sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Papa Francisco

Com o acolhimento
pomos tudo em jogo

· Francisco recebe os participantes no jubileu dos agentes de peregrinações e reitores de santuários ·

«Com o acolhimento pomos tudo em jogo». Portanto, quantos organizam e animam as peregrinações, assim como os reitores dos santuários, estão chamados a oferecer «um acolhimento afectuoso, festivo, cordial e paciente». Foi a recomendação que Francisco confiou esta manhã, quinta-feira 21 de Janeiro, na sala Paulo VI, aos sete mil participantes no jubileu desta categoria de agentes pastorais, que vieram das principais localidades de devoção popular de cerca vinte países do mundo.
«Ir peregrinos aos santuários é uma das expressões mais eloquentes da fé do povo de Deus – recordou – e manifesta a piedade de gerações de pessoas, que com simplicidade acreditaram e se entregaram à intercessão da Virgem Maria e dos Santos». Aliás, acrescentou, «esta religiosidade popular é uma forma genuína de evangelização, que deve ser sempre promovida e valorizada», sem minimizar a sua importância. Francisco realçou que o Papa Montini, falando da religiosidade popular, preferia chamá-la «piedade popular», ao passo que o episcopado latino-americano no documento de Aparecida a definiu «espiritualidade popular». «Os três conceitos – comentou – são válidos, mas juntos. Com efeito, nos santuários as pessoas vivem a sua profunda espiritualidade, com devoções simples, mas muito significativas», como por exemplo a oração a Cristo crucificado, o rosário ou a Via-Sacra.
Depois de ter evidenciado que «seria um erro pensar que quem vai em peregrinação viva uma espiritualidade não pessoal, mas «de massa», o Pontífice explicou que «o santuário é realmente um espaço privilegiado para encontrar o Senhor e experimentar a sua misericórdia», sobretudo através do sacramento da confissão. Enfim, Francisco aprofundou o tema do acolhimento, sublinhando que os «Evangelhos apresentam Jesus sempre acolhedor».
No mesmo dia foi divulgada a decisão do Papa de modificar a rubrica do Missal Romano relativo ao lava-pés durante a missa na Ceia do Senhor, estabelecendo que a participação no rito já não deve ser limitada só aos homens ou aos rapazes.
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