quarta-feira, 31 de agosto de 2016

«A multidão foi à procura dele»

Comentário do dia: 

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja 
Solilóquios 



Desde agora, Senhor, só a Ti amo, a Ti somente me prendo, a Ti somente procuro, a Ti somente estou disposto a servir, porque só Tu ordenas com justiça. Às tuas ordens desejo submeter-me; ordena, peço-Te, ordena o que quiseres, mas cura-me, abre os meus ouvidos, a fim de que eu possa ouvir as tuas palavras. […]

Recebe-me como um fugitivo, Senhor, ó Pai excelente. Sofri tempo demais; tempo demais estive submetido aos teus inimigos e fui joguete de mentiras. Recebe-me como teu servo que quer afastar-se de todas as coisas vãs. […] Sinto que tenho necessidade de regressar a Ti; estou a bater, abre-me a porta, ensina-me a chegar a Ti. […] É para junto de Ti que pretendo ir, dá-me pois os meios de chegar até Ti. Se Te afastares, pereceremos! Mas Tu a ninguém abandonas, porque és o Soberano Bem; todos quantos Te procuram retamente Te encontram. És Tu que nos mostras como havemos de procurar-Te com retidão. Ó meu Pai, faz com que Te procure, liberta-me do erro, não permitas que, na minha busca, encontre outra coisa senão a Ti. Se nada mais desejo senão a Ti, faz com que apenas Te encontre a Ti, ó meu Pai.



Evangelho segundo S. Lucas 4,38-44.


Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre muito alta e pediram a Jesus que fizesse alguma coisa por ela.
Jesus, aproximando-Se da sua cabeceira, falou imperiosamente à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se e começou logo a servi-los.
Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes com diversas enfermidades traziam-nos a Jesus e Jesus, impondo as mãos sobre cada um deles, curava-os.
De muitos deles saíam demónios, que diziam em altos gritos: «Tu és o Filho de Deus». Mas Jesus, em tom severo, impedia-os de falar, porque sabiam que Ele era o Messias.
Ao romper do dia, Jesus dirigiu-Se a um lugar deserto. A multidão foi à procura d’Ele e, tendo-O encontrado, queria retê-l’O, para que não os deixasse.
Mas Jesus disse-lhes: «Tenho de ir também às outras cidades anunciar a boa nova do reino de Deus, porque para isto fui enviado».
E pregava pelas sinagogas da Judeia.

Jesus nunca envelhece


· Mensagem ao simpósio internacional de Salónica ·
30 de Agosto de 2016
O homem europeu precisa hoje como nunca de redescobrir toda a beleza e verdade do anúncio de Jesus Cristo, «que nunca envelhece»: afirmou o Papa Francisco na mensagem enviada ao cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício conselho para a promoção da unidade dos cristãos, por ocasião do décimo quarto simpósio intercristão, promovido de 28 a 30 de agosto em Salónica, na Grécia, pelo instituto franciscano de espiritualidade da Pontifícia universidade Antonianum e pelo departamento de teologia da faculdade teológica ortodoxa da universidade Aristóteles de Salónica.
O objetivo é explícito: favorecer o confronto teológico e cultural entre católicos e ortodoxos, refletindo juntos acerca da «necessidade de uma reevangelização das comunidades cristãs na Europa».
Também o patriarca ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu, enviou uma mensagem aos participantes no simpósio de Salónica, indicando «a necessidade, hoje de maneira particular, do diálogo intercristão para cultivar um clima de confiança recíproca e de amizade sincera entre os cristãos, numa época na qual a colaboração e a unidade se tornam cada vez mais necessárias».
Diálogo intercristão

Meio Ambiente


O grito dos sedentos

· �Pronunciamento do cardeal Turkson na semana mundial da água ·
30 de Agosto de 2016

«É uma vergonha que muitos dos nossos irmãos e irmãs sintam sistematicamente sede ou sejam obrigados a beber água não potável, que as suas exigências sejam secundárias em relação às das indústrias que a utilizam demasiadamente e poluem aquela que resta; que os governos persigam outras prioridades e ignorem o seu grito sedento». Estas palavras foram pronunciadas pelo cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, na semana mundial da água – que se realiza em Estocolmo até ao dia 2 de setembro – abrindo no dia 29 de agosto uma mesa redonda dedicada a «Água e crenças», isto é ao papel das religiões na busca dos objetivos de desenvolvimento sustentável.
É «dom» – disse o presidente do Pontifício conselho «justiça e paz» – a palavra-chave que deve ser compreendida se o mundo quiser vencer o desafio de «tornar realidade o acesso universal e sustentável à água». De facto, só se compreender que «o nosso planeta, os seus recursos e os ecossistemas são um dom maravilhoso» pelo qual sentir a responsabilidade inclusive «para as gerações futuras», o homem terá a justa motivação para enfrentar e resolver este problema planetário.
Uma consciência bem clara na comunidade católica, acrescentou o purpurado, e que se encontra também noutras religiões e tradições espirituais: «a vida humana é um dom» e sabemos que «a natureza nos foi doada para ser partilhada por todos os homens, geração após geração, e que toda a família humana é chamada a cuidar da nossa casa comum».
O uso sustentável dos recursos hídricos, explicou o cardeal Turkson, é só uma das sensibilidades que mostram o forte vínculo entre fé e desenvolvimento. Não é por acaso que «colaborações frutuosas entre as religiões já estão a decorrer em diversos setores como a saúde, a segurança alimentar, os investimentos, a educação, a gestão dos recursos naturais e a assistência aos migrantes».
Sinergias fundamentais porque a ação nestes âmbitos, para ser deveras eficaz, não conta só com os dados científicos mas apoia os seus fundamentos numa forte componente motivacional: «A ciência – disse o presidente de Iustitia et pax – só pode explicar a realidade concreta, as suas substâncias e relações causais, e talvez possa quantificar a poluição nas profundidades oceânicas ou ao redor de um sítio mineiro, prevendo as consequências negativas e propondo remédios»; mas a ciência não «é capaz de fornecer a motivação para uma ação virtuosa».

