Domingo, dia 24 de Maio de 2015
SOLENIDADE DE PENTECOSTES - Ano B
Festa da Igreja : Domingo de Pentecostes (semana I do saltério)Nossa Senhora Auxiliadora
Santo do dia : Santa Joana Antida Thouret, virgem, +1826
Pentecostes
O tema deste Domingo é, evidentemente, o Espírito Santo. Dom de Deus a todos os crentes, o Espírito dá vida, renova, transforma, constrói comunidade e faz nascer o Homem Novo.
O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até à últimas consequências.
Na primeira leitura, Lucas sugere que o Espírito é a lei nova que orienta a caminhada dos crentes. É ele que cria a nova comunidade do Povo de Deus, que faz com que os homens sejam capazes de ultrapassar as suas diferenças e comunicar, que une numa mesma comunidade de amor, povos de todas as raças e culturas.
Na segunda leitura, Paulo avisa que o Espírito é a fonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É ele que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros; por isso, esses dons não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser postos ao serviço de todos.
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Nossa Senhora Auxiliadora
A DEVOÇÃO A MARIA AUXILIADORA
A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, tem seu começo em datas muito remotas, nascida no coração de pessoas piedosas que espalharam ao seu redor a devoção mariana. Assim a Mãe de Deus foi sempre conhecida como condutora da felicidade de todo ser humano. E Maria, sempre esteve junto ao povo, sobretudo do povo simples que não sofre as complicações que contornam e desfazem, muitas vezes, a vida humana, mas que é levado pelas emoções e certezas apontadas pela simplicidade do coração.
Em 1476, o Papa Sisto IV deu o nome de “Nossa Senhora do Bom Auxílio” a uma imagem do século XIV-XV, que havia sido colocada em uma Capelinha, onde ele se refugiou, surpreendido durante o caminho, com um perigoso temporal. A imagem tem um aspecto muito sereno, e o símbolo do ‘auxílio’ é representado pela meiguice do Menino segurando o manto da Mãe.
Com o correr dos anos, entre 1612 e 1620, a devoção mariana cresceu, graças aos Barnabitas, em torno de uma pequena tela de autoria de Scipione Pulzone, representando aspectos de doçura, de abandono confiante, de segurança entre o Menino e sua santa Mãe. A imagem ficou conhecida como “Mãe da Divina Providência”. Esta imagem tornou-se como que meta para as peregrinações de muitos devotos e também para muitos Papas e até mesmo para João Paulo II. Devido ao movimento cristão em busca dos favores e bênçãos de Nossa Senhora e de seu Filho, o Papa Gregório XVI, em 1837, deu-lhe o nome de “AUXILIADORA DOS CRISTÃOS”. O Papa Pio IX, há pouco tempo eleito, também se inscreveu no movimento e diante desta bela imagem, ele celebrou a Missa de agradecimento pela sua volta do exílio de Gaeta.
Mais tarde também foi criada a ‘Pia União de Maria Auxiliadora’, com raízes em um bonito quadro alemão.
E chega o ano de 1815: Nasce aquele que será o grande admirador, grande filho, grande devoto da Mãe de Deus e propagador da devoção a Maria Auxiliadora, o Santo dos jovens: SÃO JOÃO BOSCO. Neste ano era também celebrado o Congresso de Viena e foi a época em que, com a queda do Império Napoleônico, começa a Reestruturação Européia com restabelecimento dos reinos nacionais e das suas monarquias dinásticas
Em 1817, o Papa Pio VII benzeu uma tela de Santa Maria e conferiu-lhe o título de “MARIA AUXILIUM CHRISTIANORUM”.
Os anos foram se sucedendo e o rei Carlo Alberto, foi a cabeça do movimento em prol da unificação da Itália, e ao mesmo tempo, os atritos entre Igreja e Estado, deram lugar a uma forte sensibilização política, com atitudes suspeitas para com a Igreja. E como não podia deixar de ser, Dom Bosco, lutador e defensor insigne da Igreja de Cristo, ficou sendo mira forte do governo e foi até obrigado a fugir de alguns atentados. Sim, tinha de fato inimigos que não viam bem sua postura positiva a favor da Igreja e nem tão pouco a emancipação da classe pobre, defendida tenazmente pelo Santo.
