São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja
15.º sermão sobre a Paixão
Aquele que verdadeiramente venera a Paixão do Senhor deve olhar de tal forma a Jesus crucificado com os olhos do coração, que consiga reconhecer a sua própria carne na dele. [...] A nenhum doente será recusada a vitória da cruz, e não há ninguém que não encontre socorro na oração de Cristo; se ela aproveitou a muitos dos seus algozes, quanto mais não ajudará os que se voltam para Ele?
Esta adopção da nossa natureza pela divindade, graças à qual «o Verbo Se fez carne e habitou entre nós» (Jo 1,14), a ninguém exclui da sua misericórdia, a não ser a quem recusa a fé. Pois o homem tem uma natureza comum com Cristo, se acolher Aquele que a assumiu e se tiver sido regenerado pelo Espírito que O gerou. Além disso, podemos reconhecer as nossas próprias fraquezas [...] naquele que «tomou a condição de escravo» (Fil 2,7). [...]
É nosso, aquele corpo sem vida que jazia no sepulcro mas que ressuscitou ao terceiro dia, e que, elevando-se acima de todas as alturas celestes, subiu até à direita da majestade do Pai. Se caminharmos pela via dos seus mandamentos e se não tivermos vergonha de confessar tudo o que Ele fez pela nossa salvação no rebaixamento da sua carne, também nós seremos elevados até partilhar a sua glória. Porque aquilo que Ele anunciou cumprir-se-á de forma deslumbrante: «Aquele que se pronunciar por Mim diante dos homens, também Eu me pronunciarei por ele diante do meu Pai que está nos céus» (Mt 10,32).
Esta adopção da nossa natureza pela divindade, graças à qual «o Verbo Se fez carne e habitou entre nós» (Jo 1,14), a ninguém exclui da sua misericórdia, a não ser a quem recusa a fé. Pois o homem tem uma natureza comum com Cristo, se acolher Aquele que a assumiu e se tiver sido regenerado pelo Espírito que O gerou. Além disso, podemos reconhecer as nossas próprias fraquezas [...] naquele que «tomou a condição de escravo» (Fil 2,7). [...]
É nosso, aquele corpo sem vida que jazia no sepulcro mas que ressuscitou ao terceiro dia, e que, elevando-se acima de todas as alturas celestes, subiu até à direita da majestade do Pai. Se caminharmos pela via dos seus mandamentos e se não tivermos vergonha de confessar tudo o que Ele fez pela nossa salvação no rebaixamento da sua carne, também nós seremos elevados até partilhar a sua glória. Porque aquilo que Ele anunciou cumprir-se-á de forma deslumbrante: «Aquele que se pronunciar por Mim diante dos homens, também Eu me pronunciarei por ele diante do meu Pai que está nos céus» (Mt 10,32).
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