Livro de Salmos 33(32),12-13.14-15.20-21.


Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança.
Do Céu o Senhor contempla
e observa todos os homens.

Do lugar onde habita,
contempla todos os habitantes da terra.
Ele que formou o coração de cada homem
está atento a todas as suas obras.

A nossa alma espera o Senhor,
Ele é o nosso amparo e protetor.
N’Ele se alegra o nosso coração,
em seu nome santo pomos a nossa confiança.

1ª Carta aos Coríntios 3,1-9.


Irmãos: Não pude falar-vos como a pessoas espirituais, mas como a pessoas demasiado naturais, como a crianças em Cristo.
Por isso vos dei leite a beber e não alimento sólido, porque não podíeis suportá-lo. Mas nem sequer o podeis suportar agora,
porque ainda sois demasiado naturais. De facto, se entre vós há inveja e discórdia, não é certo que sois demasiado naturais e procedeis segundo critérios humanos?
Pois, quando alguém diz: «Eu sou de Pedro», e outro: «Eu sou de Apolo», não julgais apenas por critérios humanos?
Então, quem é Apolo? Quem é Paulo? Apenas servos de Deus, por meio dos quais alcançastes a fé, cada um na medida em que o Senhor lhe concedeu.
Eu plantei, Apolo regou; mas Deus é que fez crescer.
Assim, nem o que planta nem o que rega são coisa alguma; só Deus é que conta, pois é Ele que faz crescer.
Entretanto, quem planta e quem rega trabalham como um só, mas cada qual receberá a recompensa, segundo o esforço do seu trabalho.
Nós somos colaboradores de Deus e vós sois o campo de Deus, o edifício de Deus.

Santo do Dia


S. Raimundo Nonato, presbítero, +1240




Ingressou, com 24 anos, na Ordem dos Mercedários, destinada ao resgate de cativos. Ofereceu-se voluntariamente para ficar escravo entre os mouros, a fim de permitir a libertação de um católico que estava periclitando na fé. Visava também exercer seu ministério entre os demais pobres cativos e, mais ainda, pregar a Religião católica aos próprios maometanos. Para impedi-lo de pregar, os mouros furaram-lhe os lábios com um ferro quente, e mantinham sua boca fechada com um cadeado. Passou oito meses prisioneiro, sofrendo atrozmente. Depois de libertado, foi nomeado cardeal, em reconhecimento pelos seus méritos. Faleceu com apenas 36 anos. Recebeu o nome de Nonato (do latim "non natus", isto é, não nascido) porque sua mãe morreu antes de dá-lo à luz e ele precisou ser extraído do corpo já inerte da mãe. É por isso invocado como padroeiro das parturientes e das parteiras.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

«Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré?»

Comentário do dia:

Homilia grega do século IV
Para a Oitava da Páscoa



Não vos apresento um conjunto de bizarrias inauditas, mas aquilo mesmo que foi antecipadamente escrito no Antigo Testamento pelos profetas. Não ouvistes o grito de Moisés: «Suscitar-lhes-ei um profeta como tu, entre os seus irmãos» (Dt 18,18)? Não ouvistes Isaías anunciar: «A virgem está grávida e dará à luz um filho» (7,14)? Não ouvistes David proclamar: «Baixará como a chuva sobre a relva» (Sl 71,6)? [...] Acreditai, pois, nos profetas, compreendei a realidade que eles anunciam, e encontrareis Jesus, o nazareno (Mt 2,23). Eis que vos mostrei o caminho: quem quiser, siga-o. Eis que acendi a chama; saí das trevas.

Jesus, o nazareno: identifico-O pelo nome e pela pátria. [...] Não falo do Jesus que formou a abóbada dos céus, que acendeu os raios do sol, que concebeu as constelações no céu, que acendeu a lâmpada da lua, que fixou o tempo aos dias, que atribuiu o curso às noites, que estabeleceu a terra firme sobre as águas, que pôs travão ao mar com a sua palavra. [...] Falo de Jesus, o nazareno: aquele acerca de quem Natanael proclamou as suas dúvidas: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» (Jo 1,46). Daquele diante de quem a tropa dos demónios tremia, dizendo: «Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré?» «Jesus de Nazaré», diz o apóstolo Pedro, «homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio» (At 2,22).

Livro de Salmos 145(144),8-9.10-11.12-13ab.13cd-14.


O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.

Graças Vos deem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos;

Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.

O Senhor é fiel à sua palavra
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor ampara os que vacilam
e levanta todos os oprimidos.


1ª Carta aos Coríntios 2,10b-16.


Irmãos: O Espírito Santo conhece todas as coisas, até o que há de mais profundo em Deus.
Na verdade, quem sabe o que há no homem senão o espírito humano que nele se encontra? Assim também, ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus.
Nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que vem de Deus, para conhecermos os dons da graça de Deus.
Para falarmos desses dons, não usamos a linguagem ensinada pela sabedoria humana, mas a linguagem que o Espírito de Deus nos ensina, exprimindo em termos espirituais as realidades espirituais.
O homem natural não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus pois são loucura para ele. Não pode entendê-las, porque só podem ser julgadas com critério espiritual.
Mas o homem espiritual julga todas as coisas, enquanto ele próprio não é julgado por ninguém.
Na verdade, quem conheceu o pensamento do Senhor, para que O possa instruir? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo. 

