O primeiro ponunciamento do Criador do Universo, o Verbo Divino, é LUZ (e o Eterno disse: Seja luz! e foi a Luz). Desde então tudo o que é divino, nobre e elevado, tudo o que se refere ao bem-estar da humanidade, tudo o que aspirta a melhorar as condições ético-sociais do ser humano, tudo o que pretende elevar o nível intelectual do homem, está expresso no pensamento filosófico judaico, pela ideia de "Luz": brilho. Esta luz, da qual a Torá nos fala, era na sua substância mais espiritual do que material; mas segundo a tradição, ela trouxe consigo benefícios materiais e espirituais; em outras palavras: o Universo livrou-se das trevas, e as forças espirituais se uniram com a terra. E desde que o povo de Israel aparece na arena da história universal, suportando ainda o jugo da escravidão egípcia, ele já está ciente da luz espiritual que a Providência Divina lhe há de conceder, luz essa que há de ter um papel transcendental na sua maneira de pensar e de encarar a problemática do seu próprio destino e o do seu meio ambiente...
Esta ideia é lindamente formulada nas palavras do Rei-Cantor David - se disser: decerto que as trevas me oprimirão, então a noite será luz em redor de mim; até as próprias trevas não te serão escuras, porque a noite resplandecerá como o dia, as trevas e a luz são para Ti a mesma coisa... (Sermões - rabino Menahem Diesendruck)
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