sábado, 31 de outubro de 2015

O segredo do último lugar

Comentário do dia:

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão 37 sobre o Cântico dos Cânticos



Se soubéssemos claramente em que lugar Deus coloca cada um de nós, aceitaríamos tal decisão sem nunca nos colocarmos nem acima nem abaixo desse lugar. Mas, no nosso estado presente, os decretos de Deus estão envoltos em trevas e a sua vontade está-nos oculta. Por isso, o mais seguro, de acordo com o conselho da própria Verdade, é escolhermos o último lugar, de onde nos tirarão depois com honra, para nos darem um melhor. Ao passarmos debaixo de uma porta muito baixa, podemos baixar-nos tanto quanto quisermos sem nada temer; mas, se nos levantarmos um dedo que seja acima da altura da porta, bateremos com a cabeça. É por isso que não devemos recear nenhuma humilhação, mas antes temer e reprimir o menor movimento de auto-suficiência.


Não vos compareis, nem com os que são maiores que vós, nem com os vossos inferiores, nem com quaisquer outros, nem sequer com um só. Que sabeis sobre eles? Imaginemos um homem que parece o mais vil e desprezível de todos, cuja vida infame nos horroriza. Pensais que o podeis desprezar, não só por comparação convosco mesmos, que aparentemente viveis em sobriedade, justiça e piedade, mas até por comparação com outros malfeitores, dizendo que ele é o pior de todos. Mas sabeis se ele não será um dia melhor que vós e se o não é já aos olhos do Senhor? Por isso é que Deus não quis que ocupássemos um lugar intermédio, nem o penúltimo, nem sequer um dos últimos, mas disse: «Toma o último lugar», a fim de ficarmos verdadeiramente sós na última fila. Desse modo não pensareis, já não digo em preferir-vos, mas simplesmente em comparar-vos com quem quer que seja.     

Papa Francisco

Capazes de compaixão

· ​Missa em Santa Marta ·

O perdão de Deus não é uma sentença do tribunal que pode absolver por «insuficiência de provas». Ao contrário, nasce da compaixão do Pai por todas as pessoas. E é esta precisamente a missão de cada sacerdote, que deve ter a capacidade de se comover para entrar deveras na vida do seu povo. Reafirmou Francisco na missa celebrada na manhã de sexta-feira, 30 de Outubro, na capela da Casa de Santa Marta.
A compaixão, frisou o Papa na homilia pronunciada em espanhol, é «uma das virtudes, por assim dizer, um atributo que Deus possui». Isto é-nos narrado por Lucas no trecho evangélico (14, 1-6) proposto pela liturgia. Deus, afirmou Francisco, «tem compaixão; compaixão por cada um de nós; compaixão pela humanidade e enviou o seu Filho para a curar, regenerar, recriar, renovar». Por isso, prosseguiu, «é interessante que na parábola do filho pródigo, que todos conhecemos, se diz que quando o pai – imagem de Deus que perdoa – vê que o filho volta, sente compaixão».
«A compaixão de Deus não é sentir pena: uma não tem nada a ver com a outra», advertiu o Papa. De facto, «posso sentir pena por um cãozinho que está a morrer ou por uma situação». E «sinto pena também por uma pessoa: faz-me pena, sinto muito que lhe esteja a acontecer algo». Mas «a compaixão de Deus é entrar no problema, na situação do outro, com o seu coração de Pai». E «por isso enviou o seu Filho».
«Constatamos a compaixão de Jesus no Evangelho», prosseguiu Francisco, recordando que «Jesus curava as pessoas sem ser um curandeiro». Aliás Jesus «curava as pessoas como sinal – além de as curar verdadeiramente – como sinal da compaixão de Deus, para salvar, para reconduzir a ovelha perdida ao redil, repor no porta-moedas as dracmas perdidas pela mulher», acrescentou referindo-se às parábolas evangélicas.
«Deus sente compaixão» repetiu o Pontífice. E «com coração de Pai, entrega o seu coração por cada um de nós». Com efeito, «quando Deus perdoa, perdoa como Pai, não como um oficial judiciário que lê os actos de um processo e diz: “sim, na realidade pode ser absolvido por insuficiência de provas...”». Deus «perdoa-nos a partir de dentro, perdoa porque entrou no coração daquela pessoa».
Depois, Francisco recordou que «quando Jesus deve apresentar-se na sinagoga, em Nazaré, pela primeira vez, e lhe dão a ler o livro, cabe-lhe precisamente o anúncio do profeta Isaías: “Fui enviado para anunciar a boa nova, para libertar quantos se sentem oprimidos”». Estas palavras significam, explicou, «que Jesus foi enviado por Deus para entrar em cada um de nós, libertando-nos dos nossos pecados, dos nossos males e para anunciar “a boa nova”». De facto, o «anúncio de Deus» «é jubiloso».
E esta é também a missão de cada sacerdote: «Comover-se, comprometer-se na vida do povo, porque um presbítero é um sacerdote, assim como Jesus é sacerdote». Contudo, acrescentou o Pontífice, «quantas vezes – e depois tivemos que nos ir confessar – criticámos aqueles sacerdotes aos quais não interessa o que acontece aos seus paroquianos, que não se preocupam por eles: “não, não é um bom sacerdote”, dissemos». Porque «um bom sacerdote compromete-se». Exactamente como faz desde há sessenta anos o cardeal mexicano Javier Lozano Barragán, arcebispo-bispo emérito de Zacatecas e presidente emérito do Pontifício Conselho para a pastoral no campo da saúde, apesar dos seus problemas de saúde. A ele – presente na missa juntamente com noventa fiéis mexicanos – Francisco dirigiu-se com particular afecto no aniversário da sua ordenação sacerdotal, ocorrida a 20 de Outubro de 1955.
Ao cumprimentar o cardeal, dando graças a Deus pelo seu serviço especialmente às pessoas que sofrem, o Papa aproveitou a ocasião para apresentar de novo o perfil essencial desse sacerdote, reconhecido antes de tudo pela sua capacidade de cuidar do povo, primeiro na paróquia e depois também como bispo, comprometido num dicastério da cúria romana. Sessenta anos de vida sacerdotal, afirmou o Papa, contêm certamente uma grande riqueza de encontros, de problemas humanos, de escuta e de perdão. Sempre ao serviço da Igreja.
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Conferência episcopal italiana

