domingo, 30 de agosto de 2015

Santo do dia


Domingo, dia 30 de Agosto de 2015
22º Domingo do Tempo Comum - Ano B
Festa da Igreja : Vigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum (semana II do saltério)
Santo do dia : Santa Joana Jugan, religiosa, +1879, Santa Tecla, virgem, mártir, séc. I, Beato Eustáquio van Lieshout, presbítero, +1943 São Félix e Santo Adauto
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Santa Joana Jugan, religiosa, +1879

Joana Jugan lembra a misericórdia de Deus para com os pobres. Fundadora das Irmãzinhas dos Pobres, em 1830, foi beatificada por João Paulo II, no dia 3 de outubro de 1982. Natural da França, nasceu em 1792 e morreu em 1879. Durante toda sua vida, ela procurou identificar-se totalmente com os pobres e necessitados. Por ocasião de sua beatificação, João Paulo II afirmou:
"Na nossa época, o orgulho, a busca da eficiência e a tentação dos meios poderosos dominam facilmente o mundo e por vezes, infelizmente, a Igreja. Criam obstáculos à implantação do reino de Deus. Por isso a fisionomia espiritual de Joana é capaz de atrair os discípulos de Cristo e de lhes encher os corações de simplicidade e humildade, de esperança e de alegria evangélica, vindas de Deus e do esquecimento próprio" (apud J. Leite, op. cit., vol. II, p. 524).
Por ocasião de sua morte, havia cerca de 2.400 Irmãzinhas dos Pobres dedicadas ao serviço dos excluídos e a congregação espalhara-se por mais de dez países. Actualmente as irmãzinhas encontram-se presentes em mais de 30 nações, nos cinco continentes, e são cerca de 5 mil religiosas no mundo inteiro.
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Santa Tecla, virgem, mártir, séc. I

Santa Tecla

Tecla nasceu pelos anos 30 depois de Cristo em Ícone, cidade da actual Turquia. Reza a história que seus pais eram ricos e devassos. Tecla tinha desprezo pelo modo de vida de seus pais. Na busca de uma vida mais sã e culta dedicou-se ao estudo de Literatura e Belas Artes. Aos 18 anos encontrou o Apóstolo Paulo seguindo-o no seu apostolado. Após a morte de Paulo continuou com a sua missão de defesa dos pobres, dos escravos e na fundação de comunidades cristãs. Faleceu com cerca de 90 anos sendo considerada a primeira mulher mártir.
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Beato Eustáquio van Lieshout, presbítero, +1943

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Humberto van Lieshout nasceu em Aarle Rixtel, Holanda, em 3 de novembro de 1890. Educado por pais dedicados e bons cristãos, e na convivência de seus oito irmãos, Humberto desenvolveu-se como rapaz generoso e piedoso.

Um dia caiu-lhe nas mãos a biografia do famoso missionário S. Damião de Veuster, o apóstolo da caridade cristã entre os asilados leprosos da Ilha de Molokai. Quis imitá-lo e por isso conseguiu matricular-se no Seminário dos Padres dos Sagrados Corações, mas encontrou bastante dificuldade em seus estudos. Seu abnegado esforço, firmeza de vontade e persistência venceram a fraqueza de seus talentos intelectuais.
No noviciado trocou o seu nome de batismo pelo de Eustáquio, e fez sua profissão religiosa em 27 de janeiro de 1915. Dedicando-se muito à oração e aos estudos, agora com menos dificuldade, no dia 10 de agosto de 1919 foi ordenado sacerdote. Em sua imensa felicidade, pedia à suas duas irmãs religiosas serem para ele no seu sacerdócio como Moisés na montanha, rezando pelo bom êxito do seu apostolado.
Por quatro anos exerceu diversos ministérios na Holanda, onde ganhou fama de caridoso e santo. Foi condecorado "Cavaleiro da Coroa" pelo Rei Alberto da Bélgica, pelo seu trabalho junto aos refugiados belgas.

