segunda-feira, 17 de março de 2014

Triste mundo que cultua a compra de armas


Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensina a pedir ao Senhor Deus para que "venha a nós o vosso reino", demonstrando a possibilidade de termos um mundo muito melhor do que vivemos. No sermão do monte nos fala que os mansos herdarão a terra e também abençoa os pacíficos.
Mas, em pleno século XXI, depois de uma II Guerra Mundial, na qual morreram cerca de 60 milhões de pessoas, o homem continua uma série de matanças por meio de guerras, atentados terroristas e todo o tipo de violência.

Segundo o Instituto de Estudos para a Paz de Estocolmo (Sipri), o comércio mundial de armas convencionais cresceu 14% em 2009-2013 em relação à meia década anterior, sendo que os Estados Unidos detém o posto de maior exportador mundial e a Índia comparece como a maior compradora de armas. Estranhamente, são dois países marcados por uma grande tradição religiosa. Os Estados Unidos e a Rússia são responsáveis por 56% das exportações de armas. Esses dois países somados à Alemanha, China e França registram 74% das vendas mundiais de armas.

Como termos um mundo de paz quando a venda de armamentos continua sendo um grande e crescente negócio? De que maneira, os religiosos podem e devem agir no sentido de criar uma mentalidade pacífica nas novas gerações? Como deter o avanço dos senhores da guerra?

Nosso país, o Brasil, segundo o Sipri registrou aumento de 65% das importações de armas, com destaque também no continente para a Colômbia,  com compras efetuadas principalmente dos Estados Unidos e  Israel.

Somente a China que subiu para o quarto lugar como grande exportador, aumentou em 212%  suas exportações e os maiores fregueses foram o Paquistão, Bangladesh e Miamar.
É claro que a venda crescente de armas contribui para o surgimento de guerras e aumento de conflitos, bem como para a violência urbana, notadamente na área do chamado tráfico de drogas.

Outro destaque negativo é o da Arábia Saudita que pulou de 18% lugar como comprador para o 5% posto. Segundo o relatório do Sipri, vários países do Golfo Pérsico aumentaram os investimentos em compra de armas de longo alcance e de defesa aérea e antimísseis adquiridos principalmente aos ingleses e norte-americanos.

Nem os países do continente africano, assolado pela fome e todo tipo de miséria, escapa da sanha dos senhores da guerra em busca do aumento de seus lucros. A Argélia, Marrocos e Sudão aumentaram suas compras em mais de 53%.

Enquanto o mundo vive em um clima de beligerância, a Europa tem o ponto positivo de ter diminuído em 25% as importações de armas na última meia década em comparação com o período 2004-2008.

O Sipri foi criado em 1966, com sede em Estocolmo, sendo uma instituição internacional dedicada à pesquisa de conflitos, armamento, controle de armas e desarmamento.

Texto com base em matéria da www.agenciareporterdigital.com.br

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