O sonho de Deus

· Mensagem da Conferência episcopal italiana para o 38º dia nacional pela vida ·

«Todos os que se põem ao serviço da pessoa humana realizam o sonho de Deus»: recordaram os bispos italianos, que difundiram hoje a mensagem para o 38º dia nacional pela vida, que se celebra a 7 de Fevereiro de 2016. «A misericórdia faz florescer a vida» é o título do documento, assinado pelo Conselho permanente da Cei. 
Contagiar com misericórdia, lê-se na mensagem, «significa ajudar a nossa sociedade a sarar de todos os atentados à vida. A lista é impressionante: “É atentado à vida – escrevem os bispos, citando o discurso do Pontífice aos participantes no encontro promovido pela Associação Ciência e Vida a 30 de Maio de 2015 – a chaga do aborto. É atentado à vida deixar morrer os nossos irmãos nas embarcações no canal da Sicília. É atentado à vida a morte no trabalho porque não se respeitam as mínimas condições de segurança. É atentado à vida a morte por subalimentação. É atentado à vida o terrorismo, a guerra, a violência; mas também a eutanásia. Amar a vida é sempre cuidar do outro, querer o seu bem, cultivar e respeitar a sua dignidade transcendente”». A misericórdia, recordam os prelados, «fará florescer a vida: a dos migrantes rejeitados nos barcos ou nos confins da Europa, a vida de crianças obrigadas a ser soldados, a vida das pessoas idosas excluídas do aconchego do lar e abandonadas em asilos, a vida de quem é explorado por patrões sem escrúpulos, a vida de quantos não vêem reconhecido o seu direito a nascer», porque, como disse Francisco em Santa Marta a 16 de Março passado, «somos nós o sonho de Deus que, como um verdadeiro apaixonado, quer mudar a nossa vida».
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Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado»

Evangelho segundo S. Lucas 14,1.7-11.
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus, para tomar uma refeição. Todos O observavam.
Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola:
«Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu;
então, aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar.
Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».

«Os meus pés vacilam»

Livro de Salmos 94(93),12-13a.14-15.17-18.
Feliz o homem a quem Vós ensinais, Senhor, e instruís na vossa lei,
para lhe dar a paz nos dias de angústia.
O Senhor não rejeita o seu povo nem abandona a sua herança.
Mas há-de julgar com justiça e hão-de segui-la todos os corações retos.
Se o Senhor não viesse em meu auxílio, em breve a minha alma habitaria no silêncio.
Quando digo: «Os meus pés vacilam», a vossa bondade, Senhor, me sustenta.


Porque os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis.

Carta aos Romanos 11,1-2a.11-12.25-29.
Irmãos: Eu pergunto: Teria Deus rejeitado o seu povo? De modo nenhum. Porque eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.
Deus não rejeitou o seu povo, que de antemão conheceu.
Pergunto ainda: Teria Israel tropeçado para cair definitivamente? De modo nenhum. Mas da sua queda resultou a salvação dos gentios, para provocar a emulação de Israel.
Se a sua queda se tornou riqueza para o mundo e o seu declínio riqueza para os gentios, que não fará a sua participação plena na salvação?
Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para não pensardes que sois sábios: O endurecimento de uma parte de Israel durará até que chegue à salvação a plenitude dos gentios.
Então todo Israel será salvo, como diz a Escritura: «De Sião virá o Libertador, que afastará as iniquidades de Jacob.
E esta será a aliança que farei com eles, quando perdoar os seus pecados».
Quanto ao Evangelho, eles são inimigos de Deus para vossa utilidade; mas quanto à escolha divina, são por Ele amados por causa dos seus pais.
Porque os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis.

Santo do dia

Sabado, dia 31 de Outubro de 2015

Santo do dia : Santo Afonso Rodrigues, viuvo, religioso, +1617 


Sabado, dia 31 de Outubro de 2015

Santo Afonso Rodrigues, viuvo, religioso, +1617

image Saber mais sobre os Santos do dia


O humílimo Afonso Rodriguez ancorou na vida religiosa após uma infeliz experiência matrimonial. Educado no colégio jesuíta de Alcalá, teve de abandonar os estudos para tomar o lugar do pai no comércio de tecidos, casando-se aos 27 anos de idade. Tendo perdido a esposa e os filhos, angustiado procurou continuar a sua vida como comerciante até se descuidar, caindo em dívidas e a cada dia mais perdendo o gosto pelas coisas materiais. Sentindo-se chamado para a vida religiosa, ingressou na Companhia de Jesus como simples irmão coadjutor. Durante quase quarenta anos foi religioso exemplar, exercendo o humilde mister de porteiro. Foi o Jesuíta e confessor, que preparou São Pedro Claver, que seria o apóstolo dos escravos negros. Santo Afonso Rodriguez era de facto um grande mestre na oração. Dotado de dons sobrenaturais e carismas, desenvolveu grande apostolado, chegando a possuir numeroso grupo de discípulos, entre os quais São Pedro Claver. Deixou escritos que revelam uma sabedoria nada livresca, muito verdadeira e profunda. Foi canonizado pelo Papa Leão XIII.