Santo do dia


Santa Joana Jugan, religiosa, +1879





Joana Jugan lembra a misericórdia de Deus para com os pobres. Fundadora das Irmãzinhas dos Pobres, em 1830, foi beatificada por João Paulo II, no dia 3 de outubro de 1982. Natural da França, nasceu em 1792 e morreu em 1879. Durante toda sua vida, ela procurou identificar-se totalmente com os pobres e necessitados. Por ocasião de sua beatificação, João Paulo II afirmou:
"Na nossa época, o orgulho, a busca da eficiência e a tentação dos meios poderosos dominam facilmente o mundo e por vezes, infelizmente, a Igreja. Criam obstáculos à implantação do reino de Deus. Por isso a fisionomia espiritual de Joana é capaz de atrair os discípulos de Cristo e de lhes encher os corações de simplicidade e humildade, de esperança e de alegria evangélica, vindas de Deus e do esquecimento próprio" (apud J. Leite, op. cit., vol. II, p. 524).
Por ocasião de sua morte, havia cerca de 2.400 Irmãzinhas dos Pobres dedicadas ao serviço dos excluídos e a congregação espalhara-se por mais de dez países. Actualmente as irmãzinhas encontram-se presentes em mais de 30 nações, nos cinco continentes, e são cerca de 5 mil religiosas no mundo inteiro.

Santa Tecla, virgem, mártir, séc. I



Santa Tecla
Tecla nasceu pelos anos 30 depois de Cristo em Ícone, cidade da actual Turquia. Reza a história que seus pais eram ricos e devassos. Tecla tinha desprezo pelo modo de vida de seus pais. Na busca de uma vida mais sã e culta dedicou-se ao estudo de Literatura e Belas Artes. Aos 18 anos encontrou o Apóstolo Paulo seguindo-o no seu apostolado. Após a morte de Paulo continuou com a sua missão de defesa dos pobres, dos escravos e na fundação de comunidades cristãs. Faleceu com cerca de 90 anos sendo considerada a primeira mulher mártir.

Beato Eustáquio van Lieshout, presbítero, +1943




Humberto van Lieshout nasceu em Aarle Rixtel, Holanda, em 3 de novembro de 1890. Educado por pais dedicados e bons cristãos, e na convivência de seus oito irmãos, Humberto desenvolveu-se como rapaz generoso e piedoso. 
Um dia caiu-lhe nas mãos a biografia do famoso missionário S. Damião de Veuster, o apóstolo da caridade cristã entre os asilados leprosos da Ilha de Molokai. Quis imitá-lo e por isso conseguiu matricular-se no Seminário dos Padres dos Sagrados Corações, mas encontrou bastante dificuldade em seus estudos. Seu abnegado esforço, firmeza de vontade e persistência venceram a fraqueza de seus talentos intelectuais.
No noviciado trocou o seu nome de batismo pelo de Eustáquio, e fez sua profissão religiosa em 27 de janeiro de 1915. Dedicando-se muito à oração e aos estudos, agora com menos dificuldade, no dia 10 de agosto de 1919 foi ordenado sacerdote. Em sua imensa felicidade, pedia à suas duas irmãs religiosas serem para ele no seu sacerdócio como Moisés na montanha, rezando pelo bom êxito do seu apostolado.
Por quatro anos exerceu diversos ministérios na Holanda, onde ganhou fama de caridoso e santo. Foi condecorado "Cavaleiro da Coroa" pelo Rei Alberto da Bélgica, pelo seu trabalho junto aos refugiados belgas.

Em 1925, finalmente, viu completar-se seu ideal vindo ao Brasil como missionário, com mais dois companheiros. O então bispo de Uberaba, Dom Antônio de Almeida Lustosa, convidou sua congregação para vir para a sua diocese. Foi assim fundada a primeira casa da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil em Água Suja, MG, onde assumiram o Santuário de Nossa Senhora da Abadia.
Em 1926 tornou-se vigário de três paróquias, com muitas capelas anexas. Seus paroquianos eram pessoas simples, sem instrução religiosa. No começo custou-lhe ganhar a simpatia daquele povo desconfiado. Visitava os doentes nas choupanas, distribuía roupas e alimentos aos necessitados, acudia aos problemas familiares. Era pai, amigo, advogado e piedoso pastor das almas. Reabriu a escola rural, moralizou as festas da Padroeira, pregou missões populares em todas as três paróquias. Iniciou a construção do novo Santuário, tão conhecido hoje por todo o povo do Triângulo Mineiro. Conquistou assim todo a região, e ganhou fama de santo e milagreiro.
Quando foi transferido para Poá, SP, o povo não permitiu a sua saída. Somente dois meses depois, quando as coisas acalmaram, ele pode assumir essa nova paróquia recém criada. Poá fazia parte da zona suburbana da capital de São Paulo e a maioria da sua população trabalhava nas fábricas e indústrias de São Miguel e São Paulo. Sendo vigário da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, atendia várias outras paróquias vizinhas com seus dois padres coadjutores. Iniciou seu apostolado e as pregações em toda a região. Após uma viagem à Holanda e a Lourdes, na França, de onde trouxe não só muitos donativos mas também muita água da fonte milagrosa, erigiu ao lado da igreja uma imitação da gruta de Lourdes. Suas pregações e bênçãos logo criaram fama e projetaram o seu nome pelo estado e até Brasil afora...Passou a ser conhecido como o "Vigário de Poá". A notícia das curas do ‘santo’ Pe. Eustáquio fizeram afluir muita gente à sua procura. Milhares de pessoas se apinhavam nas ruas da pequena cidade de Poá, que não comportava tanto movimento de gente. A todos o bom padre procurava sempre atender ou dar sua bênção.
Em maio de 1941 a situação tornou-se insustentável e Pe. Eustáquio teve que ser transferido. Por onde passava as multidões acorriam e assim não conseguia mais descansar.

Após algumas transferências, foi empossado como vigário da Paróquia de São Domingos em Belo Horizonte, MG, em 7 de abril de 1942. Por ordem dos superiores, somente no confessionário podia atender os não-paroquianos, em número reduzido, em horários fixos. Assim podia conduzir o seu apostolado na paróquia como um vigário normalmente faria.
A pedido do bispo realizou inúmeras atividades em outras paróquias da capital mineira, como retiros, conferências e confissões; o mesmo aconteceu em outras cidades do interior. Era incansável no trabalho pastoral, e assim consumiu sua robustez física.

