segunda-feira, 10 de agosto de 2015

As chamas de uma fé viva

Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 206 (atrib.)

«Foi o fogo do teu amor, Senhor, que permitiu ao diácono São Lourenço permanecer fiel» (Colecta)

O exemplo de São Lourenço encoraja-nos a dar a vida, ilumina a fé, atrai a devoção. Não são as chamas da fogueira, mas as chamas de uma fé viva que nos consomem. O nosso corpo não foi queimado pela causa de Jesus Cristo, mas a nossa alma é transportada pelos ardores do seu amor […], o nosso coração arde de amor por Jesus. Pois não foi o próprio Salvador que disse, acerca deste fogo sagrado: «Vim lançar fogo sobre a terra; e que quero Eu senão que ele já se tenha ateado» (Lc 12,49)? Cléofas e o companheiro experimentaram os seus efeitos quando diziam: «Não estava o nosso coração a arder cá dentro, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» (Lc 24,32)


Foi também graças a este incêndio interior que São Lourenço permaneceu insensível às chamas do martírio: ardendo em desejos de estar com Jesus, ele não sentia a tortura. Quanto mais crescia nele o ardor da fé, menos sofria. […] A força do braseiro divino que tinha acendido no coração acalmava as chamas do braseiro ateado pelo carrasco.


Nenhum comentário:

Postar um comentário