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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

«O sábado foi feito para o homem» (Mc 2,27)

Comentário do dia:

O shabbat, o sétimo dia abençoado e consagrado por Deus, ao mesmo tempo que encerra toda a obra da criação, está em ligação imediata com a obra do sexto dia, quando Deus fez o homem «à sua imagem e semelhança» (cf Gn 1,26). Esta relação directa entre o «dia de Deus» e o «dia do homem» não passou despercebida aos Padres, na sua meditação sobre o relato bíblico da criação. A este propósito, diz Santo Ambrósio: «Demos, pois, graças ao Senhor nosso Deus, que fez uma obra onde Ele pudesse encontrar descanso. Fez o céu, mas não leio que aí tenha repousado; fez as estrelas, a lua, o sol, e também não leio que tenha descansado neles. Mas, ao contrário, leio que fez o homem e que então Se repousou, tendo nele alguém a quem podia perdoar os pecados.»
Assim, o «dia de Deus» estará sempre directamente relacionado com o «dia do homem». Quando o mandamento de Deus diz: «Recorda-te do dia de sábado, para o santificares» (Ex 20,8), a pausa prescrita para honrar o dia a Ele dedicado não constitui de modo algum uma imposição gravosa para o homem, mas antes uma ajuda, para que se consciencialize da sua dependência vital e libertadora do Criador e, simultaneamente, da vocação para colaborar na sua obra e acolher a sua graça. Deste modo, honrando o «repouso» de Deus, o homem encontra-se plenamente a si próprio, e assim o dia do Senhor fica profundamente marcado pela bênção divina (cf Gn 2,3) e, graças a ela, dir-se-ia dotado, como acontece com os animais e com os homens (cf Gn 1,22.28), de uma espécie de «fecundidade». Esta exprime-se, não só no constante acompanhamento do ritmo do tempo, mas sobretudo no reanimar e, de certo modo, «multiplicar» do próprio tempo, aumentando no homem, com a lembrança do Deus vivo, a alegria de viver e o desejo de promover e dar a vida.
São João Paulo II (1920-2005), papa
Carta Apostólica «Dies Domini», 61 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

Papa Francisco

Uma oração silenciosa

Uma oração silenciosa, juntos, que cada um recitou segundo a própria tradição religiosa, para sermos «mais irmãos entre nós e mais servos dos nossos irmãos necessitados». Aceitaram o convite do Papa, na praça de São Pedro, os numerosos representantes de outras religiões que participaram na especial audiência geral pelos cinquenta anos da declaração Nostra aetate. O encontro, desejado por Francisco, foi uma comum invocação pela paz, um fraterno testemunho de diálogo diante do mundo também para dizer não a qualquer violência. Tomaram a palavra no início do encontro na praça de São Pedro os cardeais Jean-Louis Tauran e Kurt Koch, respectivamente presidentes dos Pontifícios Conselhos para o diálogo inter-religioso e para a promoção da unidade dos cristãos, e apresentaram ao Papa conteúdos e participantes da especial audiência inter-religiosa.
Esta audiência especial foi realizada em dois momentos. O Papa explicou o motivo dela. Ao chegar à praça, Francisco recordou imediatamente que «esta audiência se realizará em dois lugares: nós aqui na praça e os doentes na sala Paulo VI» para seguir o encontro através dos «ecrãs gigantes porque o tempo está mau devido à chuva e para os doentes teria sido muito difícil». Em seguida, convidou todos a fazer «um pouco de silêncio: rezemos ao Senhor, que Deus esteja connosco nesta audiência».
Antes do encontro na praça, o Papa recebeu as pessoas doentes e deficientes na sala Paulo VI. «Estais aqui hoje não porque vos colocamos numa prisão, mas porque está a chover» disse-lhes brincando. «Agora penso que tenha parado – acrescentou – mas é instável, assim estais mais cómodos e tranquilos e podeis assistir à audiência através dos ecrãs gigantes. E eu direi aos que estão na praça que estais aqui e assim cumprimentamo-nos e estamos todos juntos». Pedindo que não se esqueçam de rezar por ele e garantindo a própria oração, o Pontífice convidou os presentes a «oferecer a Jesus o sofrimento da doença». E se «as doenças são horríveis para todos, na tristeza e na dor», é preciso pedir ao Senhor a graça de não «perder a esperança que nos dará a alegria». A Ave-Maria e a bênção concluíram o encontro com os doentes.
A audiência na praça de São Pedro, depois das palavras introdutórias do Papa, teve início com as intervenções dos cardeais Tauran e Koch. «Na nossa comum busca da paz – disse o primeiro – dá-nos alegria a promessa do profeta Isaías: o Senhor rasgará neste monte o véu que cobria a face de todos os povos». Precisamente «do caminho rumo àquele monte – prosseguiu – que às vezes foi uma subida difícil, mas sempre exaltante, nestes primeiros cinquenta anos, nós, reunidos hoje com o Papa, somos testemunhas, herdeiros e protagonistas».
O cardeal Koch fez-se porta-voz dos representantes do judaísmo e em particular da delegação do World Jewish Congress. Em todos, afirmou, existe a consciência de que esta «audiência é um importante contributo para o aprofundamento da cultura do encontro entre as pessoas, os povos e as religiões» que «está muito a peito» a Francisco. 
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Jesus

Evangelho segundo S. Lucas 14,1-6.
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus, para tomar uma refeição. Todos O observavam.
Diante d’Ele encontrava-se um hidrópico.
Jesus tomou a palavra e disse aos doutores da lei e aos fariseus: «É lícito ou não curar ao sábado?».
Mas eles ficaram calados. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e mandou-o embora.
Depois disse-lhes: «Se um filho vosso ou um boi cair num poço, qual de vós não irá logo retirá-lo em dia de sábado?».
E eles não puderam replicar a estas palavras.

Envia à terra a sua palavra

Livro de Salmos 147,12-13.14-15.19-20.
Glorifica, Jerusalém, o Senhor,
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos.

Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor da farinha.
Envia à terra a sua palavra,
corre veloz a sua mensagem.

Revelou a sua palavra a Jacob,
suas leis e preceitos a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
a nenhum outro manifestou os seus juízos.

Deus bendito por todos os séculos

Carta aos Romanos 9,1-5.
Irmãos: Em Cristo digo a verdade, não minto, e disso me dá testemunho a consciência no Espírito Santo:
Sinto uma grande tristeza e uma dor contínua no meu coração.
Quisera eu próprio ser anátema, separado de Cristo, para bem dos meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu,
que são israelitas, a quem pertencem a adoção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas,
a quem pertencem os Patriarcas e de quem procede Cristo segundo a carne, Ele que está acima de todas as coisas, Deus bendito por todos os séculos. Amen.