De repente a notícia alarmante: Pe. Eustáquio adoecera gravemente, picado por um carrapato perigoso, em suas andanças pelas vilas abandonadas de sua paróquia. Contraíra tifo exenquemático, mal para o qual não havia tratamento adequado naquele tempo. Diversas vezes havia predito sua morte próxima. Em julho de 1942, quando atendera uma senhora acamada havia anos e que pedia a Deus de ir para o céu, disse: "A senhora viverá, ainda, por muitos anos. Sou eu quem vou morrer no ano que vem".
Sofreu terrivelmente, mas aguardou a morte com calma e alegria. Dia 30 de agosto de 1943 sua bela alma descansou definitivamente na paz de Deus. Dia 31 foi decretado luto oficial no município de Belo Horizonte, e toda a cidade acorreu para o último adeus.

Durante cinco anos seu túmulo foi constantemente visitado por gente de todo o Brasil e em 1949 foi feita a exumação e trasladação para a sepultura definitiva na Igreja dos Sagrados Corações, cuja construção ele mesmo iniciara em 13 de maio de 1943.
Foi beatificado por Bento XVI em 2006

Evangelho segundo S. Lucas 4,31-37.


Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados.
Todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque falava com autoridade.
Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio impuro, que bradou com voz forte:
«Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Disse-lhe Jesus em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O demónio, depois de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele sem lhe fazer mal nenhum.
Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta! Ordena com autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!».
E a fama de Jesus espalhava-se por todos os lugares da região.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Santo do Dia


Martírio de S. João Baptista
A festa do martírio de São João Baptista remonta ao século V, na França; e ao século VI, em Roma. Está ligada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, no suposto túmulo do Precursor de Jesus. O próprio Jesus apresenta-nos João Baptista:
Ao partirem eles, começou Jesus a falar a respeito de João às multidões: "Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem roupas finas vivem nos palácios dos reis. Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e mais do que um profeta. É dele que está escrito: " eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Baptista, e, no entanto, o menor no Reino dos céus é maior do que ele ..." (Mateus 11:2-11).
O martírio de João Baptista liga-se à denúncia profética das injustiças cometidas pelos poderosos, inclusive o luxo da corte, cujo desfecho fatal é a morte do inocente e a opressão dos marginalizados.

«E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo» (Lc 1,76)

Comentário do dia:

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 36



De entre os títulos de glória do santo e bem-aventurado João Batista, cuja festa hoje celebramos, não sei qual prefiro: se o seu nascimento milagroso ou a sua morte, ainda mais milagrosa. O seu nascimento trouxe uma profecia (Lc 1,67ss), a sua morte a verdade; o seu nascimento anunciou a chegada do Salvador, a sua morte condenou o incesto de Herodes. Este santo homem [...] mereceu, aos olhos de Deus, não desaparecer da mesma forma que os outros homens deste mundo: deixou este corpo recebido do Senhor confessando-O. João cumpriu em tudo a vontade de Deus, uma vez que a sua vida e a sua morte correspondem aos seus desígnios. [...]

Ainda se encontrava no ventre de sua mãe e já celebrava a chegada do Senhor com os seus movimentos de alegria, uma vez que não podia fazê-lo com a voz. Isabel diz a Santa Maria: «Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio» (Lc 1,44). João exulta antes de nascer e, antes de os seus olhos verem o mundo, o seu espírito reconhece já Aquele que é o seu Senhor. Penso que é este o sentido da frase do profeta: «Antes que fosses formado no ventre de tua mãe, Eu já te conhecia; antes que saísses do seio materno, Eu te consagrei» (Jer 1,5). Não é de surpreender que, encarcerado na prisão para onde Herodes o enviara, tenha continuado a pregar por intermédio dos seus discípulos (Mt 11,2), uma vez que, ainda no ventre de sua mãe, anunciara já com os seus movimentos a vinda do Senhor.

Evangelho segundo S. Marcos 6,17-29.


Naquele tempo, o rei Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher do seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por esposa.
João dizia a Herodes: «Não podes ter contigo a mulher do teu irmão».
Herodíades odiava João Baptista e queria dar-lhe a morte, mas não podia,
porque Herodes respeitava João, sabendo que era justo e santo, e por isso o protegia. Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer.
Entretanto, chegou um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e às principais personalidades da Galileia.
Entrou então a filha de Herodíades, que dançou e agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei».
E fez este juramento: « Dar-te-ei o que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino».
Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». A mãe respondeu-lhe: «Pede a cabeça de João Baptista».
Ela voltou apressadamente à presença do rei e fez-lhe este pedido: «Quero que me dês sem demora, num prato, a cabeça de João Baptista».
O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar o pedido.
E mandou imediatamente um guarda, com ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi à cadeia, cortou a cabeça de João
e trouxe-a num prato. A jovem recebeu-a e entregou-a à mãe.
Quando os discípulos de João souberam a notícia, foram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura.

Livro de Salmos 71(70),1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17.


Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido.
Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me,
prestai ouvidos e libertai-me.

Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador.

Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protector.

A minha boca proclamará a vossa justiça,
dia após dia a vossa infinita salvação.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.

Livro de Jeremias 1,17-19.


Naqueles dias, o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Cinge os teus rins e levanta-te, para ires dizer tudo o que Eu te ordenar. Não temas diante deles, senão serei Eu que te farei temer a sua presença.
Hoje mesmo faço de ti uma cidade fortificada, uma coluna de ferro e uma muralha de bronze, diante de todo este país, dos reis de Judá e dos seus chefes, diante dos sacerdotes e do povo da terra.
Eles combaterão contra ti, mas não poderão vencer-te, porque Eu estou contigo para te salvar».

