quinta-feira, 12 de maio de 2016

O vazio da futilidade



Livrai-nos do mal diz a oração ensinada pelo Cristo.

Mas, quantas vezes temos caminhado em direção às coisas malignas que pouco acrescentam ou valor algum trás à nossa vida.

Quantas vezes desperdiçamos horas e horas em frente ao nosso computador, tablet ou celular, acalentando e preenchendo nosso tempo com coisas fúteis que só nos empobrecem como indivíduos ou pessoas.

Em um primeiro momento nos sentimos como em um mundo de diversão. Voltamos a ser crianças e adolescentes, falando qualquer coisa que nos vem a cabeça, mas sem refletir sobre nossos atos e ações. Os demais participantes nos estimulam em nossas palavras ocas e sem sentido. Lemos e escrevemos coisas que aparentemente parecem preencher o nosso grande vazio na alma.

"Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios. Não inclines o meu coração para o mal, nem para se ocupar de coisas más, com aqueles que praticam a iniquidade; não coma eu das suas iguarias" (Salmo 141: 3-4)


Assim é a futilidade e a pessoa fútil. Por hora ela abandona todo seu conhecimento racional e estudo. Procura em sim o mais animalesco do seu ser. Se preenche com a pornografia e com as ilusões diante dos olhos ou do pensamento.

Nada contra o divertimento. Há horas que é bom voltar a ser criança ou adolescente. Mas é preciso cuidar para que isso não se transforme em uma rotina que nos faça regredir para um mundo interior de coisas fúteis e sem sentido.

Assistir a um filme ou a uma partida de futebol. Participar de um jogo com amigos ou reunir com eles para jogar conversa fora. Tudo isso pode ser momentos deliciosos de descontração diante do amargor e das coisas pesadas do dia a dia. O erro estar em cair em um extremo e fazer dessas coisas a rotina de nossas vidas de transformar esses atos em um verdadeiro vício a qual fiquemos presos perdendo tempo para fazer coisas mais úteis.

Quando esse tipo de consciência bate em seu espírito é preciso não adiar a decisão de sair fora das coisas fúteis da vida, com o objetivo de se alimentar de algo que o torne maior como pessoa e que não faça alimentar o vazio interior que você sente quando se vê sozinho longe do ouro tolo que as coisas vazias nos trazem.

E essa decisão deve ser firme, pois os demais não a compreenderão e tentarão demovê-la dela. E não adianta querer que os outros sigam também o seu caminho. A estrada é individual e nem todos estão no mesmo estágio para a caminhada. Tentar fazer os outros pensar como você pensa é como tentar fazer um aleijado andar, principalmente quando ele está acostumado e preso às suas muletas.

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