Santo do dia

Santo do dia : S. Geraldo de Potenza, bispo, +1119, Beata Maria Restituta Kafka, religiosa, mártir, +1943 

S. Geraldo de Potenza, bispo, +1119




S.Geraldo era natural de Placência e transferiu-se para Potenza. No Martirológio Romano, é fixada a memória de São Geraldo, bispo de Potenza, na Lucânia. Foi escolhido bispo por suas virtudes. Morreu apenas oito anos após a sua escolha para o episcopado. O seu sucessor, Manfredo, escreveu a vida do bispo S. Geraldo.
Mas há outro Geraldo, também ele de Potenza, que teve fama bem superior ao bispo medieval. Trata-se de São Geraldo Majela, um dos santos mais populares da Itália meridional (+1755). E há motivo para esta popularidade: ele era invocado sobretudo pelas gestantes e parturientes.
Sua vida está repleta de privações, de sofrimentos, de humilhações, mas tudo está profundamente animado, finalizado com um encontro vivo e pessoal com Deus. São Geraldo, no seu leito de morte, podia afirmar não saber o que fosse uma tentação impura: tinha sobre a mulher uma concepção superior - olhava toda a mulher como uma imagem de Nossa Senhora, "louvor perene à Santíssima Trindade".
Eram entusiasmos místicos de uma alma simples, mas cheia de amor espiritual. Exclamava frequentemente: "Meu querido Deus, meu Espirito Santo", sentindo dentro de si a bondade e o amor infinitos de Deus.
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Beata Maria Restituta Kafka, religiosa, mártir, +1943




Beata Maria Restituta Kafka
No dia 1º de maio de 1894 nasceu Helene, filha de Anton e Maria Kafka na cidade de Brno, atual República Checa. Naquele tempo a região chamava-se Morávia e estava sob o governo do imperador austríaco Francisco José.
No ano de 1896, a família Kafka transferiu-se para Viena, capital do Império. Helene concluiu os estudos com o diploma de enfermeira e o desejo de se tornar religiosa. Inicialmente ela conformou-se com a negativa dos pais, mas ao completar vinte anos, ingressou na congregação das Franciscanas da Caridade Cristã, com a benção da família. Como religiosa adotou o nome de sua mãe e o de uma mártir do primeiro século. Assim passou a chamar-se irmã Maria Restituta. Porém, logo recebeu o apelido carinhoso de "irmã Resoluta", pelo modo cordial e decidido e por sua segurança e competência como enfermeira de sala cirúrgica e anestesista.
No hospital de Modling, em Viena, a religiosa se tornou uma referência para os médicos, enfermeiras e especialmente para os doentes, aos quais soube comunicar com lucidez o amor pela vida, na alegria e na dor.Irmã Restituta durante muitos anos serviu a Deus nos doentes, pelos quais se dedicou incansavelmente.
Em março de 1938, Hitler mandou o exercito ocupar a Áustria. Viena tornou-se uma das bases centrais do comando nazi alemão. Irmã Restituta colocou-se logo contrária a toda aquela loucura desumana. Não teve receio de mostrar que sendo favorável à vida não apoiaria jamais ao nazismo de Hitler, fosse qual fosse o preço. .Por isto, quando os nazis retiravam o Crucifixo também das salas de cirurgias, ela serenamente o recolocava no lugar, de cabeça erguida, desafiando o comando e os soldados nazistas. Como não se submetia e muito menos se "dobrava", os nazis eliminaram-na. Foi presa em 1942.
Para ela, que era chamada irmã "Resoluta", a prisão tornou-se uma espécie de lugar de graça, para honrar o nome com que se tinha consagrado: Restituta, aquela que foi restituída para Deus. Por isto, olhando para a força redentora da Cruz, a sua consciência da Vida Eterna tornou-se mais verdadeira no coração. A coragem que lhe era própria tornou-se mais firme. Irmã Resoluta esperou cinco meses na prisão para morrer.
Em 30 de março de 1943, foi decapitada. Para as franciscanas mandou uma mensagem: "Por Cristo eu vivi, por Cristo desejo morrer". E na frente dos assassinos nazis, antes que o carrasco levantasse a mão que a mataria, irmã Restituta disse ao capelão: "Padre, me faça na testa o sinal da Cruz".

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

«A Jerusalém do alto é livre, e ela é nossa mãe» (Gal 4, 26)



Comentário do dia:

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Carta 58, 2-4



Não é por termos estado em Jerusalém que devemos felicitar-nos, mas por termos vivido bem. A cidade que é preciso procurar não é aquela que matou os profetas e verteu o sangue de Cristo, mas aquela que um rio impetuoso enche de júbilo, aquela que, construída sobre uma montanha, não pode ser escondida, aquela que o apóstolo Paulo proclama ser mãe dos santos e na qual os justos se regozijam de habitar (Sl 45,5; Mt 5,14; Gal 4,26) [...]. Não ousarei limitar o poder de Deus a uma região ou confinar num recanto da terra Aquele que o céu não pode conter. Cada crente é apreciado pelo mérito da sua fé e não pelo lugar em que habita; e os verdadeiros adoradores não têm necessidade de Jerusalém ou do monte Garizim para adorar o Pai, porque «Deus é espírito» e os seus adoradores devem «adorá-Lo em espírito e verdade» (Jo 4,21-23). Ora «o Espírito sopra onde quer» (Jo 3,8) e «a terra é do Senhor, assim como tudo o que ela contém» (Sl 23,1). [...]

Os lugares santos da cruz e da ressurreição só são úteis aos que levam a sua cruz, ressuscitam com Cristo cada dia e se mostram dignos de habitar em tais lugares. Quanto aos que dizem: «Templo do Senhor, Templo do Senhor, Templo do Senhor» (Jer 7,4), ouçam esta palavra do apóstolo: «Vós é que sois o templo de Deus, se o Espírito Santo habita em vós» (1Cor 3,16). [...]

Não creio que falte alguma coisa à tua fé por não teres visto Jerusalém, nem não me julgo melhor por habitar neste lugar. Mas, aqui ou noutro sítio, receberás igual recompensa segundo as tuas obras perante Deus.