Pedagogia da Misericórdia - Papa Francisco

· �Mensagem do Papa para o jubileu continental americano ·
27 de Agosto de 2016
«Deixar-se “misericordiar”». Com uma expressão típica da sua linguagem, o Papa Francisco convidou toda a Igreja do continente americano a abrir de par em par o coração à misericórdia de Deus, vivendo-a como «um modo concreto de “tocar” a fragilidade, de nos vincularmos aos outros, de nos aproximar-nos uns dos outros». O apelo do Pontífice está contido na mensagem dirigida aos participantes na celebração continental do jubileu extraordinário, inaugurado a 27 de agosto em Bogotá (Colômbia).
Francisco recorda em especial que a misericórdia não é uma «teoria a apresentar» mas, ao contrário, «uma história de pecado a recordar» e «um amor a louvar». Deste modo ela «gera o movimento que vai do coração às mãos, o movimento de quem não tem medo de se aproximar, de tocar, de acariciar; e tudo isto sem se escandalizar nem condenar, sem excluir ninguém».
Na mensagem o Papa denuncia as consequências da «cultura fraturada» em que vivemos hoje. Uma cultura — frisa — que «ao longo do caminho deixa pessoas idosas, crianças e minorias étnicas que são vistas como ameaças». Mas, garante, «é precisamente nesta sociedade, nesta cultura que o Senhor nos envia: envia-nos e impele-nos a levar o bálsamo da “sua” presença; envia-nos com um único programa: ser misericordiosos, permanecendo próximos dos milhares de indefesos que caminham na nossa amada terra americana».
A misericórdia — reitera o Pontífice — «aprende-se porque o Pai continua a perdoar-nos». Assim, tratar com misericórdia quer dizer «aprender do Mestre a estar próximo, sem ter medo daqueles que foram descartados ou que são “manchados” e marcados pelo pecado». E num tweet, em @Pontifex, expressa os bons votos de que «um impetuoso vento de santidade percorra o jubileu extraordinário da misericórdia em todas as Américas».

domingo, 28 de agosto de 2016

Santo do Dia


Santo Agostinho, bispo, Doutor da Igreja, +430




Nasceu em Tagaste, no ano de 354. Africano da Tunísia, era filho de pai pagão e de mãe cristã. Espírito irrequieto e sedento de verdade, enveredou por várias correntes filosóficas e seitas, até chegar ao cristianismo. Incursionou também pelos meandros da vida amorosa, e por muito tempo viveu em companhia de uma mulher e ambos tiveram um filho. Esta mulher anónima, que Santo Agostinho amava e por ela era amado, e da qual nem sequer nos legou o nome, retornou à África e certamente não foi menor em sua oblação.

Agostinho converteu-se por volta do ano 387 e recebeu o baptismo em Milão. Quem o baptizou foi o célebre bispo Santo Ambrósio que, juntamente com Santa Mónica, trabalhou pela sua conversão. Retornando à sua terra, levou vida ascética. Eleito bispo de Hipona, por trinta e quatro anos esteve à frente de seu povo, ensinando-o e combatendo as heresias. Além de "Confissões", escreveu muitas outras obras. Constitui-se, assim, num dos mais profundos pensadores do mundo antigo. É por muitos considerado o pai do existencialismo cristão. Morreu em Hippo Regius, no dia 28 de Agosto de 430.



Banquete do Reino




A liturgia deste domingo propõe-nos uma reflexão sobre alguns valores que acompanham o desafio do “Reino”: a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado.
O Evangelho coloca-nos no ambiente de um banquete em casa de um fariseu. O enquadramento é o pretexto para Jesus falar do “banquete do Reino”. A todos os que quiserem participar desse “banquete”, ele recomenda a humildade; ao mesmo tempo, denuncia a atitude daqueles que conduzem as suas vidas numa lógica de ambição, de luta pelo poder e pelo reconhecimento, de superioridade em relação aos outros… Jesus sugere, também, que para o “banquete do Reino” todos os homens são convidados; e que a gratuidade e o amor desinteressado devem caracterizar as relações estabelecidas entre todos os participantes do “banquete”.
Na primeira leitura, um sábio dos inícios do séc. II a.C. aconselha a humildade como caminho para ser agradável a Deus e aos homens, para ter êxito e ser feliz. É a reiteração da mensagem fundamental que a Palavra de Deus hoje nos apresenta.
A segunda leitura convida os crentes instalados numa fé cómoda e sem grandes exigências, a redescobrir a novidade e a exigência do cristianismo; insiste em que o encontro com Deus é uma experiência de comunhão, de proximidade, de amor de intimidade, que dá sentido à caminhada do cristão. Aparentemente, esta questão não tem muito a ver com o tema principal da liturgia deste domingo; no entanto, podemos ligar a reflexão desta leitura com o tema central da liturgia de hoje – a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado – através do tema da exigência: a vida cristã – essa vida que brota do encontro com o amor de Deus – é uma vida que exige de nós determinados valores e atitudes, entre os quais avultam a humildade, a simplicidade, o amor que se faz dom.

«Quando ofereceres um banquete, convida os pobres»

Comentário do dia:

São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Do amor aos pobres, 8, 14


Velemos pela saúde do nosso próximo com o mesmo cuidado com que velamos pela nossa, esteja ele saudável ou desgastado pela doença. Porque «somos todos um só no Senhor» (Rom 12,5), ricos e pobres, escravos e livres, sãos e doentes. Para todos, há uma só cabeça, princípio de tudo - Cristo (Col 1,18); o que os membros do corpo são uns para os outros, é cada um de nós para cada um dos seus irmãos. Por isso, não podemos negligenciar nem abandonar os que caíram antes de nós num estado de fraqueza a que a todos estamos sujeitos. Antes de nos regozijarmos por estarmos de boa saúde, compadeçamo-nos da infelicidade dos nossos irmãos mais pobres. [...] Eles são à imagem de Deus tal como nós e, apesar da sua aparente decadência, mantiveram melhor do que nós a fidelidade a essa imagem. Neles o homem interior revestiu o próprio Cristo e eles receberam o mesmo «penhor do Espírito» (2Cor 5,5), têm as mesmas leis, os mesmos mandamentos, as mesmas alianças, as mesmas assembleias, os mesmos mistérios, a mesma esperança. Cristo, Aquele «que tira o pecado do mundo» (Jo 1,29), também morreu por eles. Eles tomam parte da herança da vida celeste, depois de terem sido privados de muitos bens neste mundo. São companheiros de Cristo nos seus sofrimentos e sê-lo-ão na sua glória.

