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terça-feira, 26 de maio de 2015
Amor fraterno
«Neste tempo já, o cêntuplo; e no mundo que há-de vir, a vida eterna»
Estas doutrinas [sociais da Igreja] poderiam diminuir a distância que o orgulho se compraz em manter entre ricos e pobres, mas a simples amizade é ainda muito pouco: quando se obedece aos preceitos do cristianismo, é no amor fraterno que se opera a união. Em qualquer dos casos, sabe-se e compreende-se que todos os homens têm origem em Deus, seu Pai comum; que Deus é o seu fim único e comum, e que só Ele é capaz de comunicar aos anjos e aos homens uma felicidade perfeita e absoluta. Todos eles foram igualmente resgatados por Jesus Cristo e restabelecidos por Ele na sua dignidade de filhos de Deus, e assim um verdadeiro laço de fraternidade os une, quer entre eles, quer a Cristo, seu Senhor que é «o primogénito de muitos irmãos» (Rom 8,29). Saberão enfim que todos os bens da natureza, todos os tesouros da graça, pertencem em comum e indistintamente a todo o género humano, e que só os indignos são deserdados dos bens celestes: «Se sois filhos, sois também herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Jesus Cristo» (Rom 8,17).
Comentário do dia:
Leão XIII (1810-1903), papa
Encíclica Rerum Novarum, 21
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