quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Santo do dia

Santo do dia : Santa Taís, penitente, séc. IV, S. Simeão, teólogo, +1022,São João Calábria, presbítero, fundador, +1954 

Santa Taís, penitente, séc. IV




Santa Taís foi uma prostituta egípcia. Viveu provalmente no século IV. Foi convertida por um monge chamado Pafúncio. Conta-se que o monge lhe pediu que o recebesse num lugar reservado. Ela respondeu-lhe que não devia temer os homens, mas somente Deus presente em toda parte. Desse encontro, Santa Taís saiu transformada e se converteu, mudando radicalmente de vida. Despojou-se de suas riquezas e levou vida penitente. Passou o resto de seus dias repetindo a seguinte oração: "Vós que me criastes, tende compaixão de mim".

S. Simeão, teólogo, +1022



S. Simeão (ou Simão), o Novo Teólogo
Simeão o Novo Teólogo é o último dos três santos da igreja ortodoxa que teve o título de teólogo, dando-lhe o título de "novo", provavelmente para distingui-lo de outro Simeão contemporâneo. Simeão era um poeta que encarna a tradição mística. Ele escreveu que os seres humanos podem e devem experimentar Deus diretamente.
Ele nasceu na Galácia, estudou em Constantinopla e foi designado como cortesão no atendimento aos imperadores Basil e Constantino Porphyrogenitus. Ele abandonou sua vida de cortesão para se retirar para um mosteiro com a idade de 27 anos. Mais tarde tornou-se abade do mosteiro de São Mammas de Constantinopla.
A rígida disciplina monástica de Simeão irritou alguns no mosteiro. Um dia após a liturgia alguns dos monges atacaram-no e quase o mataram. Depois que eles foram expulsos do mosteiro, Simeão pediu que eles sejam tratados com indulgência. Das autoridades da igreja, também Simeão sofreu severa oposição por considerarem as suas exigências muito difíceis.
Simeão não foi educado em Filosofia grega mas estava bastante familiarizado com a vida da igreja. Ele falou muitas vezes da experiência pessoal direta e de vez em quando atacou alguns estudiosos que via como fingindo ter um conhecimento que não tinham.
Algumas das obras Simeão incluir o seu Discursos CatequéticosHinos do Amor Divino e Três Discursos Teológicos.

São João Calábria, presbítero, fundador, +1954




S. João Calábria
João Orestes Maria Calábria, seu nome de batismo, nasceu em 8 de outubro de 1873, em Verona, Itália, sétimo filho de uma família cristã muito humilde. O pai, Luís, era sapateiro e a mãe, Ângela, uma empregada doméstica e cristã exemplar. Desde pequeno, João teve uma saúde frágil, agravada ainda pela grande fome que atingira a região do Vêneto, norte da Itália, em sua infância, deixando-o subnutrido.
Quando o pai faleceu, teve de interromper o quarto ano do ensino básico para trabalhar como garçom. Com a ajuda de padres amigos da família, começou a estudar para entrar no seminário e, em 1892, conseguiu ingressar no de Verona. Muito preocupado com os necessitados, desde o início teve a preocupação de visitar os doentes, mas desdobrava-se na catequese das crianças abandonadas, suas prediletas.
Em 1894, foi chamado para o serviço militar. Esta fase, segundo seus orientadores, seria interessante para colocar à prova sua verdadeira vocação sacerdotal. Logo foi escalado para a enfermaria do hospital militar, onde se dedicou de corpo e alma a cuidar dos enfermos.
Após dois anos, retornou ao seminário, onde foi aprovado como noviço. Mas o seminarista Calábria nunca mais deixaria de visitar o hospital militar. Em 1901, recebeu sua ordenação sacerdotal.
Designado para o ministério na diocese de Verona, deixou sua marca de bom pastor em várias paróquias onde atuou. Em 1907, foi nomeado vigário da Reitoria de São Benedito ao Monte. Lá, devido à sua especial atenção para com as crianças abandonadas, criou, no mesmo ano, uma casa de acolhida para elas, chamada “Casa dei Buoni Fanciulli”, isto é, “Casa dos Bons Meninos”, cuja sede depois foi transferida para a próxima cidade de São Zeno, onde hoje está a Casa-mãe. Em breve, os lares para as crianças abandonadas foram se estendendo por toda a Itália.
Em decorrência dessa obra, ele acabou fundando também duas congregações religiosas. Primeiro a masculina: dos Pobres Servos da Divina Providência; logo depois o ramo feminino: das Pobres Servas da Divina Providência. A orientação básica que o fundador costumava repetir aos seus religiosos, colaboradores leigos e aos jovens dos lares que criou era muito simples, como foi toda a sua vida: “Sejam evangelhos viventes”. Com isso lhes pedia para encontrarem o amor de Deus vendo o irmão necessitado como a única fonte para poder sentir e demonstrar a verdadeira Paixão de Jesus Cristo pela humanidade.
João Calábria faleceu no dia 4 de dezembro de 1954, na Casa-mãe de suas obras, em São Zeno. O papa Pio XII, que na ocasião também estava doente, quando recebeu a notícia da morte de padre Calábria, cuja vida acompanhou e admirava, assim o definiu: era um “campeão de evangélica caridade”.
Canonizado pelo papa João Paulo II em 1999, a data comemorativa oficial da memória de são João Calábria ocorre no dia 8 de outubro, em vez de 4 de dezembro, por uma especial autorização concedida, a pedido das congregações, pela Santa Sé. Expandidas por toda a Itália, atravessaram oceanos, estabelecendo-se no Uruguai, Brasil, Argentina, Paraguai, Chile, Colômbia, Angola, Filipinas, Índia, Rússia, Romênia e Quênia. Além disso, floresceu um ramo na América Latina: as Irmãs Missionárias dos Pobres, dando vigor e continuidade à obra do santo fundador.

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