terça-feira, 12 de maio de 2015

Editorial




Aprofundar o relacionamento com Deus
ou caminhar para o Ópio do Povo



Uma das características do século XX foi o grande desenvolvimento da chamada indústria do Entretenimento. Em época nenhuma da Humanidade, desde o Pão e Circo dos Romanos, se ofereceu às pessoas tantas variedades de entretenimento.

Parece que tudo em volta das pessoas é diversão. Em um lar simples dispõe-se de televisão e rádio, opções de CDs - já ficando ultrapassados - e DVDs com cada um escolhendo o lazer a um simples toque de dedo em um botão de controle remoto. Com isso, enchemos nossa casa de música ou noticiário variado e saímos dançando enquanto fazemos algum trabalho doméstico.

No trabalho ou na escola, muitos estão habituados a ficar grudado com seus aparelhos portáteis de som ou então navegando sem parar com o celular, desligados do mundo como as crianças e indivíduos que sofrem de autismo.

Assim também tem sido em muitas de nossas igrejas, com a pregação da Palavra de Deus estando associada ao lazer, com exibição de danças e desfile de músicas no estilo pop para atrair fiéis em especial os jovens.

Nada contra a existência de um ambiente de alegria, pois Deus não é o Deus da tristeza. Contudo, essa infantilização da sociedade vem gerando um empobrecimento das pessoas em relação ao que deveria ser uma verdadeira comunhão com o Criador.

Nas redes sociais, isso fica evidente nos Grupos com o objetivo de exaltar o Criador. Deus é apresentado por muitos como um “mágico” que basta um simples Amém ou repetição no estilo farisaico de algumas mensagens para que “milagrosamente” a vida de cada um seja modificada.

Trata-se de um Cristianismo da acomodação. Se você crê em Deus ou acha que Jesus vai visistar sua casa agora é só clicar SIM aqui.

Mas, não é assim Amados que Deus opera. O povo judeu amargou 400 anos de escravidão no Egito e 40 anos perambulou pelo deserto.

A porta dos Céus não é larga como muitos querem vender. Pelo contrário, exige sacrifícios, rtenúncias e verdadeiro apego e amor ao próximo.

Não basta comodamente exibir fotos de crianças esfomeadas na África e declarar: “Vamos orar por elas”.

O que Cristo faria em meu lugar? Esta é a pergunta a ser feita diariamente.

O próprio Jesus - belo, louro de olhos azuis, parecendo um artista de Holywood - o quão está distante do verdadeiro Cristo que em sua presença terrena foi muito além de bela imagem, belo sorriso e belos olhos.

Cada vez mais, milhares de pessoas cultuam imagens em detrimento da MENSAGEM das Boas Novas do Evangelho.

Aprofundar o relacionamento com Deus deveria ser uma meta do verdadeiro ser humano interessado em uma religião transcendente e não alienante.

Esse é o desafio não apenas para líderes religiosos, mas a cada pessoa ao refletir com maior seriedade sobre o verdadeiro significado de uma LIGAÇ O com Deus.

A religião pode ser um instrumento de LIGAÇ O com o Criador, mas pode também, tristemente, não ser nada mais que o ÓPIO do povo.

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