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segunda-feira, 30 de março de 2015
«Os pobres sempre os tendes convosco, mas a Mim não me tendes sempre.»
Comentário do dia:
«Maria ungiu os pés de Jesus com uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, e enxugou-Lhos com os seus cabelos. A casa encheu-se com a fragrância do perfume.» Eis o facto histórico; procuremos o simbólico. Sejas tu quem fores, se quiseres ser uma alma fiel, unge com Maria os pés do Senhor com perfume. Esse perfume é a rectidão. […] Deita perfume sobre os pés do Senhor. Segue as pegadas do Senhor com uma vida santa. Enxuga os seus pés com os teus cabelos: se tens coisas supérfluas, dá-as aos pobres e assim terás enxugado os pés do Senhor. […] Talvez os pés do Senhor na terra sejam os necessitados. Pois não é dos seus membros (Ef 5,30) que Ele dirá no fim do mundo: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,40)?
«A casa encheu-se com a fragrância do perfume.» Quer dizer, o mundo encheu-se da boa reputação desta mulher, porque o bom odor é como a boa reputação. Aqueles que associam o nome de cristãos a uma vida desonesta injuriam a Cristo […]; se o nome de Deus é blasfemado por esses maus cristãos, ele é, pelo contrário, louvado e glorificado pelos bons: «somos em toda a parte o bom odor de Cristo» (cf 2Cor 2,14-15). E diz também o Cântico dos Cânticos: «A tua fama é odor que se difunde» (1,3).
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermões sobre o evangelho de João, n° 50, 6-7
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