Evangelho segundo S. Lucas 14,1.7-14.


Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam.
Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola:
«Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu;
então, aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar.
Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Jesus disse ainda a quem O tinha convidado: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído.
Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos;
e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.

Carta aos Hebreus 12,18-19.22-24.


Irmãos: Vós não vos aproximastes de uma realidade sensível, como os Israelitas no monte Sinai: o fogo ardente, a nuvem escura, as trevas densas ou a tempestade,
o som da trombeta e aquela voz tão retumbante que os ouvintes suplicaram que não lhes falasse mais.
Vós aproximastes-vos do monte Sião, da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste, de muitos milhares de Anjos em reunião festiva,
de uma assembleia de primogénitos inscritos no Céu, de Deus, juiz do universo, dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição
e de Jesus, mediador da nova aliança, e de um sangue de aspersão que fala com voz mais eloquente que a do sangue de Abel.

Livro de Salmos 68(67),4-5.6-7.10-11.

Livro de Salmos 68(67),4-5.6-7.10-11.
Os justos alegram-se na presença de Deus,
exultam e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na sua presença.

Pai dos órfãos e defensor das viúvas,
é Deus na sua morada santa.
Deus prepara uma casa para os desamparados
e liberta aqueles que estão prisioneiros;

Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus, preparara ao oprimido.

Livro de Eclesiástico 3,17-18.20.28-29.


Filho, em todas as tuas obras procede com humildade e serás mais estimado do que o homem generoso.
Quanto mais importante fores, mais deves humilhar-te, e encontrarás graça diante do Senhor.
Porque é grande o poder do Senhor, e os humildes cantam a sua glória.
A desgraça do soberbo não tem cura, porque a árvore da maldade criou nele raízes.
O coração do sábio compreende as máximas do sábio, e o ouvido atento alegra-se com a sabedoria.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Qualquer momento é propício

Comentário do dia:

São Teodoro Estudita (759-826), monge de Constantinopla
Pequenas Catequeses, n.º 130



Irmãos, há um tempo para semear e um tempo para recolher, um tempo para a paz e um tempo para a guerra, um tempo para o trabalho e um tempo para o descanso (cf Qo 3). Para a salvação da alma, porém, todos os momentos são propícios e todos os dias são favoráveis, se assim quisermos. Estai, pois, sempre em movimento para o bem, fáceis de mover, cheios de frescura, passando das palavras aos atos. «Pois não são justos diante de Deus os que ouvem a lei», diz o apóstolo Paulo, «mas aqueles que observam a lei é que serão justificados» (Rom 2,13). Estamos no tempo da guerra espiritual? Devemos combater com ardor e atacar, com a ajuda de Deus, os pensamentos demoníacos que se elevam em nós; se, pelo contrário, estivermos no tempo da recolha espiritual, devemos recolher com ardor e ajuntar nos celeiros espirituais as provisões para a vida eterna.

Mas é sempre tempo de oração, tempo de lágrimas, tempo de reconciliação depois dos pecados, tempo de arrebatar o Reino dos Céus. Para quê tardar então? Para quê adiar? Por que atrasamos de dia para dia o nosso aperfeiçoamento? «A aparência deste mundo passa» (1Cor 7,31); duraremos nós indefinidamente? O exemplo das virgens não nos assusta? «Aí vem o esposo; ide ao seu encontro», diz o Evangelho. E as virgens sensatas foram ao seu encontro com as lâmpadas acesas, e entraram no banquete das núpcias; enquanto as virgens néscias, atrasadas pela ausência de boas obras, gritavam: «Senhor, abre-nos a porta!» Mas ele respondeu: «Em verdade vos digo: Não vos conheço.» E acrescenta: «Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora.» Temos, pois, de velar e de despertar a alma para a sobriedade, a compunção, a santificação, a purificação, a iluminação, para evitar que a morte nos feche a porta, e que não haja ninguém que no-la abra e nos ajude.

Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’.
Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’.
Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo: as que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’.
Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».

Livro de Salmos 33(32),1-2.4-5.10ab.11.


Justos, aclamai o Senhor,
os corações retos devem louvá-l’O.
Louvai o Senhor com a cítara,
cantai-Lhe salmos ao som da harpa.

A palavra do Senhor é reta, da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a retidão: a terra está cheia da bondade do Senhor.



O plano do Senhor permanece eternamente
e os desígnios do seu coração por todas as gerações.

1ª Carta aos Coríntios 1,17-25.


Irmãos: Cristo não me enviou para batizar, mas para anunciar o Evangelho, não, porém, com a sabedoria da linguagem, a fim de não se desvirtuar a cruz de Cristo.
Porque a linguagem da cruz é loucura para aqueles que estão no caminho da perdição, mas é poder de Deus para aqueles que seguem o caminho da salvação, isto é, para nós.
Na verdade, assim está escrito: «Hei de arruinar a sabedoria dos sábios e frustrar a inteligência dos inteligentes».
Onde está o sábio? Onde está o homem culto? Onde está o que discute sobre as coisas deste mundo? Porventura Deus não tornou louca a sabedoria do mundo?
Uma vez que o mundo, por meio da sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da mensagem que pregamos.
Os judeus pedem milagres e os gregos procuram a sabedoria.
Quanto a nós, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios.
Mas para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus.
A loucura de Deus é mais sábia do que o homem e a fraqueza de Deus é mais forte do que o homem.

Santo do dia


Santa Teresa de Jesus Jornet e Ibars, virgem, fundadora, +1897Santa Micaela do Santíssimo Sacramento, religiosa, fundadora, +1865

Sexta-feira, dia 26 de Agosto de 2016

Santa Teresa de Jesus Jornet e Ibars, virgem, fundadora, +1897

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Mais uma santa fundadora de um instituto feminino florescente, pequenas irmãs dos anciãos abandonados, que em 1983 possuía 212 casas e 2.750 irmãs.

