vezes sofreu enfermidades,
porém isto não a incapacitou para dedicar-se a escrever diversas obras
literárias entre as que se encontravam comentarios à Sagrada Escritura.
Se perderam quase todas as suas obras, conservando-se só três.
Seus escritos e espiritualidade passaram desapercebidos até 1536 em
que os cartuxos de Colonia imprimem o Memorial. A aceitação e êxito foi
enorme, e produziu-se toda uma corrente espiritual em torno a ela que se
traduziu em reedições contínuas de seus escritos e numerosas
biografias. Por tal êxito, e ao desconhecer o apelido, começou a ser
chamada Gertrudes a Grande, ou a Magna. Gertrudes morreu em 17 de novembro de 1302, em Helfta, aos 45 anos de idade.
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