Papa Francisco

Somos irmãos

· Na audiência geral com os representantes de diversas religiões o Papa recorda o cinquentenário da «Nostra aetate» ·

«Irmãos» que rezam juntos: foi a imagem transmitida da praça de São Pedro na manhã de quarta-feira, 28 de Outubro, durante a audiência geral que o Papa quis transformar num encontro entre representantes de diversas religiões para comemorar o cinquentenário da declaração conciliar Nostra aetate. Não obstante a chuva, numerosos fiéis vieram de longe para responder ao convite do Papa e dos Pontifícios conselhos para o diálogo inter-religioso e para a promoção da unidade dos cristãos (do qual depende a Comissão para as relações com o judaísmo), que organizaram um congresso internacional encerrado na parte da tarde pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado.
«Somos irmãos» recordou o Pontífice dirigindo-se a judeus e muçulmanos, hindus e budistas, jainistas e sikh, representantes do confucionismo, do tenrikyo e das religiões tradicionais africanas, que no final da audiência na praça de São Pedro rezaram juntos em silêncio «uns pelos outros, cada um segundo a própria tradição. Peçamos ao Senhor – invocou o Papa – que nos torne mais irmãos entre nós e mais servos dos irmãos necessitados».
Na catequese Francisco afirmou a actualidade do documento nascido do concílio Vaticano II, cujo tema – recordou – «estava fortemente a peito ao beato Paulo VI, que instituíra o Secretariado para os não-cristãos». Seguindo o exemplo da Nostra aetate realizaram-se ao longo dos anos iniciativas e encontros significativos, como o de Assis «desejado e promovido por são João Paulo II».
Em tal contexto, explicou Francisco, «uma especial acção de graças a Deus merece a transformação que teve a relação entre cristãos e judeus. Indiferença e oposição mudaram em colaboração e benevolência. De inimigos e estranhos, tornamo-nos amigos e irmãos». E isto, acrescentou, «é válido analogamente para as relações com as outras religiões», sobretudo com os muçulmanos.
Frisando que o diálogo neste campo deve ser «aberto e respeitador» para ser «frutuoso», o Pontífice afirmou que «o respeito recíproco é condição e, ao mesmo tempo, finalidade do diálogo inter-religioso». De resto, disse, o mundo «pede-nos respostas efectivas sobre inúmeros temas: a paz, a fome, a miséria, a crise ambiental, a violência, em particular a perpetrada em nome da religião, a corrupção, a degradação moral, as crises da família, da economia, das finanças, e sobretudo da esperança». Certamente, o Papa está ciente de que os crentes não têm «receitas para estes problemas», mas têm «um grande recurso: a oração». E isto é ainda mais válido numa fase em que «por causa da violência e do terrorismo difundiu-se uma atitude de suspeita ou até de condenação das religiões», também porque nenhuma delas parece «estar isenta do risco de desvios fundamentalistas ou extremistas».
Apesar disto, «é preciso olhar para os valores positivos» que as religiões vivem e propõem. «O diálogo baseado no respeito confiante – garantiu o Papa – pode lançar sementes de bem que se tornam rebentos de amizade e de colaboração no serviço aos pobres, às crianças, aos idosos, no acolhimento dos migrantes, na atenção pelos excluídos» e no «cuidado de uns pelos outros e pela criação». Por fim, nas saudações, exortou à solidariedade com as populações vítimas do sismo no Paquistão e Afeganistão.
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Jesus

Evangelho segundo S. Lucas 13,31-35.
Naquele dia, aproximaram-se alguns fariseus, que disseram a Jesus: «Vai-te daqui, porque Herodes quer matar-te».
Jesus respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Eu expulso demónios e realizo curas hoje e amanhã; ao terceiro dia chego ao meu fim.
Mas hoje, amanhã e depois de amanhã, devo seguir o meu caminho, porque não é possível que um profeta morra fora de Jerusalém.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados, quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das suas asas! Mas vós não quisestes.
Pois bem. A vossa casa vai ficar abandonada. E Eu vos digo: Não voltareis a ver-Me, até chegar o dia em que direis: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor!’».

Agradecerei bem alto ao Senhor,

Livro de Salmos 109(108),21-22.26-27.30-31.
Senhor, vinde em meu auxílio, por amor do vosso nome, livrai-me, pela vossa grande misericórdia,
porque sou pobre e indigente
e tenho o coração amargurado.
Socorrei-me, Senhor, meu Deus,

salvai-me pela vossa bondade
e reconheçam que isto é obra das vossas mãos,
que fostes Vós, Senhor, que assim fizestes.
Agradecerei bem alto ao Senhor,

louvá-l’O-ei no meio da multidão,
porque Ele Se coloca à direita do pobre,
para o salvar dos que o condenam.

Se Deus está por nós, quem estará contra nós?

Carta aos Romanos 8,31b-39.
Irmãos: Se Deus está por nós, quem estará contra nós?
Deus, que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós, como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas?
Quem acusará os eleitos de Deus, se Deus os justifica?
E quem os condenará, se Cristo Jesus morreu e, mais ainda, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós?
Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo ou a espada?
Assim está escrito: «Por tua causa somos sujeitos à morte o dia inteiro; somos tomados como ovelhas para o matadouro».
Mas em tudo isto somos vencedores, graças Àquele que nos amou.
Na verdade, eu estou certo de que nem a morte nem a vida, nem os Anjos nem os Principados, nem o presente nem o futuro, nem as Potestades
nem a altura nem a profundidade nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que se manifestou em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Santo do dia

Quinta-feira, dia 29 de Outubro de 2015


Santo do dia : S. Narciso, bispo de Jerusalém, +212, Santa Ermelinda, virgem, eremita, séc. VI, Beata Chiara Luce Badano, virgem +1990 