Nasceu Teresa em Aytona, na Catalunha em 9-1-1843. Passou a adolecência na terra natal e em Lérida, completando os estudos em Fraga, onde obteve o diploma de professora.

Depois de um tempo dedicado ao ensino, associou-se às terceiras carmelitas, reunidas por um seu tio sacerdote. Foi directora da escola, mas desejando maior perfeição entrou em 1868 para as clarissas, de onde saiu dois anos depois por causa de sua pouca saúde. Voltou para as terceiras carmelitas, assumindo de novo a direcção da escola. Quando da morte do tio (1872), a instituição esteve a ponto de dissolver-se, e Teresa voltou para cidade natal. No mesmo ano encontrou o Pe.Saturnino López Novoa, que tinha fundado uma congregação para a assistência de anciãos pobres e fez parte do 1º grupo de 28 companheiras com as quais se iniciou essa obra.

No ano seguinte abriam sua primeira casa em Valência. Em 1874, aprovado o instituto pelo bispo dessa cidade, fez a sua profissão temporária e fundou outra casa em Saragoza. Em 12 anos fundaram-se 47 casas para os velhos pobres. A congregação cresceu e foi aprovada pela Santa Sé. Expandiram-se em Cuba e por toda a América Latina. Mas tiveram de lutar contra outra congregação relilgiosa francesa, que queria a fusão com a obra de Teresa ou ao menos que sua obra mudasse de nome. Em 1882 chegou-se finalmente a um acordo.

Com saúde fraca, Teresa morreu ainda jovem em 1897, no dia 26 de Agosto. A congregação nunca se preocupou em mover a causa de beatificação da fundadora, que foi levada a termo por iniciativa da autoridade da Igreja.

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Santa Micaela do Santíssimo Sacramento, religiosa, fundadora, +1865




Nascida em Madrid, possuía o título de Viscondessa de Jorbalán e empregou toda a sua fortuna em obras de misericórdia. Fundou a Congregação das Senhoras Adoradoras e Escravas do Santíssimo Sacramento, destinada a acolher pecadoras públicas arrependidas. Estendeu sua obra a várias cidades espanholas. Morreu vitimada pela cólera, a que se expusera voluntariamente para ir assistir em Valência a suas filhas espirituais atingidas pela epidemia.



quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Vigiai

Comentário do dia:

São Pascácio Radbert (?-c. 849), monge beneditino
Comentário sobre o evangelho de Mateus

«Estai vós também preparados»



«Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. » Embora o Senhor fale assim para todos, os seus interlocutores diretos são os seus contemporâneos, tal como em muitos outros discursos que lemos nas Escrituras. Contudo, estas palavras dizem respeito a todos os homens, porque para cada um deles há de chegar o último dia, assim como o fim deste mundo, o dia em que terá de abandonar esta vida. É preciso, pois, que cada um aja como se devesse ser julgado hoje mesmo. Por isso, todo o homem deve velar para que não se disperse mas permaneça vigilante, para que o dia do Senhor, quando chegar, não o apanhe desprevenido. Pois aquele a quem o último dia da sua vida apanhar sem estar preparado encontrar-se-á no mesmo estado no último dia deste mundo.

Evangelho segundo S. Mateus 24,42-51.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.
Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa.
Por isso, estai vós também preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem.
Quem é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua casa, para lhe dar o alimento em tempo oportuno?
Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar procedendo assim.
Em verdade vos digo que lhe confiará a administração de todos os seus bens.
Mas se o servo for mau e disser consigo: ‘O meu senhor demora-se’,
e começar a espancar os companheiros e a comer e beber com os ébrios,
quando o senhor daquele servo chegar, em dia que ele não espera e à hora que ele não pensa,
expulsá-lo-á e lhe dará a sorte dos hipócritas. Aí haverá choro e ranger de dentes».

Livro de Salmos 145(144),2-3.4-5.6-7.


Quero bendizer-Vos, dia após dia,
e louvar o vosso nome para sempre.
O Senhor é grande e digno de louvor,
insondável é a sua grandeza.

Uma geração anuncia à outra as vossas obras
e todas proclamam o vosso poder.
Falam do poder da vossa majestade
e anunciam as vossas maravilhas.

Cantam o poder das vossas obras
e proclamam a vossa grandeza.
Celebram a memória da vossa imensa bondade
e aclamam a vossa justiça.

1ª Carta aos Coríntios 1,1-9.


Irmãos: Paulo, por vontade de Deus escolhido para Apóstolo de Cristo Jesus e o irmão Sóstenes,
à Igreja de Deus que está em Corinto, aos que foram santificados em Cristo Jesus, chamados à santidade, com todos os que invocam, em qualquer lugar, o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:
A graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam convosco.
Dou graças a Deus, em todo o tempo, a vosso respeito, pela graça divina que vos foi dada em Cristo Jesus.
Porque fostes enriquecidos em tudo: em toda a palavra e em todo o conhecimento;
e deste modo, tornou-se firme em vós o testemunho de Cristo.
De facto, já não vos falta nenhum dom da graça, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele vos tornará firmes até ao fim, para que sejais irrepreensíveis no dia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Santo do Dia



Santo do dia : Beato Miguel de Carvalho, presbítero, mártir, +1624S. José de Calasanz, presbítero, educador, +1648S. Luís (IX), rei de França, +1270

Beato Miguel de Carvalho, presbítero, mártir, +162




Beato Miguel de Carvalho


Miguel de Carvalho nasceu em Braga, em 1577, de família nobre e rica.

Com 20 anos pediu para ser admitido na Companhia de Jesus. Cinco anos depois, partia com um grupo de missionários para o Oriente.

Em Goa, termina o curso de teologia e aí fica alguns anos como professor. Mas o seu desejo era partir missionário para o Japão e, apesar das grandes dificuldades que os cristãos por lá viviam, consegue integrar-se num grupo de viajantes, disfarçado de soldado.