Pio IX, então cabeça da Igreja, manifestou-se logo a favor de uma devoção pessoal para com a Auxiliadora e quando este sofrido Pontífice esteve no exílio, o nosso Santo lhe enviou 35 francos, recolhidos entre seus jovens do oratório. O Papa ficou profundamente comovido com esta atitude e conservou uma grande lembrança deste gesto de afeto de D.Bosco e da generosidade dos rapazes pobres.
E continuam muitas lutas políticas, desavenças, lutas e rixas entre Igreja e Estado. Mas a 24 de maio, em Roma, o Papa Pio IX preside uma grandiosa celebração em honra de Maria Auxiliadora, na Igreja de Santa Maria. E em 1862, houve uma grandiosa organização especificamente para obter da Auxiliadora, a proteção para o Papa diante das perseguições políticas que ferviam cada vez mais, em detrimento para a Igreja de Jesus Cristo.
Nestes momentos particularmente críticos, entre 1860-1862 para a Igreja, vemos que D.Bosco toma uma opção definitiva pela AUXILIADORA, título este que ele decide concentrar a devoção mariana por ele oferecida ao povo. E justamente em 1862, ele tem o “Sonho das Duas Colunas” e no ano seguinte seus primeiros acenos para a construção do célebre e grandioso Santuário de Maria Auxiliadora. E esta devoção à Mãe de Deus, desde então se expandiu imediata e amplamente.
Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a "Virgem de Dom Bosco".
Escreveu o santo: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso".
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Santa Joana Antida Thouret, virgem, +1826
Joana Antida Thouret nasceu perto de Besançon, na França, no dia 27 de novembro de 1765. Francisco e Cláudia eram seus pais, tiveram quatro filhos e ela foi a primeira. Joana cresceu muito bonita, de natureza melancólica, tinha a saúde delicada, um caráter gentil e era muito caridosa. Desde a infância manifestou sua vocação religiosa.
Tinha vinte e dois anos de idade, quando foi fazer seu noviciado no Convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris.
Naquela época era normal a noviça ser submetida aos trabalhos pesados da comunidade. Assim foi com Joana que, em função da mudança de clima e do grande esforço físico, acabou adoecendo gravemente. Temendo ser enviada de volta para a casa paterna, rezou muito pedindo a Deus para cura-la. Foi atendida através de uma dedicada enfermeira que a tratou com medicação especial. Em 1788 recebeu o hábito religioso das vicentinas.
Depois disso, Joana andou pelo mundo pregando a palavra de Deus, fazendo caridade, tratando dos doentes, mas principalmente sendo perseguida. Havia estourado a Revolução na França, o clima anticlerical tornava a vida dos religiosos um verdadeiro terror. Muitos sacerdotes, religiosos e fiéis a Igreja foram denunciados, perseguidos, torturados e condenados à morte por guilhotina.
Em 1797 se fixou em Besançon, onde fundou uma escola para meninas, mas sem deixar de cuidar dos enfermos. Entretanto os revolucionários descobriram-na e teve de se esconder por dois anos. Em 1799 pôde retornar e junto com quatro religiosas fundou outra escola com farmácia, formando o primeiro núcleo do Instituto das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Logo as discípulas de Joana Antida aumentaram e a nova congregação se expandiu pela França, Suíça, Sabóia e Nápoles.
Depois disto, em 1810, foi enviada para assumir a direção de um grande hospital de Nápoles. Nesta cidade, Joana Antida passou a última etapa de sua vida, onde empreendeu intensa atividade abrindo muitos institutos, desenvolvendo assim sua congregação. A fundadora morreu no dia 24 de agosto de 1826, no seu convento de Nápoles, rodeada por suas religiosas. O Papa Pio XI canonizou-a em 1934.
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