quarta-feira, 2 de abril de 2014

Faz-nos sair das cadeias das trevas



 «Os mortos hão-de ouvir a voz do Filho de Deus»

[Fala Cristo:]

Os que não Me reconheceram não beneficiaram;

Eu estava oculto aos que não Me possuíam.

Estou perto dos que Me amam.

Todos os meus perseguidores morreram;

Os que Me sabiam vivo procuraram-Me.

Ressuscitei, estou com eles,

Falo pela sua boca.

Eles repeliram os que os perseguem;

Sobre eles lancei o jugo do meu amor.

Como o braço do noivo sobre a sua noiva (Ct 2,6),

Assim é o meu jugo sobre os que Me conhecem.

Tal como a tenda dos esponsais se ergue em casa do noivo,

O meu amor protege os que crêem em Mim.

Não fui amaldiçoado,

Mesmo que assim tenha parecido.

Não pereci,

Embora assim o tivessem imaginado.

A mansão dos mortos viu-Me

E foi vencida,

A morte deixou-Me partir;

E a muitos comigo.

Fui para ela fel e vinagre;

Desci com ela à sua mansão,

Até ao mais fundo.

A morte deixou-Me

não conseguiu suportar o meu rosto.


Tive entre os seus mortos

Uma assembleia de vivos (1Ped 3,19; 4,6).

Falei-lhes com lábios vivos,

De forma que a minha palavra nunca foi vã.

Os que estavam mortos correram para Mim;

Gritaram e disseram: «Tem piedade de nós,

Filho de Deus, age conosco segundo a tua graça.

Faz-nos sair das cadeias das trevas,
Abre-nos a porta, para sairmos para Ti.

Vemos que a nossa morte

não se aproximou de Ti.

Sejamos nós também libertos contigo,

pois és o nosso Salvador.»


Quanto a mim, escutei as suas vozes,

recolhi a sua fé no meu coração.

Nas suas frontes escrevi o meu nome ( Ap 14,1);

eles são livres e pertencem-Me.

Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II)
Nº 42




Nenhum comentário:

Postar um comentário