São Lourenço Justiniano (1381-1455), cónego regular, bispo de Veneza
Sermão para a festa de São Matias
Escreve o apóstolo Paulo: «Oh abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Que insondáveis são os seus juízos e impenetráveis os seus caminhos!» (Rom 11,33). [...] E diz o Salmo: «Todas as vossas obras são fruto da vossa sabedoria» (Sl 103,24), isto é, feitas no teu Verbo, na tua Palavra eterna. Se foi no Verbo e pelo Verbo que todas as coisas foram feitas (Jo 1,3), quem poderá duvidar de que foi com sabedoria e perfeição, e sem parcialidades, que Ele escolheu os seus discípulos? «Ele nos escolheu antes da constituição do mundo», diz o apóstolo Paulo (Ef 1,4). [...]
Consideremos a escolha de Matias. Os apóstolos tinham escolhido José Barsabas e Matias [...]; em seguida, apresentaram essa escolha Àquele que julga segundo o coração e que «conhecia o coração» de ambos, a fim de que Ele desse a conhecer qual dos dois tinha escolhido. E Ele tinha certamente escolhido Matias para essa honra antes de as sortes serem lançadas, antes mesmo da criação do mundo. [...]
«Tudo quanto pedirdes, orando, crede que o recebereis e o obtereis» (Mc 11,24), diz o Senhor. É por isso que a Igreja tem o costume de rezar de comum acordo sempre que considera dever pedir alguma coisa ao Senhor; meio algum tem tanta influência na vontade de Deus como a oração, se for feita com fé, com serenidade, com humildade e perseverança. Assim, pois, a sorte não teve qualquer influência na escolha deste glorioso apóstolo porque, como testemunha a Escritura, os apóstolos começaram por rezar; e foi em resposta a essa oração que Deus lhes inspirou que fizessem a eleição tirando à sorte. Por outro lado, Matias não obteve uma graça menor do que a de Pedro ou dos outros apóstolos, ainda que tenha sido chamado em último lugar. Ele recebeu o Espírito com a mesma plenitude que os outros, e recebeu os mesmos dons espirituais que eles. Ao poisar sobre ele, o Espírito Santo encheu-o de caridade, concedendo-lhe que se exprimisse em todas as línguas, que fizesse milagres, que convertesse as nações, que pregasse a Cristo e que recebesse o triunfo do martírio.
Consideremos a escolha de Matias. Os apóstolos tinham escolhido José Barsabas e Matias [...]; em seguida, apresentaram essa escolha Àquele que julga segundo o coração e que «conhecia o coração» de ambos, a fim de que Ele desse a conhecer qual dos dois tinha escolhido. E Ele tinha certamente escolhido Matias para essa honra antes de as sortes serem lançadas, antes mesmo da criação do mundo. [...]
«Tudo quanto pedirdes, orando, crede que o recebereis e o obtereis» (Mc 11,24), diz o Senhor. É por isso que a Igreja tem o costume de rezar de comum acordo sempre que considera dever pedir alguma coisa ao Senhor; meio algum tem tanta influência na vontade de Deus como a oração, se for feita com fé, com serenidade, com humildade e perseverança. Assim, pois, a sorte não teve qualquer influência na escolha deste glorioso apóstolo porque, como testemunha a Escritura, os apóstolos começaram por rezar; e foi em resposta a essa oração que Deus lhes inspirou que fizessem a eleição tirando à sorte. Por outro lado, Matias não obteve uma graça menor do que a de Pedro ou dos outros apóstolos, ainda que tenha sido chamado em último lugar. Ele recebeu o Espírito com a mesma plenitude que os outros, e recebeu os mesmos dons espirituais que eles. Ao poisar sobre ele, o Espírito Santo encheu-o de caridade, concedendo-lhe que se exprimisse em todas as línguas, que fizesse milagres, que convertesse as nações, que pregasse a Cristo e que recebesse o triunfo do martírio.
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