S. Narciso, bispo de Jerusalém, +212




Segundo Eusébio, S. Narciso era natural da Palestina e foi o 15º bispo de Jerusalém, eleito em 189. Presidiu ao concílio de Cesareia (197) e encabeçou a lista de assinaturas de uma carta que o episcopado da Palestina enviara ao papa S. Vitor. Nesta carta, os bispos declaravam observar os rito e usos da Igreja romana. Contam que certa vez fora acusado de um crime que não cometera. Os caluniadores confirmaram por falsos juramentos a acusação. O primeiro dissera que se estivesse mentindo que o queimassem vivo. Já o segundo chamou sobre si a praga de lepra, se o que havia dito não fosse verdade. Por fim, o terceiro jurou pela luz de seus olhos que estava falando a verdade. Narciso ficou muito desgostoso e resolveu deixar a cidade secretamente. Foi para o deserto de Nítria, onde viveu oculto durante 8 anos. Aconteceu, então, que abateu sobre os caluniadores o mal que cada um havia arrogado sobre si: o primeiro morreu queimado; o segundo foi consumido pela lepra; e o terceiro ficou cego. Voltando a Jerusalém resolveu reassumir juntamente com o bispo Górdio o pastoreio de sue rebanho. Morreu por volta de 212, aos 116 anos de idade.









Beata Chiara Luce Badano, virgem +1990




Chiara  Luce  Badano
  Chiara  Luce  Badano nasceu a 29 de Outubro de 1971, em Sassello,  uma  pequena cidade nos Apeninos. Era a primeira e única filha de Rogero  Badano,  camionista e de Mª Teresa  Caviglia, operária, casados há 11 anos sem  conseguirem  ter filhos. O  pai  pediu  a Nossa Senhora da Rocha a graça da paternidade e viu o seu pedido atendido. A mãe testemunhava  que “mesmo com essa alegria imensa compreenderam logo que ela não era somente sua filha, mas que era antes de tudo, filha de Deus". A mãe deixou de trabalhar para cuidar da filha.
  Chiara  revelou-se  desde cedo uma criança inteligente, viva, desportiva e muito comunicativa. Era conciliadora, mas não abdicava de defender as suas ideias. Recebeu desde cedo uma sólida educação cristã, graças aos pais, mas também à sua integração na comunidade paroquial, cujo pároco lhe dá fascinantes aulas de catequese, e ainda pela influência das amizades que Chiara constrói.
  Aos 9 anos participa num encontro das “Gen 3” do movimento  Foccolare. Aí conhece o ideal da unidade. O Evangelho passa a ser algo dinâmico na sua vida. E decide dizer sempre Sim a Jesus. Torna-se a amiga dos últimos. Deseja partir um dia para África para “curar os meninos”.
  No dia da sua primeira Comunhão recebe um livro com os Evangelhos. Ela própria comenta: "- Como para mim foi fácil aprender o alfabeto, também deve ser fácil viver o Evangelho”.
  Continua os seus estudos de forma normal, sendo uma boa aluna. Frequenta o liceu clássico. Participa nas actividades do Movimento Foccolare. Mas um  dia, ao jogar ténis, tinha então 17 anos, sente uma dor aguda no ombro. Inicialmente nem ela nem os médicos dão grande importância ao facto. Mas as dores continuam e são necessários exames mais profundos. O diagnóstico é devastador: sarcoma  osteogénico  com metástese,  um dos tipos mais graves e dolorosos de tumor.
  Chiara  acolhe a notícia com coragem: - Eu vou vencer! Sou jovem.
    Os tratamentos começam e durante eles o altruísmo de Chiara chama a atenção. Sai da cama par ajudar uns e outros. Certo dia foi uma toxicodependente deprimida que a fez saltar do leito, apesar das intensas dores. Enfrenta depois duas operações. A quimioterapia provoca a queda do cabelo o que a faz sofrer bastante. Perante cada etapa do sofrimento vai repetindo : - Por  ti, Jesus!”

  A um amigo, que partia para África, ela dá todo o dinheiro que havia economizado, dizendo :
  - Para  mim não serve. Eu tenho tudo!
  Ao longo da doença nunca se revolta. Passa a aceitar todos os padecimentos, dizendo a Jesus: - Se tu o queres, eu também o quero, Jesus!
  No dia 19 de Julho de 1989, enfrenta uma forte hemorragia e quase morre. Nessa ocasião diz:
  - Não  derramem  lágrimas por mim. Eu vou para Jesus. No meu funeral, não quero pessoas que chorem, mas que cantem forte.
E com a mãe prepara esse acontecimento  chamando-lhe “A festa das núpcias” . Explica à mãe como quer ser vestida, escolhe as músicas os cantos e as leituras para a ocasião. E recorda-Lhe : - Quando me estiveres a preparar, mamã, deves repetir: "Agora  Chiara  Luce a está a ver  Jesus”.
   Não  pede mais a saúde, mas a capacidade de fazer  a vontade de Deus até ao fim.
  No Domingo 7 de Outubro de 1990, na companhia dos pais, aconteceu  o momento do encontro com o seu  “Esposo”. Duas mil pessoas estiveram presentes no funeral. Fala-se de paraíso, de alegria, de escolha radical. Na homilia, o bispo que presidia diz: - Eis o fruto de uma família cristã e de uma comunidade de cristãos.
  Os que a conheceram sentem-se impulsionados a viver com radicalidade o Evangelho. É uma santidade contagiosa.
  No dia 25 de Setembro de 2010, foi beatificada em Roma pelo Papa Bento XVI.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Papa Francisco

Horizontes abertos

· O Papa Francisco encerra o sínodo sobre a família recordando que o primeiro dever da Igreja não é distribuir condenações mas proclamar a misericórdia ·

