A liberdade religiosa, um dos inalienáveis direito
do Homem, nem sempre é respeitada em muitos países. A liberdade de culto é antes
de tudo um sinal de respeito às pessoas e a sua dignidade. Por isso, é
lamentável o que vem ocorrendo na Nigéria, um grande país africano, cujos
cristãos têm vivido em constante tensão e medo por causa dos constantes ataques
e atentados contra igrejas e instituições missionárias no país. As estatísticas
apontam que nas últimas semanas mais de 100 cristãos foram mortos em ataques
feitos por grupos extremistas islâmicos.
A presença cristã na Nigéria data do século XIV,
quando dois monges portugueses, Agostinho e Capuchine, chegaram à África com a
finalidade de pregar o cristianismo. A primeira missão cristã só chegou ao país
no século XIX, com os ingleses. O número de cristãos é maior na parte sul do
país; já o norte é dominado por maioria muçulmana.
A colonização dos países da África pelos europeus,
especialmente nos séculos XIX e XX, contribuiu de forma muito significativa
para o crescimento da igreja cristã na Nigéria.
A Igreja tem crescido em diversas denominações: anglicana, batista e grupos pentecostais. Os líderes cristãos no norte do país sofrem grande pressão econômica e política.
No caso do Brasil, no qual a liberdade religiosa é
garantida pela Constituição e também com respaldo de vários acordos
internacionais, além dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas
(ONU), é sempre importante que, as pessoas não transformem a opção religiosa em
uma guerra santa, contrário ao previsto nas leis dos homens, mas sobretudo à
vontade de Deus.
Constitucionalmente, a Nigéria é um Estado laico
com liberdade religiosa. Durante quase 40 anos, o governo no norte deu
tratamento preferencial a muçulmanos, discriminando os cristãos. Pouco foi
feito para pôr um fim à perseguição e, como resultado, muitas igrejas foram
queimadas e cristãos, mortos. Esse tipo de intolerância não deve prevalecer na
mente dos religiosos e dos homens de boa vontade.
É registrado que a oposição islâmica já foi
responsável pela morte de muitos mártires, especialmente na região norte do
país. Apenas entre 1982 e 1996, ocorreram mais de 18 conflitos de grande escala
entre cristãos e muçulmanos no norte da Nigéria. Tais conflitos deixaram um
saldo de mais de 600 cristãos mortos e cerca de 200 igrejas incendiadas.
Os islamitas formam entre as chamadas religiões
monoteístas, que acreditam em um Deus único, por isso, o ato perpetuado por
alguns extremistas, não deve ser confundido com os que na paz seguem a
religião.
Lutar contra a intolerância religiosa é dever de todo o cristão.
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