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domingo, 24 de março de 2013
Passeio de bicicleta em uma manhã de domingo
A MINHA VIDA É UM SOPRO
Um incidente registrado há pouco tempo demonstra claramente o que o excesso de individualismo e a falta de solidariedade com o próximo tem feito, muitas vezes, de nossas vidas. O ciclista David Santos Souza, de 21 anos, teve o braço direito arrancado ao ser atropelado na Avenida Paulista por um estudante de psicologia.
David Souza passou por uma cirurgia para saturar a área em que o braço foi amputado e teve de ser colocado em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), inicialmente, sem a previsão de alta.
Ninguém está livre de causar algum acidente a outros ou ser vítima de um. Contudo, o que chama a atenção no episódio foi o fato de o infrator ser um jovem estudante que voltava de uma balada com um amigo quando atropelou David por volta de 5h30 de um domingo. O braço do ciclista foi arrancado e ficou preso no para-brisa do carro. O estudante fugiu do local e jogou o braço do rapaz no Córrego do Ipiranga, na Avenida Ricardo Jafet, zona sul de São Paulo. Posteriormente, ele se apresentou à delegacia, sendo indiciado por omissão de socorro, fuga de local de crime e por crime de trânsito.
"Lembra-te Ó Deus, de que
a minha vida é um sopro, os meus olhos
jamais tornarão a ver a felicidade."
De acordo com a Polícia Militar, David foi atropelado na faixa destinada à ciclofaixa de lazer, que está desativada: a ciclofaixa funciona aos domingos e feriados, das 7 às 18 horas.
O que temos feito de errado na criação de nossos filhos? Estaria as nossas escolas falhando em termos educacionais, dando ênfase ao aspecto competitivo no qual "vencer na vida" é mais importante do que qualquer outro valor? Nossa sociedade também está sendo estruturada em termos de um reality show, no qual se aprende o jogo da simulação, da mentira e das aparências, no sentido de não perder a disputa.
Que valores são incutidos na mente de um estudante de psicologia a ponto de fazer sair em fuga de um local sem prestar socorro à vítima? E o que o fez jogar o braço da pessoa ferida em um córrego, como se descarta de algo na certeza de que ficará impune?
A Bíblia nos adverte, caros irmãos, que a morte é o preço do pecado. Ele é quem impede que o Reino de Deus seja pleno em nossas vidas e no próprio mundo. Mas, como cristãos nosso dever não é o de ficarmos incrédulos diante das coisas ruins do mundo, e sim pela nossa ação lutarmos por um mundo melhor.
Como cristãos não somos meros observadores das coisas do mundo, mas seres atuante, lutando no dia a dia, contra a injustiça, a miséria e a falta de compaixão.
E o incidente de uma manhã de domingo, também, mostra como somos vulneráveis como seres humanos, trazendo a nossa mente as palavras de Jó: "Lembra-te Ó Deus, de que a minha vida é um sopro, os meus olhos jamais tornarão a ver a felicidade."
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