Durante alguns anos conseguiu iludir as autoridades, pregando o Evangelho nos mais diversos lugares, até que um dia o descobriram e o condenaram a morrer pelo fogo.

Pio IX beatificou-o em 1867.

cf. Pe. José Leite, s.j., Santos de Cada Dia


S. José de Calasanz, presbítero, educador, +1648




Era espanhol, mais especificamente de Peralta de La Sal, em Aragão, nascido no ano de 1557. Foi ordenado sacerdote aos 28 anos, em sua terra natal, e depois foi para Roma onde começou sua grande dedicação à educação de crianças pobres. Fundou a primeira escola em 1597, o que deu origem mais tarde, em 1621, à congregação dos Clérigos Pobres da Mãe de Deus. Sua fundação logo se difundiu por todo o mundo, indo até a Itália, a Alemanha, a Boêmia e Polônia.



A grande provação de sua vida foi quando, por inveja, seus próprios co-irmãos o acusaram de incapacidade de governar a sua congregação. Foi obrigado a ver sua obra esfacelar-se, e seu lugar foi substituído por um “visitador”, uma espécie de interventor da Santa Sé. Mesmo assim, manteve-se confiante em Deus, conseguindo fazer com que sua obra ressurgisse das cinzas.



São José Calasanz morreu aos 90 anos, em 1648, e somente oito anos depois seu Instituto foi aprovado pelo papa Alexandre VI. Foi canonizado no ano de 1757.

S. Luís (IX), rei de França, +1270




Eleito rei desde os doze anos de idade, Luís, nascido em 1214, era filho da virtuosa Branca de Castela, regente de França durante sua menor idade. Recebeu forte educação cristã.



Foi muito dedicado à renovação da justiça e da economia do seu país. Construiu hospitais, asilos, escolas e favoreceu a universidade de Sorbonne, o que deu à França o primado da cultura européia. Empreendeu uma cruzada para a libertação dos lugares santos, fez diversas conquistas, venceu muitas batalhas, até que foi tomado como prisioneiro dos egípcios. Pago o resgate, continuou suas atividades até que foi atingido pela peste, morrendo às portas de Túnis, a 25 de agosto de 1270.



 
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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Livro de Salmos 145(144),10-11.12-13ab.17-18.


Graças Vos deem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos;

Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos,
perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.


As coisas mais importantes

Comentário do dia:



São Pedro Damião (1007-1072), eremita, bispo, doutor da Igreja
Opúsculo 51

«Omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade»

Se quiseres avançar corretamente, com discrição e dando frutos no caminho da verdadeira religião, deves ser austero e rígido contigo mesmo, mas sempre alegre e aberto para com os outros, esforçando-te no teu coração por caminhar nos cumes da retidão, sabendo inclinar-te com bondade para os mais fracos. Numa palavra, perante o juízo da tua consciência, deves moderar os rigores da justiça, de tal forma que não sejas duro para com os pecadores, mas acessível ao perdão e indulgente. [...]

Considera o teu pecado como perigoso e mortal; o dos outros, considera-o como fragilidade da condição humana. Pensa que a falta que, em ti, consideras digna de severa correção nos outros não merece mais do que uma pequena admoestação. Não sejas mais justo do que o justo : receia cometer o pecado, mas não hesites em perdoar ao pecador. A verdadeira justiça não é a que precipita as almas dos irmãos no laço do desespero. [...] É muito perigoso o fogo que, ao queimar o mato, ameaça abrasar a própria casa com o ardor das suas chamas. Não, aquele que se compraz em escalpelizar os defeitos dos outros não evitará o pecado porque, ainda que seja movido pelo zelo da justiça, tarde ou cedo acabará por denegrir.

Evidentemente, se a nossa vida não nos parecesse tão bela, a dos outros não nos pareceria tão feia. E se fôssemos juízes severos para nós mesmos, como deveríamos ser, as faltas dos outros não encontrariam em nós censores tão rigorosos.

Evangelho segundo S. Mateus 23,23-26.


Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Devíeis praticar estas coisas, sem omitir as outras.
Guias cegos! Coais o mosquito e engolis o camelo.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, que por dentro estão cheios de rapina e intemperança.
Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo».


Livro de Salmos 96(95),10.11-12a.12b-13.


Dizei entre as nações:
«O Senhor é Rei».
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.
Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,

Alegrem se os céus, exulte a terra!
Ressoe o mar e tudo o que nele existe!
Alegrem-se os campos e todos os seus frutos,
exultem de alegria todas as árvores dos bosques
Na presença do Senhor, que se aproxima
e vem para governar a terra!

Ele governará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade.
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com equidade.

Sínodo da Igreja Metodista e Valdense

Em sinal da sua proximidade espiritual, o Papa Francisco enviou “cordial saudação e exprimiu bons votos” aos participantes do Sínodo das Igrejas Metodista e Valdense, que prossegue em Turim.
Na carta assinada pelo Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, o Papa assegurou “uma recordação particular na oração e invocou ao Senhor o dom de caminhar com sinceridade de coração em direcção à plena comunhão, para testemunhar de modo eficaz, Cristo, à inteira humanidade, indo juntos ao encontro dos homens e mulheres de hoje para transmitir-lhes o coração do Evangelho”.
O Cardeal Parolin explicou ainda como o Pontífice auspiciou que “as diferenças entre católicos e valdenses não impeçam que sejam encontradas maneiras de colaboração no âmbito da evangelização, do serviço aos pobres, aos doentes, e aos migrantes e no cuidado da Criação”. No passado mês de Março, pela primeira vez, na história, uma delegação oficial das Igrejas Metodista e Valdense foi recebida em audiência pelo Papa no Vaticano.
Em 2015, o Papa Francisco visitou a igreja Valdense em Turim, sendo o primeiro Pontífice a entrar num templo daquela que é a mais antiga minoria cristã da Itália (M.M.).
(from Vatican Radio)