sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Papa Francisco

Ano de graça

· Em São João de Latrão o Pontífice encontrou-se com os sacerdotes romanos e falou do jubileu da misericórdia e em Santa Maria Maior confiou à Virgem o encontro com Cirilo e a visita ao México ·

O Papa Francisco está muito contente com o que está a acontecer neste ano de graça do jubileu. Foi ele mesmo quem o confidenciou aos sacerdotes da diocese de Roma, com os quais se encontrou na manhã de 11 de fevereiro, na basílica de São João de Latrão.
A poucas horas da partida para o México, que começa por Havana com o histórico encontro com o Patriarca de Moscovo, Francisco quis realizar uma «peregrinação quaresmal» ao coração de Roma, indo encontrar os seus sacerdotes. E assim, às 10h30, chegou à basílica de Santa Maria Maior para confiar a visita à Salus populi Romani. Em seguida, por volta das 11h00, deslocou-se a São João de Latrão, onde estava a decorrer o tradicional encontro no início de Quaresma do clero romano. Na basílica o Papa confessou dez sacerdotes, e depois também ele se confessou a um deles.
Quem recebeu Francisco e lhe dirigiu uma saudação foi o cardeal Agostino Vallini, o qual lhe garantiu a proximidade do clero romano nesta viagem que vê no encontro com o Patriarca «uma «mudança na história da unidade». E precisamente a insistência sobre a missão de bispo de Roma, disse o cardeal recordando o dia da eleição de Francisco, fez «admirar muito» também o metropolita ortodoxo Ilarione. Em seguida, o cardeal agradeceu ao Papa esta visita que manteve a tradição do encontro com o seu clero. «Estamos a viver o jubileu com tanta dedicação» garantiu por fim o cardeal, «sobretudo fazendo a experiência da misericórdia através das confissões e da peregrinação».
No seu discurso improvisado, Francisco pediu com insistência aos sacerdotes para viverem profundamente a misericórdia, compreender e perdoar o povo que se vai confessar. Recordou que a carícia de um sacerdote faz muito bem, indicando o exemplo do Senhor que é sempre misericordioso. As pessoas, disse o Papa, devem encontrar no confessor um pai que não deixa que seu filho se afaste.
A ideia do jubileu da misericórdia, confidenciou a seguir, é fruto de uma inspiração espiritual e vem de longe: remonta a Paulo VI, afirmou, recordando também o magistério de João Paulo II, a mensagem de santa Faustyna Kowalska e as catequeses de Bento XVI. Por conseguinte, se o Senhor quer um jubileu da misericórdia, disse, é para que haja misericórdia na Igreja, para que se perdoem os pecados. Por isso, convidou os sacerdotes a serem generosos no perdão e a compreender as diversas linguagens dos penitentes: com efeito, há a linguagem das palavras, mas também a dos gestos que expressam a vontade de obter o perdão de Deus.
O encontro no Latrão assumiu um caráter penitencial. Antes da chegada do Papa, o bispo auxiliar de Roma, D. Angelo De Donatis, que preside ao Serviço para a formação permanente do clero, sugeriu uma reflexão centrada na negação de Pedro. Além disso, como sinal quaresmal, as ofertas recolhidas entre os sacerdotes durante o encontro foram destinadas à Caritas diocesana. Por fim, o cardeal Vallini entregou a todos os sacerdotes romanos, em nome do Papa, o livro Il nome di Dio è misericordia. O Pontífice regressou ao Vaticano por volta das 13h00.
Na tarde do dia anterior o Papa Francisco tinha celebrado na basílica de São Pedro a missa da quarta-feira de Cinzas, introduzindo a Igreja no tempo quaresmal. No final conferiu o mandato aos missionários da misericórdia. E na homilia pediu aos fiéis presentes que vençam hipocrisia, mundanidade e indiferença, pondo-se a caminho e deixando-se reconciliar com o Pai.
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