O pavão e a lagarta: vaidade e humildade

Conta-se uma história interessante para as crianças, mas que de verdade serve muito para os adultos. Ela se refere a ida do pavão e da lagarta a um templo. Ela ocorre no estilo do "Era uma vez..." e normalmente acompanhada de "no tempo em que os bichos falavam". No passado, as histórias infantis entretinham muito as crianças. Atualmente, muitas estão entretidas com novos brinquedos eletrônicos e a velha inocência nem sempre se faz presente. Muitas já agem e pensam como adultos em miniatura. Mas, essa é uma outra história.

No templo, o pavão ingressou imponente e diante dos demais quis mostrar toda a sua beleza. Chegou à frente do púlpito e abriu suas maravilhosas e coloridas asas chamando a atenção de todos. Muitos ficaram embevecidos pelas cores das asas do pavão e se deixaram levar pelas suas palavras. A cada frase o pavão falava sempre EU. Tudo na vida do pavão se resumia a sua própria existência. Para ele não existia o próximo. Era o primeiro a destacar a sua beleza e se dizer o preferido e eleito por DEUS.

Em seu cantinho, a humilde lagarta apenas agradecia a DEUS por ter sido criada. Acreditava que haveria um plano do Senhor para a sua vida e pedia para que a vontade do Criador prevalecesse sobre a dela, pois tinha fé que algo de bom aconteceria.

Na saída do templo o pavão continuava a exibir suas portentosas asas, mas a humilde lagarta aos poucos foi se transformando. Primeiro virou um modesto casulo e mais adiante surgiu para a vida como uma bela borboleta, inteiramente modificada.

Amados, esse é o verdadeiro objetivo da religião que nos coloca em sintonia com o Criador. Quando vamos a uma igreja ou simplesmente ao nos recolhermos em um cantinho de nosso quarto ou em algum local especial para orarmos ou simplesmente refletirmos sobre nossa vida ou então apenas ficarmos em total silêncio contemplando e meditando sobre as coisas belas do mundo, criamos condições para o nosso crescimento pessoal e real transformação de nossas vidas para melhor.

Mas, quando adotamos a atitude do pavão, exibindo nossa cultura. Nossos conhecimentos religiosos, nossa arrogância e nos achamos superiores aos demais, nos elegendo como os preferidos de DEUS acabamos perdendo a sintonia com o Criador e nos afastando DEle em nosso mundo de vaidade.