A minha África
«A convivência entre riqueza e miséria é uma vergonha para a humanidade». Poucas horas depois da conclusão da viagem à África, onde pôde constatar de perto as contradições dessa terra de sofrimento e de esperança, o Papa Francisco voltou a denunciar com vigor o escândalo da pobreza – um escândalo que não está só na África mas em toda a parte – exortando os homens a vencer «o desafio global da nossa época: tutelar a criação reformando o modelo de desenvolvimento para que seja equilibrado, inclusivo e sustentável».
Ao recordar, juntamente com os fiéis presentes na praça de São Pedro na audiência geral de quarta-feira 3 de Dezembro, as etapas principais da visita ao Quénia, Uganda e República Centro-Africana, esta última no coração geográfico do continente, o Pontífice mencionou os momentos mais significativos vividos em Nairobi, a maior cidade da África oriental, Kampala e Bangui, evidenciando em particular a importância dos missionários e dos jovens para a Igreja local. Em relação aos primeiros «homens e mulheres que deixaram a pátria, tudo, levando uma vida de muito trabalho, por vezes dormindo no chão», o Papa explicou que muitos dedicaram «toda a vida pela vida dos outros: muitas religiosas, muitos sacerdotes e religiosos consumiram a vida para anunciar Jesus Cristo. É bonito ver isto», comentou.
Quanto aos segundos, depois de ter constatado que na Europa «há poucos, porque a natalidade é um luxo», dirigiu-se directamente aos jovens presentes, exortando-os: «Pensai no que fazeis da vossa vida. A missionariedade não é fazer proselitismo», ao contrário, é «o testemunho da grande missionariedade heróica da Igreja. Anunciar Jesus Cristo com a própria vida». Por isso Francisco quis dirigir-se aos jovens: «pensa no que queres fazer tu da tua vida», disse idealmente a cada um deles. «É o momento de reflectir e de pedir ao Senhor – recomendou – que te faça ouvir a sua vontade. Mas não excluir, por favor, a possibilidade de se tornar missionário, para levar o amor, a humanidade e a fé aos outros países».
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