Ou santos ou falidos
Ou somos santos ou somos falidos. Não usou rodeios o capuchinho Raniero Cantalamessa, na segunda pregação de Advento pronunciada na sexta-feira 11 de Dezembro na capela Redemptoris Materdo Palácio apostólico: desenvolvendo a sua meditação sobre o quinto capítulo daLumen gentium («A vocação universal para a santidade na Igreja»), o pregador da Casa Pontifícia evidenciou que se os baptizados são «santos por vocação», então «seremos pessoas verdadeiras, bem sucedidas, na medida em que seremos santos» e acrescentou: «o contrário de santo não é pecador, mas falido!».
O franciscano quis relacionar este ciclo de pregações com o cinquentenário do encerramento do Vaticano II e, poucos dias após o início do jubileu, frisou que o ano da misericórdia celebra precisamente a fidelidade da Igreja à promessa do concílio. Aliás, recordou, foi o Papa João XXIII, no discurso de abertura, quem indicou na misericórdia a novidade e o estilo daquela assembleia. E entre as observâncias do concílio, disse o padre Cantalamessa iniciando a meditação, «a mais necessária e urgente» é o apelo à santidade. Não obstante tudo é também «aquele que corre o risco de ser o mais descuidado» porque quem o reclama são «só Deus e a consciência e não pressões ou interesses de grupos particulares na Igreja». E acrescentou com amargura: «Por vezes temos a sensação de que, em certos ambientes e em determinadas famílias religiosas» foram feitos mais «esforço para levar aos altares os próprios fundadores ou irmãos de hábito do que para imitar os seus exemplos e as suas virtudes».
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