sábado, 18 de janeiro de 2014

O Filho de Deus é superior à Lei

«No Sábado […], ensinava como quem tem autoridade»

Foi num Sábado que o Senhor Jesus começou a realizar curas, para significar que a nova criação começa no ponto em que a antiga termina, e também para acentuar desde logo que o Filho de Deus não está submetido à Lei mas é superior à Lei, que não revoga a Lei mas a completa (Mt 5,17). Não foi pela Lei mas pelo Verbo que o mundo foi feito, como se pode ler: «Pela palavra do Senhor foram feitos os céus» (Sl 32,6). A Lei não é revogada mas completada, a fim de renovar o homem caído. Eis a razão por que o apóstolo Paulo diz: «Já que vos despistes do homem velho e vos revestistes do novo, que não cessa de se renovar à imagem daquele que o criou» (Col 3,9ss).
É por isso apropriado que o Senhor comece ao Sábado, para mostrar que é o Criador […], continuando a obra que outrora Ele próprio havia começado. Tal como o operário que se prepara para reparar uma casa, Ele não começa pelas fundações, mas pelo telhado: começa a demolir o que está danificado. […] Ao libertar o homem possuído, começa pelo menor para chegar ao maior; até os homens podem expulsar demônios – é certo que pela palavra de Deus –, mas ordenar aos mortos que ressuscitem apenas pertence ao poder de Deus.
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de São Lucas, 4, 57; SC 45


Evangelho segundo S. Marcos 1,21-28
Jesus chegou a Cafarnaúm e quando no sábado seguinte entrou na sinagoga começou a ensinar.
E maravilhavam-se com o seu ensinamento, pois os ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei.
Na sinagoga deles encontrava-se um homem com um espírito maligno, que começou a gritar:
«Que tens a ver conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus.»
Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem.»
Então, o espírito maligno, depois de o sacudir com força, saiu dele dando um grande grito.
Tão assombrados ficaram que perguntavam uns aos outros: «Que é isto? Eis um novo ensinamento, e feito com tal autoridade que até manda aos espíritos malignos e eles obedecem-lhe!»
E a sua fama logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Livro de 1º Samuel 1,9-20.
Naqueles dias, depois de ter comido em Silo, Ana levantou-se e apresentou-se diante do Senhor. O sacerdote Eli estava instalado no seu assento, à entrada do templo do Senhor.
Ana, profundamente amargurada, orou ao Senhor e chorou copiosas lágrimas.
E fez um voto, dizendo: «Senhor do universo, se te dignares olhar para a aflição da tua serva e te lembrares de mim, se não te esqueceres da tua serva e lhe deres um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor, por todos os dias da sua vida, e a navalha não passará sobre a sua cabeça.»
Ela repetiu muitas vezes a sua oração diante do Senhor; Eli observava o movimento dos seus lábios.
Ana, porém, falava só para si e apenas movia os lábios, sem se lhe ouvir palavra alguma.
Eli, julgando-a ébria, disse-lhe: «Até quando durará a tua embriaguez? Vai-te embora e deixa passar o efeito do vinho de que estás cheia.»
Ana respondeu: «Não é assim, meu senhor; a verdade é que sou uma mulher de espírito atribulado; não bebi vinho nem álcool; apenas estava a desabafar as minhas mágoas na presença do Senhor.
Não tomes a tua serva por alguma das filhas de Belial, porque só a grandeza da minha dor e da minha aflição é que me fez falar até agora.»
Eli respondeu: «Vai em paz e o Deus de Israel te conceda o que lhe pedes.»
Ana respondeu: «Que a tua serva mereça o teu favor.» A mulher foi-se embora, comeu e nunca mais houve tristeza em seu rosto.
No dia seguinte pela manhã, prostraram-se diante do Senhor e voltaram para sua casa, em Ramá. Elcana conheceu Ana, sua mulher, e o Senhor lembrou-se dela.
Ana concebeu e, passado o seu tempo, deu à luz um filho, ao qual pôs o nome de Samuel, porque dizia: «eu o pedi ao Senhor.»

EVANGELHO QUOTIDIANO"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


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