Uma Igreja com horizontes abertos, que não usa «modelos pré-confeccionados» mas vai beber «à fonte inexaurível da sua fé a água viva para matar a sede aos corações áridos»: é esta, segundo Francisco, a «imagem viva» que sobressaiu durante as três semanas de trabalhos do sínodo sobre a família, concluído no domingo 25 de Outubro com a missa em São Pedro.
No discurso pronunciado sábado à tarde, durante a última congregação geral, e na homilia do dia seguinte o Pontífice repercorreu as etapas principais da assembleia sinodal, cujo relatório final lhe foi entregue depois de ter sido votado e aprovado pelos padres quase em unanimidade.
O encerramento do sínodo, reconheceu o Papa, «certamente não significa que se concluíram todos os temas inerentes à família» e «certamente não significa que foram encontradas soluções satisfatórias para todas as dificuldades e dúvidas». Contudo, a atitude de escuta e de confronto aberto por parte da assembleia «deu provas da vivacidade da Igreja católica, que não tem medo de sacudir as consciências anestesiadas ou de sujar as mãos». E mostrou a vontade de «iluminar com a chama da fé os corações dos homens, num momento histórico de desânimo e de crise social, económica, moral e de negatividade», testemunhando que «o Evangelho permanece para a Igreja a fonte viva de eterna novidade, contra quem o quer “endoutrinar” em pedras mortas para atirar contra os outros».
Francisco reafirmou que «a Igreja é Igreja dos pobres de espírito e dos pecadores que procuram o perdão e não só dos justos e dos santos». E convidou mais uma vez a «superar qualquer hermenêutica conspiradora ou fechamento de perspectivas, para defender e para difundir a liberdade dos filhos de Deus, para transmitir a beleza da novidade cristã, algumas vezes encoberta pela ferrugem de uma linguagem arcaica ou incompreensível». Em suma, explicou, «a experiência do Sínodo fez também compreender melhor que os verdadeiros defensores da doutrina não são os que defendem a letra mas o espírito; não as ideias mas o homem; não as fórmulas mas a gratuitidade do amor de Deus e do seu perdão».
Por conseguinte, primeiro dever da Igreja não é «distribuir condenações ou anátemas», mas «proclamar a misericórdia de Deus» e «conduzir todos os homens à salvação do Senhor». Hoje «é tempo de misericórdia» reafirmou na homilia da missa de encerramento, convidando os bispos e toda a comunidade cristã a prosseguir o caminho empreendido «sem nunca nos deixarmos ofuscar pelo pessimismo e pelo pecado».
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«Escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos»

Comentário do dia:


Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu guias e mestres para o mundo inteiro, e «dispensadores dos mistérios divinos» (1Cor 4,1). E ordenou-lhes que brilhassem e iluminassem como archotes, não só os judeus […], mas os homens que habitam em toda a superfície da terra. É, portanto, verdadeira esta palavra de São Paulo: «Ninguém atribui esta honra a si mesmo; recebemo-la por vocação de Deus» (Heb 5,4). […]

Se Ele achava que devia enviar os seus discípulos como o Pai o tinha enviado a Ele (Jo 20,21), era necessário que estes, chamados a ser seus seguidores, descobrissem para que tarefa tinha o Pai enviado o Filho. Por isso nos explicou de diversas maneiras o carácter da sua própria missão. Disse um dia: «Não vim chamar os justos, mas os pecadores, para que eles se convertam» (Lc 5,32). E também: «Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou» (Jo 6,38). E de outra vez: «Deus não enviou o seu Filho ao mundo para o julgar, mas para que o mundo seja salvo por Ele» (Jo 3,17).

Resumia em algumas palavras a função dos apóstolos, dizendo que os tinha enviado como o Pai O tinha enviado a Ele; saberiam assim que lhes competia chamar os pecadores à conversão, cuidar dos doentes, corporal e espiritualmente e, nas suas funções de dispensadores, não procurar de modo algum fazer a sua própria vontade, mas a vontade daquele que os tinha enviado, a fim de salvarem o mundo na medida em que ele aceitasse os ensinamentos do Senhor.
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentários sobre o evangelho de João

Jesus

Evangelho segundo S. Lucas 6,12-19.
Naqueles dias, Jesus subiu ao monte para rezar e passou a noite em oração a Deus.
Quando amanheceu, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos:
Simão, a quem deu também o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu,
Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelota;
Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.
Depois desceu com eles do monte e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia.
Tinham vindo para ouvir Jesus e serem curados das suas doenças. Os que eram atormentados por espíritos impuros também ficavam curados.
Toda a multidão procurava tocar Jesus, porque saía d’Ele uma força que a todos sarava.

Os céus proclamam a glória de Deus

Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5.
Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.

Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.

Habitação de Deus

Carta aos Efésios 2,19-22.
Irmãos: Já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus, 
edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.
É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor.
É nele que também vós sois integrados na construção, para formardes uma habitação de Deus, pelo Espírito.

Santo do dia

Quarta-feira, dia 28 de Outubro de 2015

S. Simão e S. Judas, Apóstolos – Festa


Santo do dia : S. Simão e S. Judas Tadeu, apóstolos 


Simão e Judas aparecem juntos nas diversas listas dos "doze". Na lista dos doze, Simão vem no undécimo lugar em Marcos e Mateus e no décimo em Lucas; Judas no undécimo em Lucas e no décimo em Marcos e Mateus. Dão a este o cognome de Tadeu. O lugar no fim da lista leva a pensar nos trabalhadores contratados às cinco horas da tarde. (Mt 20,6). "São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, também chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, o filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu ..." (Mateus 10,1ss.). A respeito de Simão, apenas sabemos que era originário de Caná e era chamado Zelota. Certamente Simão teria pertencido ao partido radical e nacionalista dos zelotas, opositores intransigentes do domínio romano na Palestina. Quanto a Judas, chamado Tadeu, sabemos pelo Evangelho que, na Última Ceia, perguntou a Jesus: "'Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?' Respondeu-lhe Jesus: “Se alguém me ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará, e a ele viremos e nele estabeleceremos morada. Quem não me ama não guarda minhas palavras; e a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou”. 

Segundo S. Jerónimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa). Terá evangelizado a Mesopotâmia. S. Paulino de Nola tinha-o como apóstolo na Líbia. Fortunato de Poitiers julgava-o enterrado na Pérsia. Os martirológios latinos conservam esta notícia, utilizando uma narração que o reúne a Simão.

São Judas Tadeu - padroeiro dos funcionários públicos

(Santo dos desesperados e aflitos, das causas sem solução ou perdidas)

São Judas Tadeu, glorioso apóstolo, fiel servo e amigo de Jesus, o nome do traidor foi a causa de que fôsseis esquecido por muitos, mas a Igreja vos honra e invoca universalmente como patrono nos casos desesperados, nos negócios sem remédios.

