Cem mil pessoas na praça de São Pedro com o Papa Francisco na vigília que concluiu o dia de jejum e oração
A paz é possível
E no Angelus a forte denúncia contra a proliferação e o comércio ilegal das armas
"Peço que seja empreendido com coragem e determinação o caminho do
encontro e da negociação". O Papa Francisco volta a propor o caminho que
deve ser seguido para restituir a paz às martirizadas populações da
Síria e de todo o Médio Oriente. "A paz é possível": para reafirmar esta
convicção tinha reunido à sua volta sábado na praça de São Pedro, ao
anoitecer do dia inteiramente dedicado ao jejum e à oração, mais de cem
mil pessoas que quiseram manifestar um planetário desejo de paz. Com
elas e para elas repetiu o urgente grito a pôr fim a qualquer forma de
violência e ao mal que ela gera. "A violência e a guerra - disse - nunca
são o caminho da paz".
"Para que serve fazer tantas guerras, se não se é capaz de fazer esta
guerra profunda contra o mal?", perguntou no dia seguinte, falando aos
fiéis reunidos para a recitação do Angelus. "Há sempre a dúvida -
acrescentou - se esta guerra aqui ou ali é deveras uma guerra devido a
problemas ou é uma guerra comercial para vender estas armas no comércio
ilegal". "Estes - explicou - são inimigos que devemos combater unidos e
com coerência, seguindo unicamente o interesse da paz e do bem comum".
Por fim, o Papa Francisco quis agradecer a quantos de diversos modos,
aderiram à vigília de oração e de jejum.
(©L'Osservatore Romano - 15 de Setembro de 2013)
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