segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Comentário do dia:


«Vou conduzi-la ao deserto e aí lhe falarei ao coração» (Os 2, l6)

Mateus dá mais explicações [que Marcos] sobre o modo como Jesus teve piedade da multidão, quando diz: «cheio de compaixão, curou os seus doentes». Porque ter compaixão dos pobres e daqueles que não têm pastor é precisamente abrir-lhes o caminho da verdade, instruindo-os, é fazer desaparecer as suas enfermidades físicas, sarando-as, mas é também alimentá-los quando têm fome e, assim, encorajá-los a louvar a generosidade de Deus. Foi o que Jesus fez. [...]


Mas Ele também pôs à prova a fé da multidão e, tendo-a provado, deu-lhe uma recompensa proporcional. Efectivamente, Ele procurou um lugar isolado, para ver se as pessoas tinham o desejo de O seguir. E elas seguiram-No: tomaram a toda a pressa o caminho do deserto, não de burro ou em veículos, mas a pé, mostrando assim, através do seu esforço pessoal, a grande preocupação que tinham com a sua salvação.


Por seu lado, Jesus acolheu esta gente fatigada. Como Salvador e médico cheio de poder e de bondade, instruiu os ignorantes, curou os doentes e alimentou os famintos, manifestando assim quanta alegria Lhe dá o amor dos que crêem.

São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge beneditino, doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de Marcos, 2; CCL 120, 510-511

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