Rogai por mim que sou um miserável. Fazei uso, eu vos imploro, desse particular privilégio que vos foi concedido, de trazer viável e imediato auxílio, onde o socorro desapareceu quase por completo.

Assisti-me nesta grande necessidade, para que eu possa receber as consolações e auxílios do Céu em todas as minhas precisões, atribulações e sofrimentos, alcançando-me a graça de (aqui se faz o pedido particular), e para que eu possa louvar a Deus convosco e com todos os eleitos, por toda eternidade.

Eu vos prometo, ó Bendito Judas Tadeu, lembrar-me deste grande favor e nunca deixar de vos honrar como meu especial e poderoso patrono, e fazer de tudo o que estiver ao meu alcance para incentivar a devoção para convosco. Amém. São Judas Tadeu, rogai por nós e por todos os que vos honram e invocam vosso auxílio.

Rezar 3 Pai Nosso, 3 Ave Maria e 3 Glória ao Pai.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Grão de mostarda

Comentário do dia:

«É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e deitou no seu quintal»

A propósito do que diz o Evangelho: «Um homem tomou-o e deitou-o no seu quintal», que homem é esse, em vossa opinião, que semeou o grão que recebeu como um grão de mostarda no seu pequeno jardim? Penso que é aquele sobre o qual o Evangelho diz: «Um membro do Conselho, chamado José, natural de Arimateia [...], foi ter com Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus e, descendo-O da cruz, envolveu-O num lençol e depositou-O num sepulcro preparado no seu jardim» (Lc 23,50-53). É por essa razão que as Escrituras dizem: «Um homem tomou-o e deitou-o no seu jardim».


No jardim de José misturavam-se perfumes de diversas flores, mas um grão como aquele nunca lá tinha sido deitado. O jardim espiritual da sua alma rescendia ao perfume das suas virtudes, mas Cristo ainda não tinha sido aí colocado. Ao sepultar o Salvador no monumento do seu jardim, ele acolheu-O mais profundamente no fundo do seu coração.

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 26

Papa Francisco

Horizontes abertos

· O Papa Francisco encerra o sínodo sobre a família recordando que o primeiro dever da Igreja não é distribuir condenações mas proclamar a misericórdia ·

Uma Igreja com horizontes abertos, que não usa «modelos pré-confeccionados» mas vai beber «à fonte inexaurível da sua fé a água viva para matar a sede aos corações áridos»: é esta, segundo Francisco, a «imagem viva» que sobressaiu durante as três semanas de trabalhos do sínodo sobre a família, concluído no domingo 25 de Outubro com a missa em São Pedro.
No discurso pronunciado sábado à tarde, durante a última congregação geral, e na homilia do dia seguinte o Pontífice repercorreu as etapas principais da assembleia sinodal, cujo relatório final lhe foi entregue depois de ter sido votado e aprovado pelos padres quase em unanimidade.
O encerramento do sínodo, reconheceu o Papa, «certamente não significa que se concluíram todos os temas inerentes à família» e «certamente não significa que foram encontradas soluções satisfatórias para todas as dificuldades e dúvidas». Contudo, a atitude de escuta e de confronto aberto por parte da assembleia «deu provas da vivacidade da Igreja católica, que não tem medo de sacudir as consciências anestesiadas ou de sujar as mãos». E mostrou a vontade de «iluminar com a chama da fé os corações dos homens, num momento histórico de desânimo e de crise social, económica, moral e de negatividade», testemunhando que «o Evangelho permanece para a Igreja a fonte viva de eterna novidade, contra quem o quer “endoutrinar” em pedras mortas para atirar contra os outros».
Francisco reafirmou que «a Igreja é Igreja dos pobres de espírito e dos pecadores que procuram o perdão e não só dos justos e dos santos». E convidou mais uma vez a «superar qualquer hermenêutica conspiradora ou fechamento de perspectivas, para defender e para difundir a liberdade dos filhos de Deus, para transmitir a beleza da novidade cristã, algumas vezes encoberta pela ferrugem de uma linguagem arcaica ou incompreensível». Em suma, explicou, «a experiência do Sínodo fez também compreender melhor que os verdadeiros defensores da doutrina não são os que defendem a letra mas o espírito; não as ideias mas o homem; não as fórmulas mas a gratuitidade do amor de Deus e do seu perdão».
Por conseguinte, primeiro dever da Igreja não é «distribuir condenações ou anátemas», mas «proclamar a misericórdia de Deus» e «conduzir todos os homens à salvação do Senhor». Hoje «é tempo de misericórdia» reafirmou na homilia da missa de encerramento, convidando os bispos e toda a comunidade cristã a prosseguir o caminho empreendido «sem nunca nos deixarmos ofuscar pelo pessimismo e pelo pecado»
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Jesus

Evangelho segundo S. Lucas 13,18-21.
Naquele tempo, disse Jesus: «A que é semelhante o reino de Deus, a que hei-de compará-lo?
É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e lançou na sua horta. Cresceu, tornou-se árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos».
Jesus disse ainda: «A que hei-de comparar o reino de Deus?
É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

«O Senhor fez por eles grandes coisas».

Livro de Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião, parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor, estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos, como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas recolhem com alegria.
À ida, vão a chorar, levando as sementes; à volta, vêm a cantar, trazendo os molhos de espigas.


Mas esperar o que não vemos é esperá-lo com perseverança.

Carta aos Romanos 8,18-25.
Irmãos: Eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que se há-de manifestar em nós.
Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus.
Elas estão sujeitas à vã situação do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele que as submeteu,
com a esperança de que as mesmas criaturas sejam também libertadas da corrupção que escraviza, para receberem a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
Sabemos que toda a criatura geme ainda agora e sofre as dores da maternidade.
E não só ela, mas também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando a adoção filial e a libertação do nosso corpo.
É em esperança que estamos salvos, pois ver o que se espera não é esperança: quem espera o que já vê?
Mas esperar o que não vemos é esperá-lo com perseverança.