Em 1925, finalmente, viu completar-se seu ideal vindo ao Brasil como missionário, com mais dois companheiros. O então bispo de Uberaba, Dom Antônio de Almeida Lustosa, convidou sua congregação para vir para a sua diocese. Foi assim fundada a primeira casa da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil em Água Suja, MG, onde assumiram o Santuário de Nossa Senhora da Abadia.
Em 1926 tornou-se vigário de três paróquias, com muitas capelas anexas. Seus paroquianos eram pessoas simples, sem instrução religiosa. No começo custou-lhe ganhar a simpatia daquele povo desconfiado. Visitava os doentes nas choupanas, distribuía roupas e alimentos aos necessitados, acudia aos problemas familiares. Era pai, amigo, advogado e piedoso pastor das almas. Reabriu a escola rural, moralizou as festas da Padroeira, pregou missões populares em todas as três paróquias. Iniciou a construção do novo Santuário, tão conhecido hoje por todo o povo do Triângulo Mineiro. Conquistou assim todo a região, e ganhou fama de santo e milagreiro.
Quando foi transferido para Poá, SP, o povo não permitiu a sua saída. Somente dois meses depois, quando as coisas acalmaram, ele pode assumir essa nova paróquia recém criada. Poá fazia parte da zona suburbana da capital de São Paulo e a maioria da sua população trabalhava nas fábricas e indústrias de São Miguel e São Paulo. Sendo vigário da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, atendia várias outras paróquias vizinhas com seus dois padres coadjutores. Iniciou seu apostolado e as pregações em toda a região. Após uma viagem à Holanda e a Lourdes, na França, de onde trouxe não só muitos donativos mas também muita água da fonte milagrosa, erigiu ao lado da igreja uma imitação da gruta de Lourdes. Suas pregações e bênçãos logo criaram fama e projetaram o seu nome pelo estado e até Brasil afora...Passou a ser conhecido como o "Vigário de Poá". A notícia das curas do ‘santo’ Pe. Eustáquio fizeram afluir muita gente à sua procura. Milhares de pessoas se apinhavam nas ruas da pequena cidade de Poá, que não comportava tanto movimento de gente. A todos o bom padre procurava sempre atender ou dar sua bênção.
Em maio de 1941 a situação tornou-se insustentável e Pe. Eustáquio teve que ser transferido. Por onde passava as multidões acorriam e assim não conseguia mais descansar.

Após algumas transferências, foi empossado como vigário da Paróquia de São Domingos em Belo Horizonte, MG, em 7 de abril de 1942. Por ordem dos superiores, somente no confessionário podia atender os não-paroquianos, em número reduzido, em horários fixos. Assim podia conduzir o seu apostolado na paróquia como um vigário normalmente faria.
A pedido do bispo realizou inúmeras atividades em outras paróquias da capital mineira, como retiros, conferências e confissões; o mesmo aconteceu em outras cidades do interior. Era incansável no trabalho pastoral, e assim consumiu sua robustez física.

De repente a notícia alarmante: Pe. Eustáquio adoecera gravemente, picado por um carrapato perigoso, em suas andanças pelas vilas abandonadas de sua paróquia. Contraíra tifo exenquemático, mal para o qual não havia tratamento adequado naquele tempo. Diversas vezes havia predito sua morte próxima. Em julho de 1942, quando atendera uma senhora acamada havia anos e que pedia a Deus de ir para o céu, disse: "A senhora viverá, ainda, por muitos anos. Sou eu quem vou morrer no ano que vem".
Sofreu terrivelmente, mas aguardou a morte com calma e alegria. Dia 30 de agosto de 1943 sua bela alma descansou definitivamente na paz de Deus. Dia 31 foi decretado luto oficial no município de Belo Horizonte, e toda a cidade acorreu para o último adeus.

Durante cinco anos seu túmulo foi constantemente visitado por gente de todo o Brasil e em 1949 foi feita a exumação e trasladação para a sepultura definitiva na Igreja dos Sagrados Corações, cuja construção ele mesmo iniciara em 13 de maio de 1943.

Foi beatificado por Bento XVI em 2006



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